2ª Ed. do Vampiro: O Réquiem - Novas Impressões.

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Mestre

E ae galera, alguém já leu alguma coisa sobre a segunda edição do Réquiem? Se sim, o que acharam? 
Eu já li o livro e gostei muito; achei que depois desses 11 anos o cenário amadureceu mais e as regras se tornaram mais acabadas e melhores em caráter narrativo...

Marcinho

Mas e o cenário mudou muito?

Mestre

Acho que mudou de 50 a 60%...continuam 5 clãs e 5 Convenções mas ocorreram mudanças significativas em alguns locais, tipo: animalismo foi 100% reformulado e agora é uma mistura da disciplina da máscara com o réquiem, os Lancea Sanctum passaram a se chamar Lancea et Sanctum com várias mudanças na história, mas o que mais mudou mesmo foi a introdução de um antagônico muito macabro: os Strix. Serem demoníacos que na medida em que vai ganhando poder, vão se materializando e são inimigos dos Vampiros; possuem disciplinas específicas e avanço de poder com uma espécie de Potência de Sangue específico deles. Mudou o sistema de ganho de experiência também ficando agora mais restrito a forma de conceder, sendo que você não os ganha mais diretamente e sim ganha pontos para trocar por experiência. Acho que o cenário está bem mais interessante agora....

Nicolas_Salermo

Eu não li nada sobre a 2º edição, mas só de ver você Mestre falando, já me interessou. kkkkkkkkk 
Esses novo antagonista, Strix, achei que foram a pitada final para os Vampiros, já que eles mesmos não tinham antagonistas diretos. No máximo eram os Sete, mas agora sim está intrigante. hehe

Mestre

Gostei da forma como foi colocado, me pareceu alguma coisa mais demoníaca, algo que busca bem o lado monstruoso dos vampiros!

Marcinho

Eu também gostei. Dessas novas edições, o que eu ainda não consegui engolir foi o Deus Máquina. Tomara que de livro em mãos o cenário seja mais aceitável.

MarcioThrasher

Finalmente peguei o livro pra ler for real, do começo ao fim, e algumas coisas me chamaram a atenção.

Uma é que a "literatura" do livro, ou seja, a estética da escrita, tá diferente. Eu não curti muito o jeito deles de escrever, me pareceu um pouco mais pobre que na primeira edição, que tinha um "estilo literário" bem mais parecido com o d'A Máscara. Não está ruim, ainda é um texto rico e muito acima de vários RPGs por aí, mas tá mais "fraco".

Outra, o jogo tá MUITO mais complexo. PQP, tem muita coisa nova, muita regra nova, especialmente com essas Conditions. Talvez em jogo as coisas simplifiquem, mas lendo eu tive a impressão de que o agora Chronicles of Darkness e o Storytelling não são mais um cenário e sistema "acessível" aos iniciantes. Ele tá tipo o D&D dos jogos sobrenaturais, ao passo que antes ele era mais amigável, tipo um Dungeon World.

Pra terminar: alguém mais achou que Auspícios ficou uma bosta ou fui só eu?

Mestre

Márcio, Quando fiz essa listagem eu ainda não estava com o livro, agora já o tenho é não somente li como meu grupo iniciou esse jogo a alguns meses, 9 pra ser mais exato, e concordo quando dizes que está bem mais complexo. Quando o Requiem foi lançado eu defendi a bandeira de que o sistema havia completado sua maior idade pois tinha atingido algo que não poderia ser comparado; hoje tenho certeza de que o jogo está muito mais complexo...na minha mesa há jogador iniciante em RPG e foi um desafio inicia-lo, por experiência própria digo que o jogador para aprender legal tem que se abrir ao novo e se quiser aprender largar comparações porque isso não vai dar certo; de fato estamos diante de algo totalmente novo. Muita coisa mudou no cenário, muitos elementos novos, antagonistas e poderes bem como as devidas explicações. Eu achei o jogo muito mais divertido porque trata o Vampiro como aquilo que eu sempre achei que ele é: um monstro e não um ser com super-poderes como já Máscara, mas essa é a minha opinião. Quanto às Disciplinas, de início achei meio zuado também mas quando comecei a narrar, percebi o quão melhor esta o sistema....muito melhor mesmo é com uma capacidade exploratória incrível, o que inclui Auspícios, onde agora o jogador faz perguntas ao narrador e ele vai descrever as coisas. Agora estou ledo o Werewolf...e já estou me surpreendendo!! Abraços galera

MarcioThrasher

Eu já tinha desanimado com A Máscara antes mesmo do lançamento d'O Réquiem. Vampiros estilo Matrix com um toque de Caveleiros do Zodíaco só são legais quando você é gurizão, depois que cresce você quer profundidade dramática de um jogo desses e O Réquiem trouxe isso pra nós.

