Porque a Gnose não entra na parada de clássicos?

Criado por tecnowancer · 30 postagens

tecnowancer

Pessoal,

Já li, reli, tentei entender mas não cheguei a uma conclusão que me satisfizesse. Alguém consegue me explicar porque a gnose não entra na parada de dados de um feitiço clássico?

Marcinho

kkkkkkkk essa sua pergunta é super pertinente e é uma das coisas que não consigo entender também.
Só me resta aceitar (engolir) que os criadores do sistema fizeram assim pra não dar mais poder ao jogador!!!
kkkkkkkkkkkk

Não faz sentido a gnose não entrar na parada dos clássicos.

tecnowancer

Sinceramente,

Caso seja o narrador, eu ponho a Gnose nos clássicos, pode ser que ainda fique mais fácil de fazer as magias e os jogadores venham a apelar, mas é o que acho mais coerente...

Marcinho

É uma regra da casa que eu poderia testar qualquer dia desses. Mas tenho certeza que os jogadores vão apelar mesmo!

vitorflash

Gnosis:
Those who Awaken to the Mysteries can work their will on the fabric of reality. This magical, empowered will is measured by Gnosis, the quality separating the Awakened from Sleepers.

The sum total of a mage’s knowledge of the Ars Mysteriorum is usually summarised by the term called "Gnosis", which describes how close the mage is to the Supernal Realms.

Pela descrição não seria preciso Gnose em um clássico "receita de bolo", mas para inventar um prato saboroso o mago precisa impor a vontade sobre a realidade.

Marcinho

Mas um clássico continua sendo um efeito mágico. Logo penso que Gnose deveria ser sempre um ingrediente na parada de dados, sendo clássico ou não.

Nicolas_Salermo

Concordo com o Vitorflash na condição do clássico ser uma magia tão "simples" pra quem a possui que ele consiga executá-la com tamanha maestria que não necessariamente precisa buscar seu poder interior para executá-la. Tanto que não tem gasto de mana pra executá-las. 
Se não há gasto da energia, então pra que utilizá-la como se estivesse gastando? 

rcoliveiras

É possível tentar usar, mas para os clássicos se usaria a metade dos pontos de gnose (arrendondado p baixo, no mínimo de 01).

Nicolas_Salermo

Rcoliveiras , essa é uma regra da casa que você costuma usar?

rcoliveiras

Exato. tem dado conta até agora.

Nicolas_Salermo

Que dá conta eu não tenho dúvidas, mas não são dados demais ?
Sei que os Clássicos são como se fossem magias arduamente decoradas e que estão ao pé da letra de execução, mas com esse 1 ou 2 dados a mais pela Gnose acho q fica bem mais apelão. kkkkkkk

Marcinho

Ta ai uma boa regra da casa que pode dar certo. Embora eu acredite que o narrador de mago do meu grupo não vá querer usar kkkkkkk
Imagina meu Mestre em Vida e Morte com mais 2 dados nos seus Clássicos? kkkkk

tecnowancer

Mas aí que está, pq gnose/2?

Pra mim não continua fazendo sentido, o que pensei seria em trocar a pericia pela gnose... vc teria a opção de remover o componente de "treino" naquele feitiço, pelo componente "força bruta"...

Nicolas_Salermo

Mas Tecnowancer os clássicos são justamente isso. 
São suas magias iniciais q nem nos RPG de video game. Você já treinou tanto aquilo que é muito mais fácil ser executado do que a magia criativa. 
A meu ver trocar a perícia por Gnose seria "acabar com os clássicos" já que vão ser tratadas como uma magia qualquer, saca?  
Entendi que os clássicos tem sentido de usar gnose, mas substituir é o mesmo que dizer: Não existe mais clássicos.

Nicolas_Salermo

Marcinho,
Na minha mesa de NWoD tenho somente um casal de amigos pra narrar.
A garota que se tornar uma caçadora da Network Zero, e o cara quer ser mago MOROS !! 
NUNCA que vou dar esses dados pra ele !! kkkkkkkkkkkkkk Já é apelão, imagina com esses dados extras. kkkkk

tecnowancer

Pois eh, vendo por esse lado realmente.

