Os Rios do Mundo Inferior

por manny em

Tradução livre sobre os Rios do Mundo Inferior (Geist: The Sin-Eater Pag 269)

As Profundezas Autóctonas é o fim, mas não o fim do Mundo Inferior (vale lembrar que muitos Devoradores de Pecados nunca chegaram ao fundo do Mundo Inferior, e que seu "fundo" não é nada mais do que o "topo" de uma outra vida após a morte, seja o céu ou o inferno ou algo completamente novo). É apenas o fim de um dos ilimitados Reinos do Mundo Inferior, e cada reino é separado por um marcação muito clara: Um Rio.


          Os Rios do Mundo Inferior sempre significam uma mudança. Atravessar o Rio – que nem sempre é uma tarefa fácil – significa o cruzamento de um limiar. Diferentes regiões não são necessariamente são marcadas pelo mesmo Rio. Deixando as Profundezas Autóctonas em São Paulo, o Devorador de Pecados pode encontrar um Rio diferente do que aqueles que encontraria deixando as Profundezas Autóctonas em Manaus, Curitiba, ou Brasília. O Rio segue de uma forma estranha – ao deixar Manaus, pode-se encontrar o Flegetonte, o Rio de fogo. Mas aqueles que ariscar as Profundezas Autóctonas de Brasília podem encontrar o mesmo e perigoso Rio, com suas águas ardentes esculpindo uma linha brilhante através rocha negra.

           Cada vez que cruzar o Rio há uma exigência Psique. Cada Rio atravessado após o primeiro requer uma pontuação maior Psique do personagem igual a +1. Assim, o segundo Rio exige Psique 2, o terceiro Rio exige Psique 3, e assim por diante. Se um Devorador de Pecados não possui a Psique adequada para atravessar o Rio a pé, ela deve solicitar o auxílio de um Barqueiro – ainda conhecido como Carontes - para levá-lo através da fronteira (e cada Barqueiro é possuí uma aparência, forma e um preço único - uma hora eu faço um artigo sobre Habitantes do Mundo Inferior <LINK>).

           Naturalmente, os Rios do Mundo Inferior não são apenas para passagem. Os desequilibrados e loucos – ou ainda Players - podem escolher beber deles. A seguir à uma lista de muitos dos Rios do Mundo Inferior, não é uma lista grande, e os Narradores são incentivados para criar novos afluentes malditos.

           A bebida de cada rio oferece efeitos diferentes - cada um tem um positivo e efeito negativo associado a ele (bem, há controversas). Bônus e Penalidades não são acumulativas, um personagem pode ganhar esses efeitos só uma vez por viagem ao Mundo Inferior.



O Rio de Sangue (Qiq-ol-Mal): É como descrito – um lento Rio de sangue quase coagulado. A bebida deste afluente coagulado cria uma intensa paixão e entusiasmo para a violência dentro do personagem, concedendo-lhe +2 a todos ataques para as próximas 12 horas. Infelizmente, o sangue quente confunde a mente, e o personagem sofre uma penalidade de -2 em todos os testes mentais para a mesma duração.


O Rio de Pó de Osso (Hun Hunahpu): Esta antigo Rio teve seu corpo entrelaçada com uma árvore de cacau, e por isso este Rio que flutua com uma aparência suja de espuma. O Rio de Pó de Osso é realmente agradável ao paladar, como se fosse chocolate, frio e agridoce. o Rio é nutritivo, dizem que era consumido pelos deuses do Paraíso antes do Rio seguisse o seu caminho para o Mundo Inferior. Personagens que apreciarem a bebida podem curar quatro pontos de dano contuso, ou dois pontos de dano letal. No entanto, a bebida é então doce que passa a ser inebriante: para a próxima hora, o personagem age como se estivesse bêbado, sofrendo -1 a Destreza, Raciocínio, Inteligência e (e a Defesa e Iniciativa são afetados de acordo).


O Rio do Consumo (Id-Kura): Alguns chamam isso de "Rio do Homem Devorador", não porque ele devora homens, mas porque ele não ajudaria o homem a devorar. Tomar um gole de água deste Rio coloca o personagem em mais sintonia com os fantasmas que ele vai encontrar, concedendo-lhe um bônus de +2 a todos os testes sociais feitos contra as sombras do Mundo Inferior. Ele faz isso, entretanto, por causar grande sede do Devorador de Pecados passa a sentir(que desperta uma simpatia entre personagem e sombra, pois é dito que as Sombras sofrem grande sede). A água é oca e não oferece saciedade, fazendo com que o personagem sofra de imediato a privação de sede como se ele não tivesse bebido água igual a um número de dias igual ao seu Vigor.


O Rio de Semente Mortal (Eresh-ki-gala): Este é um rio de água salobra e pantanosa cujo o marrom das águas são bloqueadas com uma lama de sementes de plantas estéreis. De acordo com o mito, este Rio flui para alimentar a colheita, mas em seguida, também flui de volta para transportar as plantas mortas quando a colheita é feita. Beber deste Rio (que na verdade necessita de mastigar as sementes mortas) é uma experiencia amarga e desagradável, mas ela garante que da próxima vez que o personagem tiver uma relação sexual, ela irá resultar em uma gravidez, mesmo se os parceiros são estéreis. (Uma exceção óbvia a esta regra é se não houver relações heterossexuais.) A criança nascida como resultado desta relação terá a Vantagem Sexto Sentido - voltado para fantasmas.