Eu ainda tô na parte das Disciplinas e, por enquanto, a única que me chamou a atenção como um possível bad design foi Auspícios. Talvez seja pelo fato de, pra ela funcionar a contento, tanto o jogador quanto o narrador têm que ser muito criativos e em sintonia com o jogo, e isso é algo difícil pra cacete de acontecer (especialmente do lado do jogador).

Tô lendo e sentindo muita vontade de jogar, mas por aqui nas minhas áreas eu nunca vou encontrar um grupo pra jogar =/ Depois que terminar vou ler Lobisomem também, porque esse eu me empolgo muito em narrar e pra mim vai ser mais suave de me adaptar, já que eu só folheei a primeira edição

Marcinho

Eu estou doido para ver os livros lançados. Como meu inglês não é bom o suficiente para ler fluentemente, não estou com tempo para ler lentamente como quando eu leio os livros em inglês :(
Mas confio no que vocês que leram ou estão lendo estão dizendo!

Mestre

Galera,
Fazendo um breve comparativo entre o 1ª ed do Réquiem e o 2ª Ed., percebi não somente mudança no sentido das regras mas também no cenário, principalmente no que diz respeito as Convenções...
Eu li todos os livros das Convenções do 1ªEd. e está muito diferente; clãs quase não houve mudança mas as Convenções em si foram mais ousadas na hora de mudar.
O que acharam?

Drakon

Na minha opinião o que mais mudou nos clãs foram suas maldições (Banes) ou fraquezas, que se tornaram mais interessante que a primeira e foram reforçados aqueles atributos que eles representam (os Deva como os vampiros sedutores, Gangrel como os vampiros selvagem, Mekhet como os vampiros sombrios, Nosferatu como os vampiros monstruosos e o Ventrue como os vampiros dominantes).

Já as coalizões foram realmente alteradas em várias coisas.

Começando pela Círculo da Anciã que se tornou mais uma aliança de vampiros de diversas crenças contra o poder da Lancea. Eu achei a alteração muito boa, que permite os Narrador adaptar o Círculo a qualquer mitologia local.

O Movimento se tornou uma clara tentativa de adaptar sistemas humanos para os vampiros. Sua história ficou interessante.

Bem o Invictus se manteve o mesmo, mas agora sua maior função é manter a mascara, fazendo o que for necessário para isso. 

A Lancea et Santum, teve uma mudança interessante se tornando mais uma seita para punir aqueles que diverge do caminho correto. Bem interessante também a mudança.

Eu gostei da grande mudança que passou a Ordo se tornando não uma seita mistica, mas sim com uma pegada mais cientifica experimentando para obter sucesso em suas ambições de transcender a maldição.







MarcioThrasher

Vou ser sincero e dizer que não gostei de praticamente nenhuma das mudanças no fluff dos clãs e das coalizões, tanto que se eu voltar a narrar o Réquiem vou manter o cenário igual ao da primeira edição, só adicionando as Estirges. 

Uma das coisas que mais me deixou puto da cara foi a eliminação sumária da Prole de Belial, que foi arrancada do cenário como se nunca tivesse existido. Quem leu o livro Belial's Brood sabe que esse é de longe um dos melhores suplementos pro Réquiem e a coalizão é maravilhosa, de uma complexidade e beleza filosófica absurda.

Engraçado é que nesse momento eu tô lendo a 2a edição de Os Destituídos e tô curtindo muito, mas eu só folheei a 1a edição, nunca parei pra ler realmente. Será que eu ia gostar como eu tô gostando se tivesse lido a 1a edição, ou ficaria puto como fiquei com um monte de coisa que mudaram no Réquiem (lembrei agora que tiraram as Brumas da Eternidade e também substituíram a parada do vampiro não aparecer em fotos e gravações por uma das explicações mais toscas que eu já li na vida, puta que lo pariu...)?