Acredito que o melhor seria adicionar os dados de gnose mesmo, ou metade deles como dito anteriormente...

Nicolas_Salermo

Por mim eu retirava os dados !! kkkkkkkkkk  
Dados demais. Se fosse qualquer outro ser sobrentarual até daria, mas Mago ... Dificil ... 

tecnowancer

Mas a idéia de dar dados não está ligada a mecânica nem ao tipo de ser, mas sim ao conceito do que é lançar uma magia e as coisas que estão envolvidas na mesma.

Nicolas_Salermo

Eu compreendo completamente a sua questão e dou razão pro que você disse.
Não desmereço a sua ideia e dúvida porque concordo com ambas, mas ela entra digamos "em conflito direto com as regras". 
Como uma regra da casa acho super viável. Na verdade tudo é viável, mas como uma ideia/critica que o sistema fosse assim, ainda acho que seriam dados demais. Os clássicos se tornariam quase "magicas infalíveis". 

Ikelos

Eu entendo o clássico como uma forma sutil de manipulação da realidade, totalmente diferente de um feitiço improvisado que utiliza a força bruta para isso. Por isso não uso gnose nas paradas, porque acho que ela não interferiria sobre o poder do feitiço clássico.
Por exemplo, André é um mago que está em uma situação de risco e precisa executar uma magia improvisada para sair com vida, a gnose é de extrema importância para a situação porque ela define o quão próximo da verdade ele está, o quanto ele sabe sobre a realidade e, portanto, auxilia o arcano na arte de modificá-la. 
Eficiência da magia improvisada = (domínio sobre o arcano) + (conhecimento sobre a realidade/matrix)

Um clássico não precisa de poder bruto, entretanto sem gnose não existe clássico: ela te possibilita fazer magia, 'ativar' o clássico. Para mim acaba aí a influência dela no clássico, quer dizer, em termos mais diretos. 
É como se ao executarmos um clássico a gnose fosse substituída por metáforas, sabem? Utilizamos a gnose, mas por meio de habilidades e atributos, 'disfarçada'. Por isso é mais seguro, é como se fosse um hack da realidade. 


Marcinho

Nicholas, se você der esses dados extras num jogo onde tem uma mistura de seres, a coisa fica muito apelativa mesmo kkkkk

Agora, vejam que as vezes fazer uma magia improvisada fica mais fácil do que fazer um clássico! Um exemplo: Certa vez meu mago estava numa situação onde sua vida dependia de um lance de dados numa magia. Ele sabia um clássico e tinha 7 dados pra lança-lo. Ironicamente, se lançasse esta mesma magia de forma improvisada ele teria 9 dados. Como a situação exigia que ele tivesse o maior número de sucessos possíveis numa única jogada, achei mais prudente fazer improvisada.
Viram como fica bem estranho? Claro que tem o gasto de mana e bla bla bla, mas pensem que mecanicamente o cara faz mais fácil uma magia improvada do que a mesma magia como clássico!

Ikelos

Porque os clássicos se baseiam em habilidades referentes a sua ordem, as qualidades que elas prezam. Visto pelo prisma da ordem, você executará melhor os clássicos enquanto progredir não só magicamente mas através da metodologia da ordem. Dogmatismo puro. 
Então não podemos ver o clássico como uma versão mais poderosa, porque a jogada de dados é circunstancial. Devemos enxergá-lo como uma forma alternativa de fazer magia com as vantagens óbvias do aprimoramento do feitiço através do uso. 
O feitiço é o mesmo, muda a fórmula e a segurança em executá-lo, só isso. 

