Diário de um Desperto

19/11/2003 - Início de tudo pt.2

- Não me olhe assim. Estou tentando ajudar...

Nada fazia sentido pra mim, uma pessoa sai de um reflexo da janela como se fosse um portal dimensional e agora está falando comigo como se fôssemos amigos de muitos anos.

- Você deve estar achando que está louco, não é mesmo? Essa pressão constante em sua cabeça, na qual você deve está assimilando a uma semente forçadamente plantada –risos- apenas uma forma conveniente de evitar a noção de que talvez seu reconhecimento súbito da magia seja realmente uma consciência repentina da verdade que vem sendo escondida de você durante toda sua vida...

Ele falava demais. Fato. Como iria absorver  tudo isso em segundos?

As cinzas do Cigarro Caíram, flutuando, no chão do corredor de laboratórios da universidade. Estava tudo vazio, o Silêncio durava alguns minutos desde que ele tinha começado seu discurso sobre magia...

- Sim, Magia. O mundo está cheio dela. Todas as coisas, desde simples rituais como estranho avanço da ciência e tecnologia...contudo, hoje em dia ela é quieta, sutil e escondida cuidadosamente dos olhos das pessoas comuns.

Um estranho intervalo. O tempo em que dei um trago no cigarro e segurei a fumaça e soltei em seguida. Ainda não conseguia achar sentido em tudo o que ele estava dizendo.

-Ainda não é suficiente para acreditar? Ta bom então...

De forma inesperada ele se aproximou de mim e tocou em minha testa e então estávamos em um beco sem saída, em uma rua próxima a universidade, com toda aquela chuva que caía não havia niguem passando ali...mas isso pouco importava, como eu cheguei ali?

- É disso que estou falando, Thomas. Você pode fazer mais do que isso, ou talvez algo diferente, mas você irá descobrir...Agora você é um dos nossos. Você pode voltar suas costas e fechar a porta para a magia, mas ela sempre estará esperando do lado de fora. É melhor você aprender a fazer algo útil com ela do que simplismente deixa-la de lado ou perder o controle.

Joguei o resto do cigarro no chão, esmagando-o sob minha bota enquanto tentava dizer alguma coisa, ou talvez perguntar algo..

- Não somos os únicos. E, ah! Bem –vindo a um novo mundo, garoto. Eu espero que você sobreviva à experiência...

Foi o momento em que olhei para o chão que tive certeza no que perguntar, mas quando ergui a cabeça novamente, ele já não estava mais lá. Sabia que de certa forma ele falava a verdade e todo aquele discurso de “não somos os únicos” me deixou ansioso. Balancei a cabeça

- “Definitivamente, preciso de um Drink”

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