Só vou tirar essa dúvida quando sair Hunter, que é o meu jogo favorito do CofD. É bom eles não estragarem com aquela obra-prima, se não eu vou ir nos fórum tudo xingar muito xD
- Atualizado em

Marcinho

Poxa, ter tirado a Prole de Belial foi mancada. Ela era praticamente o "Sabá" da 1ed, e quem não gostava do Sabá da Máscara?

Acho que vou tirar realmente minhas conclusões quando puder ler. Tanto Vampiro, quanto Lobisomem. O que eu estou muito curioso pra saber como vai ficar nesses moldes de 2ed são os livros de Mago e Changeling.

MarcioThrasher

Cara, como disse o famoso Fabio Sooner certa vez, a Prole de Belial é o "Anti-Sabá". Eles são tudo que o Sabá gostaria de ser quando crescer, só que o Sabá ainda tá nas fraldas enquanto a Prole já é uma criatura adulta e plena.

Eu entendo o porquê da Prole não existir na 2a edição. A mitologia deles, explicada no livro da coalizão, não tem como existir no mesmo cenário do Deus-Máquina porque as duas mitologias são antagônicas. Meio que "só pode haver uma", rs. Só que isso só me faz gostar menos ainda dessa história de Deus-Máquina. 
- Atualizado em

Nicolas_Salermo

Márcio, não li muito o conceito do Deus-Máquina, mas creio eu que deveriam tê-lo mantido somente no Demon: The Descent. Fazê-lo deixar de ser o "deus" universal do cenário pra ser uma entidade super poderosa daquela criatura sobrenatural. 
Não consigo ver todos as demais criaturas sendo subjugadas/influenciadas por ele. 
Ainda não li nenhum livro da 2°ed. justamente pelo meu inglês péssimo e falta de tempo, mas muito obrigado por todos pelo mini-resumo. haha 
Se o clãs ganharam mais identidade acho ótimo. Somente uma característica e um defeito simples não impactava nas suas diferenças. 
As convenções sempre achei bem na linha, mas com algumas meio fracas. A Lancea sempre achei incrível a ideia que tiveram e pelo que Darkon disse ganhou uma cara melhor, assim como Invictus sempre achei meio fraca e conceito repetitivo, se denominou a Camarilla do cenário. O Círculo acho que perdeu a graça. Antes eram como bruxos de uma caolização nova, e agora parece um mero grupo apartidário dos Lanceas. E a Ordo... Já achava ruim, e agora parece que piorou. 

OBS: A inclusão dos Estirges (Strix) foi perfeita. Sempre achei absurdo os vampiros não terem seus antagonistas.





Drakon

Sobre a retirada da prole: eu nunca cheguei a ler o livro da coalizão, mas eu sei q a leitura dada pelo Réquiem no básico é bem diferente da do próprio livro, mas só lendo o básico parecia ser o Sabá. E creio que nada impeça o narrador de usar a prole, pois o próprio livro cita q apresenta as coalizões de nível global, podendo usar a prole como algo regional. E sobre a alteração das brumas da eternidade, eu gostei. Ela permite que os jogadores possam usar personagens de outras eras com suas lembranças se o jogador quiser ou não, pois alguns ainda sofrem dos sonhos durante o torpor. E sobre a alteração de ter reflexo é aparecer nas fotos. Na primeira edição os vampiros não apareciam em fotos ou filmagens e não tinham reflexo, isso podia criar sérios problemas para manter a Máscara (em tese ajudava, mas no mundo moderno tem espelho por tudo que é lugar e câmaras são normais poderia facilmente criar situações impossíveis de explicar). Nessa edição, para mim ficou melhor, os vampiros se posicionam institivamente (talvez algum efeito da Fera?) fora do reflexo dos espelhos e nunca olham diretamente para as câmaras. No cenário do CoD o Deus-máquina move as peças do tabuleiro (no próprio livro diz q é escolha do narrador usar o deus ou não). Pelo q tenho visto, nos livros de outras linhas o deus-maquina não exercer influência alguma (talvez no mago possa ser citado, o demon onde ele é o antagonista). Eu gostei bastante da mudança das coalizões. A ordo agora busca através da ciência é experimentos superar as limitações da maldição. O círculo se tornou uma aliança de crenças contra um inimigo e uma forma de dividir o conhecimento. A lancea se tornou a punição dos pecadores. O invictus busca manter e obter poder. É o cartianos uma forma de aplicar criações mortais aos vampiros.