Nicolas_Salermo

Nunca que farei isso Marcinho!! O jogador já está bolado que andará com um hunter o que causará redução de dados por conta do paradoxo. =D 
E outra, o jogador em questão ganhou tanto xp que atrofiou pra aumentar os arcanos e gnose, mas continua com ocultismo 2 na sessão de jogo... Assim é fácil né!? rsrs

Concordo contigo Ikelos !
A meu ver a magia clássica é uma magia que de tanto treinar e decorar ele consegue fazer a passagem dela pelo Mundo Superno ser tão facilitada que não há esforço algum. Somente sua vontade em que aquilo aconteça já basta para que exista. 
Digamos é o primeiro passo de todo mago para sua "ascensão". hehehe 
Afinal, quem não quer se tornar mega poderoso, descobrir como e ocupar um novo trono no Mundo Superno!?

Slambrer

O narrador tem a palavra final quanto as regras. Então se ta encucado add a gnose. Se ficar overpower, tira pq os clássicos não destroem o mundo.

tecnowancer

Pois é,

Como narrador, eu vou testar a regra de usar metade da gnose.

Mas aqui agente estava discutindo muito mais a lógica/game design da regra do que uma opção exclusiva.

abraço @Slamber

Slambrer

Entendi Tec. você quer saber porque a gnose não entra? Na página 20 " Parada de dados para magias, Atributo + Habilidade + Arcano", agora consultei também VtR e usa o algo semelhante, Atrib. + Habil. + Disciplina. Então acho que logicamente seria redundante colocar Arcano + Gnose na parada de dados, pois ela ta implícita. Segue abaixo parte do livro.
 
"• A Gnose representa a compreensão superior e inerente que o mago tem da realidade. • Os Arcanos são graus especiais de compreensão dos Mistérios da realidade".
- Atualizado em

Marcinho

Mas Slambrer, ainda assim continua a questão, porque se fosse redundância, seria também quando colocamos Arcano + Gnose nas magias improvisadas.

Slambrer

Boa Marcinho. Acho que a questão então é pura matemática. Tipo um teste padrão envolvendo três aspectos dos Artífices da Vontade, como de Vampiro o Réquiem e Lobisomem o Apocalipse. Pra ficar equilibrado, e  magias vulgares, exceção a regra. Não acho que deveríamos ficar encucados com isso. Salve ajudar no desenvolver direto da historia.

Marcinho

Isso mesmo. Acho que não deveríamos ficar encucados mesmo kkkk
Sei (ou imagino que seja isso) que o pessoal que criou e aperfeiçoou o jogo pensou mais no equilíbrio do que em outra questão quando fez essas regras.

Marcinho

Mas não satisfeito levei nossa dúvida ao fórum de mago da Onyx e olha o que o pessoal respondeu por la:

(tradução livre)

Rising

Eu tinha uma possível teoria em minha linha de Alma. Gnose representa a ligação do Mago com o Supremo. Os Clássicos, porém, utilizam uma forma de intuição. Eles não retiram do Supremo, mas sim invocam a partir da experiência pessoal. Isso se reflete com risco do Paradoxo reduzido (Clássicos não lutam cotra o Abismo) e do uso de dados Atributo / Especialidade (simpatia pessoal)

 

saibot

Também poderia ser argumentado que você está apenas seguindo os passos criados por alguém, você não está usando sua própria força criativa para fazer seu próprio Imago.

Independente disso, porém, ao que parece em 2e Clássicos usará as mesmas paradas de dados que outras magias, mas você começa a qualidade Clássico nele e melhores fatores de magia.


MCN

Tem a ver com Clássicos serem amarrado mais firmemente às leis do Mundo Decaído, em vez de uma expressão de pura vontade Superna, se bem me lembro o direito livro núcleo original.

Então, quando você usa um clássico, você usa a sua compreensão de como as coisas funcionam no Mundo Decaído (assim, Atributo + Perícia).


Knowbody
Este. Pelo menos na 1e, a versão clássica de um feitiço supostamente "fundamenta" a magia em ações mundanas comum no Mundo Decaído, tornando assim o feitiço menos óbvio para detectar após o fato e menos suscetível ao Paradoxo, em vez de confiar na força bruta de sua conexão com a fonte Superna como a conjuração da forma improvisada faz.

Uma observação: Notaram que o saibot disse que pelo visto vão mudar a forma de fazer magia na 2e? Resta saber o quanto vão mudar.