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O Rio de Fogo (Flegetonte): Também chamado de "Rio da Ebulição". Este canal não é feito realmente de chamas, embora ele não possa brilhar mais que um pequeno pulso fraco e laranja – como o cintilar de uma brasa. (Sombras assassinas costumam se reunir nos bancos próximos apenas a olhar para as suas profundezas iluminadas, tornando este Rio tanto quanto perigoso.) Beber da água fervente não é seguro – como beber de qualquer Rio do Mundo Inferior - e causa um ponto de dano letal como se queimasse o esôfago. No entanto, faz com que o personagem passe a ser - em grande parte - imune ao dano de fogo para as próximas oito horas - os danos causados pelo fogo durante este tempo são rebaixados para Contusão.


O Rio de Ódio (Styx): Este Rio  se move rapidamente, chegando a produzir corredeiras. Ao beber dele o personagem tem sua mente atacada com visões de ódio, vingança e raiva. Para as próximas 24 horas, o Vício do personagem é alterado para Ira, e sua Virtude muda para Justiça. Ele também ganha um ponto de Força de Vontade adicional. As águas do Rio pode ter outro efeito para aqueles que as exploram: Juramentos feitos as margens do Styx entre duas partes são vinculativos. Aquele que quebrar o juramento feito irá perder um ponto de Força de Vontade permanente.


O Rio da Lamentação (Cocito): Também conhecido como o "rio do arrependimento", as águas quentes deste Rio são quase translúcidas, quase como se irreais. Consumir essas águas permite a um personagem para voltar e revisitar a última instância em sua história que o levou a degeneração da Sinergia (ou outra Moralidade relacionada). Beber deste Rio permite que possa refazer o teste daquela ultima degeneração. Sucesso significa que ele pode recuperar um ponto perdido de Sinergia gratuitamente (ou Moralidade equivalente). O fracasso pode ser verdadeiramente condenável: o personagem perde ainda outro ponto de Sinergia (ou Moralidade equivalente).


O Rio da Memória (Lethe): Este Rio corre em um ritmo sonolento, com suas águas borbulhantes e borbulha de uma maneira que traz uma espécie de consolo e dormência para aqueles que ouvem (até mesmo para as sombras). Após beber destas águas, o personagem pode pedir ao Rio uma pergunta para a qual ele não pode saber a resposta ("Quem tentou me matar?" Ou "Por que o Ed me odeia? "são consultas válidos), e terá que pergunta respondida em sua própria mente. Tais respostas um alto preço. O personagem se sente entorpecido e confuso depois, esquecendo detalhes de sua própria vida. Ela perde um ponto de Inteligência. É um elevado preço, mas a capacidade de ter um mistério respondido é uma recompensa para aqueles que são levados a utilizá-lo como último recurso. Muitos bebidas deste Rio pode resultar em Amnesia, a critério do Narrador.


O Rio de Pus (Kohan-Il): Este Rio lento derrama uma serpentina de pus  vagarosamente cujas margens são lar de cogumelos doentios que cintilam – é a peste e a doença que flui e causa o medo até mesmo nos mais vis espectros. Como tal, uma bebida a partir deste Rio significa que os fantasmas têm um ficam receosos a atacar o personagem pelos os próximos sete dias, sofrendo uma -3 a quaisquer rolagens feitas contra o personagem. No entanto, o pus afeta a capacidade do organismo de se regenerar: o personagem não cura durante o mesmo período.


O Rio de Escorpiões (Sinaan): Não se bebe deste Rio, se arrancar um escorpião a partir deste desfile de aracnídeos e come. Isso faz com o personagem receba automaticamente três pontos de dano letal (não seria nenhuma surpresa descobrir que comer um escorpião no Mundo inferior seja toxico). Este dano não pode ser evitado. O Veneno dá ao personagem visões alucinógenas intensas pelos próximos minutos. Embora elas não possam explicar claramente o perigo futuro, elas fornecem muitas dicas sobre o que pode vir na história. O Narrador é encorajado a fazer essas visões vibrantes e estranhas. Um personagem pode tentar decifrar tais visões simbólicas com um teste de Raciocínio + Ocultismo.


O Rio de Ai (Acheron): Estas águas são cinzas, gordurosas, e lentas. Elas viajam com um sussurro baixo que lembra as pessoas que o personagem conheceu - apenas aqueles que estão mortos claro. Uma bebida destas águas permite que o personagem um bônus de + 5 em qualquer teste de lembrar qualquer memória dolorosa ou desagradável (ver "Memorização e Relembrar” no livro Mundo das Trevas). Este bônus dura por 12 horas. Fazer isso, no entanto, leva a Depressão (leve), que permanece pelo mesmo período.



Gancho: Colete Para mim tais Aguas Mortis

           Personagens são capazes de levar um recipiente (não mais do que um copo) de água do Rio presentes no Mundo Inferior de volta ao Mundo dos Vivos, esse recipiente mantém suas propriedades apenas para um número de dias igual aos pontos de Sinergia que o Devorador de Pecados possui.

           Um outro Devorador de Pecados está disposto a pagar caro para que o grupo possa trazer de volta um gole de água de um rio particular – talvez Sinaan. É uma oferta genuína? Por que ele precisa de alguém pegue para ele? É uma armadilha? Será que um Kerberoi tem isso em mente para punir como um transgressor para quebrar as estranhas leis do Mundo Inferior?


Nota: Erebus e Tártaro

           Assim como na linguagem da antiguidade clássica, alguns Devoradores de Pecados ainda chama as Profundezas Autóctonas (ou seja, as mais altas e profundas regiões do Mundo Inferior) como "Erebus" Naturalmente, aqueles mesmo Devoradores de Pecados se referem aos Mistérios Sombrios ( ou seja, tudo que se esconde além da primeira passagem ao sair das profundezas Autóctonas) como "Tártaro".