MarcioThrasher

O que tá no livro básico sobre a Prole é uma bosta mesmo, a coalizão só ganhou profundidade quando lançaram o livro dela. Mas não tem jeito algum de usar ela no contexto do Deus-Máquina. Traçando um paralelo com Lobisomem o Apocalipse e os Destituídos, seria como trazer a Trindade formada pela Weaver, a Wyld e a Wyrm pro cenário de os Destituídos e fazer as duas mitologias existirem ao mesmo tempo. Não dá, não tem como. A existência da Prole de Belial depende de conceitos muito complexos de Gnosticismo, como o Demiurgo como criador da Prole e Adversário de Deus, um tantinho de satanismo laveyano, e muito de magia negra e ocultismo não-ortodoxo, conhecidos como o "caminho da mão esquerda". A existência do Deus-Máquina inviabiliza isso tudo.

E é engraçado como gosto muda mesmo de pessoa pra pessoa. Tudo que você apontou como mudanças que você gostou na 2a edição do Réquiem, eu odiei todas elas, rs. 

Marcinho

O defeito dos vampiros de não terem reflexo e não aparecerem em fotos, eu achava bom. Vai de encontro com praticamente todas as lendas da criatura. Tirar isso acho que é como fazer eles "brilharem como diamante quando estiverem no sol" (se é que me entenderam).
Se no mundo moderno esse fato possa ser um problema, eles precisam ser mais cuidadosos para se adaptarem ao mundo moderno. Dessa forma, ficou parecendo que mudaram uma característica clássica dos vampiros pra poder se encaixar no mundo moderno cheio de celulares com câmeras e etc.

MarcioThrasher

Foi exatamente por isso que eles tiraram, Marcinho: pra facilitar a vida dos jogadores e narradores, e colocaram uma explicação mequetrefe que os vampiros "se posicionam melhor de forma automática e instintiva quando na presença de espelhos, câmeras, etc, de forma a nunca ficarem numa posição comprometedora". 
Ah, vá pra puta que o pariu! HUAHAUAUHUA

Marcinho

kkkkkkkkkk Sacanagem isso. O mundo moderno, que deveria ser o terror dessa criatura antiga, acaba virando playground. Será que nos fóruns, quando lançaram os testes do livro, o pessoal não reclamou?

Em termos de regras, muda muito manter a regra anterior (se tratando desse defeito)? (Já pensando se devo adotar essa regra nas minhas mesas ou manter a anterior, rsrs

MarcioThrasher

Se já não existir uma Bane que funcione da mesma forma (algo que eu não lembro agora), acho que não vai ter grandes impactos adotar a regra antiga. Só tem que ver se não rola treta com algum poder de Ofuscação e/ou Auspícios, se não tiver tá sussa. 

Drakon

Realmente não lembro se tem algum bane com essa característica (e se não tiver é só adicionar). As banes (fraquezas) adquiridas com a perda de humanidade. E não tenho certeza q não aparecer em espelho fosse um traço característico da mitologia vampirica. Na Máscara só os lasombra não apareciam em espelhos. E tipo não aparecer em gravações facilitava manter a Máscara, pois tu podia usar as disciplinas e não aparecia ninguém fazendo isso.

Nicolas_Salermo

Acho ruim também ficar sem aparecer em espelhos e aparelhos que registrem imagens, mas se for pensar ao pé da letra:
Cadê o alho, crucifixo (Lancea pira nessa), não atravessar em água corrente e não poder entrar sem ser convidado? hehehe 
Já que tiraram tudo isso desde A Máscara, pelo menos um desses mitos populares poderiam manter que é o caso da imagem. Daqui a pouco os vampiros começam a brilhar na luz do sol que nem o Marcinho falou.

MarcioThrasher

O alho, símbolos religiosos e água corrente tão todos ali. Agora são banes que o vampiro pode vir a adquirir conforme se torna mais inumano, então tá tudo certo.

Drakon

Nicolas, quando um vampiro perde humanidade ele pode escolher adqurir uma bane (maldição) para não perder humanidade novamente pelo ato. Entre essas maldições temos símbolos, convidado e outras coisas.

Nicolas_Salermo

Obrigado pela informação Marcio e Drakon. 
Então essa questão da imagem poderia passar a ser um bane para ele sem o efeito visual no caso, não é? Seria mais uma nota psicológica: "Não posso entrar pela frente daquela loja, pois tem uma camera na frente da porta." Seria esse o caso que vocês cogitaram então não é? 

MarcioThrasher

No meu caso e do Marcinho, não. A gente gosta mesmo do perigo constante à Máscara que é o vampiro realmente não aparecer em superfícies refletoras e fotografias/gravações. Eu certamente adaptaria isso como uma bane "compulsória" ao atingir determinado nível de Humanidade. 

Nicolas_Salermo

Eu também prefiro manter como havia dito, só disse que já que tiraram poderiam colocar dessa forma. 

Carlo_Dimitri

Eu comecei a ler o livro Vampiro o Réquiem 2ª edição da Devir (eu sei que não é a mesma 2ª americana), gostaria de uma dica de leitura, alguma recomendação ou aviso de quem já viu a nova edição.

Mestre

Em que sentido queres essa recomendação Carlos? Pq tipo o 2° Ed. da Devir é um jogo quase que totalmente diferente do 2° Ed. da Onyx, ate as linhas são diferentes uma vez que aquele é WoD e esse é CofD. O Réquiem 2° Ed. do CofD veio do Blood and Smoke que era suplemento do WoD. Se você desejar começar a ler o CofD sugiro que leia o God-Machine e dai já pode passar direto para o Réquiem,ou nem mesmo ler o God-Machine já que o livro é praticamente completo em si; agora se o seu objetivo é ler a linha do WoD então deve começar pelo World of Darkness obrigatoriamente já que lá estão as regras e mecânicas e só então partir para o Réquiem, desde que seja o 1° Ed. Espero ter ajudado.

Carlo_Dimitri

Então deixa ver se eu entendi...
1 - As mecânicas de WoD (já li) estão completamente diferentes da de God-Machine (nunca li, achei que era a mesma coisa só que introduzindo o god-machine que eu não me interessei nenhum pouco)?
2 - O God-Machine (a entidade, não o livro) influencia todas os cenários de CofD, incluindo Vampiro Réquiem?
3 - De Vampiro o Réquiem WoD para Vampiro o Réquiem CofD, o que pode ser aproveitado?
4 - Vale a pena ler o Wolrd of Darkness God-Machine Rules Update, ou o ideal seria ler o livro básico todo?
Desculpa tantas perguntas, mas sou novo no WoD, eu era bitolado com VaM>VoR e nunca dei uma chance ao cenário, quando comecei a ler displicentemente sobre o o Réquiem comecei a ver seu desenvolvimento e que ele está mais próximo do que eu quero para a minha mesa do que a Máscara.

- Atualizado em

Mestre

Como diz o Jazon, vamos por parte:

Acho que este post vai ser um pouco longo mas vamos lá...
1 - Em questão de mecânica o WoD diferencia-se sim do God- Machine, tão simplesmente pq quando foi criado o cenário do CofD, fizeram livros autossuficientes, ou seja, O Réquiem no 2ªed. é um livro "jogável" em si, não necessitando do uso do God-Machine, enquanto que O Réquiem do 1ªed. necessitava do World of Darkness para jogar.
No caso do 2ªed. o God-Machine serve mais como um suplemento para regras avançadas onde você pode deixar seu cenário mais interessante, mas não essencial.
2 - O God-Machine é um "ser" que não se conhece mas está em todo lugar, nada nem ninguém escapa dele e tudo o que está sob a égide de tecnologia e internet está sobre a influencia dele, inclusive todos os seres sobrenaturais....MAAAAAAASSSSS o livro é bem claro quando diz que ele muuuuito RARAMENTE interage com os seres do Mundo das Trevas e que somente 5 pessoas/ seres em todo o mundo estão fora da influencia dele...
Experiência minha própria, não acho legal colocar ele no jogo...perde o sentido geral.
3 - Esse tópico é o mais fácil de responder: mudou tudo e não mudou nada :)
Explico: Em face de clãs as mudanças ou foram mínimas ou foram inexistentes, limitou-se basicamente as fraquezas de clã que agora ao virarem ban estão mais bem explicadas; agora em face das Convenções as mudanças foram mais drásticas mesmo, tipo em relação a histórias, doutrinas internas, credos e nomes ocorrerem mudanças, além de cargos e mecânicas internas e de jogo mesmo.
O livro do Réquiem 2ªed logo no início fala os livros que são aproveitados para o jogo e basicamente foi somente os clanbooks, de resto nada e com o passar do jogo você percebe que muita coisa está de fato incompatível em termos de mecânica, mas é claro que o Narrador poderá adaptar a forma como bem entender.
Agora uma coisa é certa, o 2ªed. está muita mais horror do que antes; nunca gostei de vampiros que mais pareciam super-heróis do que monstros, o que pra mim eles são de fato e é o que eu cobro dos meus jogadores...
espero ter ajudado...o/

Nicolas_Salermo

Mestre ! Tira uma dúvida com relação seu último parágrafo:
"Agora uma coisa é certa, o 2ªed. está muita mais horror do que antes; nunca gostei de vampiros que mais pareciam super-heróis do que monstros, o que pra mim eles são de fato..."

Lembro dessa referencia com VaM e concordo veemente, mas como não li o 2° VoR gostaria de saber se com o lançamento do mesmo o 1° VoR se tornou "super-heroi" em comparação.

Mestre

Nicolas, quando o 2ªed saiu eu fiquei muito feliz pq justamente acabava com esse Vampiro super-herói; O Réquiem estava mais maduro, com uma temática mais adulta, eu cheguei até a dizer que ele finalmente havia atingido a maturidade..hauauaha
Quando me referi a esse último, estava justamente me referindo ao VtM e não ao Réquiem.
Agora comparando o 1ªed. com o 2ªed, o jogo não somente permaneceu nessa temática de monstruosidade como levou isso ao extremo, resgatando aspectos dos vampiros mais clássicos e colocando isso bem em foco.
Por exemplo, na minha mesa, eu costumo narrar em detalhes o beijo, a alimentação, o sugar do sangue...digo para os meus jogadores para eles tentarem se imaginar tomando um copo cheio de sangue pq é quase isso mesmo que ocorre..enfim, o 2ªed está mais monstruoso e bestial, basta olhar para os aspectos da humanidade e a forma de interpretar a forma de perde-la.
Não sei se expliquei bem... 0/

Nicolas_Salermo

Explicou sim cara e obrigado. kkkkkk 
Ainda não tive coragem de ler God-Machine por conta de sua interferencia desconexa com o cenário, mas depois da sua explicação de que tem como jogar sem, então abriu meus olhos. 
Basta superar a preguiça porque gostei tanta da primeiras edições que acho que as regras estão inchando o sistema. 

Mestre

É, em questão de regras algumas coisas ainda são discutíveis mas lê sim, pelo menos é bom para ampliar o entendimento de cenário...mas pode jogar sem sim, pelo menos na minha mesa eu não coloquei o God-Machine e nem pretendo colocar...as Strix que fazem parte do cenário por si só já são violentamente alopradas, faz ideia um "deus".

MarcioThrasher

Gostaria de complementar e dizer que o livro-básico do CofD é importante sim nessa 2ª edição, tanto quanto foi na primeira. Graças ao companheiros do blog NWoD Brasil, eu descobri que, por exemplo, A OPP mudou completamente os sistemas de investigação, perseguição e de criação de itens e objetos com perícias como Crafts e Science, transformando essas mecânicas em "mini-games" mais interessantes e eficazes.
Lembram como eram as jogadas sociais na 1ª edição e como são agora, com o novo sistema de "social maneuvering" a parada de ter que abrir "portas" na mente da pessoa pra conseguir o que quer em manobras sociais? Pois é, a mudança foi drástica nesse nível, e essas coisas só se encontram no livro-básico Chronicles of Darkness.


Mestre

Mas aí vem a vem que o livro básico do CofD é o livro da própria linha de jogo...ele por si só pode ser usado para jogar com uma amplitude fantástica, sem necessidade de ler e aplicar o God-Machine.
De fato essas mecânicas sociais ficaram mais interessantes mesmo haja vista que leva a uma maior interpretação, mas tudo pode ser encontrado no Réquiem.

MarcioThrasher

Mas as novas mecânicas de investigação, perseguição e construção de itens, não. E essas mecânicas se aplicam a TODOS os jogos, não só pra humanos. Todo mundo vai investigar, ser perseguido ou criar algo com Crafts em algum momento. E essas novas mecânicas só se encontram no livro-básico, é isso que eu tô dizendo.

Carlo_Dimitri

Muito obrigado Mestre, estou mais esclarecido agora. Ultima pergunta...
Você falou que "O livro do Réquiem 2ªed logo no início fala os livros que são aproveitados para o jogo e basicamente foi somente os clanbooks..."
E Damnation City, não é mais aproveitado? A estrutura de poder da cidade mudou?

MarcioThrasher

Damnation City é uma das maiores influências pra 2ª edição d'O Réquiem. Pode usar ele como guia sem medo, assim como o Requiem for Rome e o Fall of the Camarilla aparentemente são o mais próximo de um "cânone" que esse cenário vai ter.

Mestre

Carlos, o Damnation City é sim falado no Réquiem, pode usar sem problema...na verdade você pode usar o que quiser, desde que faça as devidas adaptações pq o CofD é outra linha de jogo e por isso possui mecânica diferenciada do 1ªed.
Os que já estão adaptados ao 2ªed foram elencados no livro mesmo...

Drakon

Só uma resalva Márcio, esses elementos de investigação e outros foram adicionados no livro CoD, talvez por isso não estejam na 2 ed do vampiro e lobisomem.

Carlo_Dimitri

" elementos de investigação"?

MarcioThrasher

Sim Drakon, e até onde eu sei as novas regras de investigação, perseguição, criação de itens, etc..., também não estão em no pdf da 2ª edição Mage, mesmo este tendo saído agora, depois do CofD. Os caras não vão colocar as regras completas com todas as minúcias em todos os livros. Primeiro que não tem espaço físico pra isso sem aumentar o número de páginas que já tá na casa das 300+ em cada livro, e segundo que eles são uma empresa e vivem de vender livros.
A situação é bem simples: quer usufruir das regras em sua totalidade? Compre o livro-básico do cenário que nele estão contidas todas as regras.
- Atualizado em

Drakon

Marcio o elemento borrado dos vampiros talvez tenha sido mantido, segue o trecho de onde retirei essa informação:

"The Thief’s actions immediately draw the ire of every vampire who wants to remain hidden, and sometimes even draws the attention of other supernatural creatures who don’t want to see the doors of truth about the hidden world thrown wide. In his natural form, he’s difficult to track down and combat, since he flees direct conflict unless it would force vampires to reveal their nature in public. The Thief will not hesitate to steal a vampire’s body and is clever at remaining hidden, until the time comes to drag a staked victim into the middle of a sunny and well-populated street. He will also lead hunters to vampire havens, but only when he can be assured the information will be spread somehow, filmed on digital camera and put on the Internet for the world to see. With the dawn of the information  age, the Thief thought the latter method would be a surefire way to break the Masquerade, but the advent of easily-faked film and video and the sheer jaded skepticism of the Internet-going world has disappointed those hopes. One small blessing in disguise is the blurring effect vampires have on film."

Esse trecho veio da parte das Gallery of Horror do 5 capitulo

Mestre

Exatamente Drakon; tal qual o V:tR 1ªed, Vampiros não aparecem em superfícies refletoras e nem filmagens e tal....na minha crônica vou até além e digo nem em "olho-mágico" de portas eles aparecem, a não ser em forma borrada e de impossibilidade de identificação.

mordreddrakon

Algum lugar está com algum erro isso é da parte das tradições:

A vampire does not lack a reflection. You just never see her in the mirror. The Beast knows precisely where to stand. A vampire is not a blurred mess in a photograph, but for some reason, never seems to look at the camera, or the flash smears the image, or it goes over- or under-exposed.

alguem esqueceu o que escreveu antes.

Drakon

Uma informação sobre o reflexo dos vampiros: te-lo virou algo voluntario do mesmo. Pelo que vi no forum disserão que isso foi explicado no FAQ