Capitulo 2 – A Sociedade Noturna

por Drakon em

Há só o perseguido, o perseguidor, o ocupado e o cansado.

F. Scott Fitzgerald, O Grande Gatsy

 

Como você chegou até aqui?

Ninguém está aqui.

Todos chegaram com boas intenções e péssimas direções. Todos viraram errado na Nona e Hennepin. Há um restaurante, no caminho abaixo, onde o FIM DE ESTRADA fica. TODA NOITE, cuspido em neon. Dentro são os caras que perderam a alma, alguns familiares, mas um pouco diferentes, como essas pinturas cheias arquetípicos nostálgicos mortos – Marilyn e Elvis e espectros.

No interior, todos riem e sorriem, porque sabem como fazer os sinais, a forma liquida do látex vertida no seu molde. Todo mundo bebe seu jantar. Eles vêm noite-pós-noite, depois que o sol corta o vidro na borda do horizonte, o céu é vermelho, caos emocional e o ar quente que se esfria como a agua quente. O pálido dia está chegando. A Sociedade Noturna.

A velha esposa canta com a pele morta em seus escuros cantos, porque temem o sol. Talvez, só talvez, os mortos estão em modelos desportivos, e dão a luz do dia um bom começo. “Alguém vai se esconder e vou contar até o anoitecer”.

Bem-vindo. Aqui há bancos livres. Sempre o é.


Dever Carente


Se você tiver um homem sedento, um copo de água e algo entre eles, você terá um drama convincente. A necessidade é a coisa.

O vampiro é fascinante, não pela sua natureza alienígena, mas sim por causa de suas motivações sai familiares. Conhecemos essas necessidades. Nós sabemos o que é ter sede. Essa escuridão vem de um lugar que todos nós entendemos. Fizemos isto.

A Fera magnifica precisa. O vampiro é um vórtice de gloriosas necessidades. Elas nunca se apagam, e por isso é sempre uma história.

É você. É o copo de água. No meio, é uma loucura da anfetamina.

Seja a sede.

 

Todas essas coisas em que me converti

 

O mesmo tipo de noite. Depois da escuridão, mas ainda posso sentir o calor na rua e degustar o amargo e doce e azul setembro. O mesmo tipo de noite que nós fizemos a promessa. Era uma criança, e eu era uma criança, as pernas soltas das escadas de incêndios, soltas sempre.

“Na remota possibilidade de que um de nós se converte em um vampiro, temos que converter a outra”, dize. “Promessa?”.

O prometi. Ridículo. Acaso. Mas tínhamos a gravidade de Júpiter nas coisas que fazemos quando somos jovens. Uma picada de agulha – e troca de impressões do polegar prensada em uma gota de sangue nas cartelas provas biológicas com notas rabiscadas.

Inquieto, sentimos o estirão próximo da mortalidade. Só um gosto – que entretanto os que nos conhecem nunca ficamos velhos.  A promessa era um desafio a toda biologia. Fizemos pouco, ansiosos e engonçados como um escaravelho golpeando-se contra as paredes se sódio-lítio.

Tempo passou. A vida estragou as coisas. Perdemos o contato. Depois disso, bem, a morte também pode ser uma puta.

Esta noite, me parece que o cartão índice persistente impossível no mausoléu da minha vida. Coloco minha língua na sua digital e eu estava ali. Um pouco de ninjutsu nas redes sociais e eu tenho uma direção.

Agora eu estou saltando rua abaixo. Um globo de neve de nostalgia na minha cabeça. Tanto potencial. A audácia! Para manter uma boba, impossível promessa, gargalhando com o dedo do meio apontado na cara estupida da Danse e os famintos céus.

Estou nas escadas de incêndios. Chamo a sua janela.

Ella se surpreende. Eu corto-a. Digo seu nome. Ela diz o meu, mas com um ar interrogatório. Nenhuma explosão reprimida de contexto. Eu mostro o cartão. “A promessa”, digo. Posso proteger a promessa, selado no vermelho antioxidante e fuder com os radicais livres que vem.

Deixa cair o cartão. Confundida. Ela sequer recorda. Ela treme longe. Eu mordo, pego-a antes de cair desmaiada, tento me desculpar. A luz, vejo os pés de galinha em seus olhos, agrupada acima da camisa as estrias. Onde está a garota? Eu mordo de novo. Bebo profundamente. É uma loucura, uma estupides, mas uma voz diz que como a vida, pelo que posso beber a distância de todos esses anos entre antes e agora. Eu sondo suas profundidades. Raspo o fundo. Nenhuma garota.

Admiro minha face borrada no espelho. Quanto tempo passou? Me dói, mas afio meus pensamentos, cortando através da escuridão, e minha face se limpa. Entradas no cabelo. Queixo figurante. Quando isso aconteceu? Onde está o magro, garoto Byron foi?

Agora uma criança chora na habitação contigua.

Minha sombra se ri de mim. Abaixo minha Wendy, e eu não sou maldito Peter Pan.

Os Amaldiçoados têm uma hierarquia de necessidades. Começam em baixo, em suas mãos e joelhos, lambendo desesperadamente fora os sulcos da viela – sem preocupação para qualquer pessoa que arruíne sua solenidade.

Os vampiros precisam de sangue e abrigo da mesma forma que os humanos precisam de comida e abrigo e incluso amor.

 

Sangue

 

Tudo retorna a isto. Escolha qualquer porta. Não importa. Nesta casa da diversão de pesadelos, cada corredor leva a sala de alimentação.

Como qualquer outra pessoa, os vampiros precisam de alimento. Lese tem sede do sangue dos vivos. A fome de um vampiro é mais urgente que a de um mortal. Se ele esgota-se e não se alimenta, que vai cair no torpor, o longo sono dos mortos.

O vampiro está bem adaptado para se alimentar. Quando está pronto, suas presas descem. As exposições aos traços de sangue na boca do vampiro, assim como a própria mordida, criam uma sensação de intensa euforia no receptor. Os vampiros chamam isto de Beijo. Isto é parte amor e parte luxuria. Este é sexo que você sabe que não deveria ter, mas vai voltar para mais. É transgressora, cortando através de todas as fronteiras sóbrias e sensatas. Logo vem o auge, como o sangue corre pelas veias dos vampiros como se ainda estivesse vivo.

Quando tenha terminado de beber, o vampiro lambe a ferida, e se fecha, muito semelhante ao que pode obrigar a fazer seu própria sangue, ou Vitae, para selar suas feridas.

O mortal luxuriante em um ambiente agradável, com o brilho do sono. O corpo do vampiro zumbe, uma vez vazio, agora cheio. Ele pode fazer qualquer coisa! Mas o brilho desvanece mais rapidamente que as brasas de um cigarro. Tanto o depredador e a presa se estremecem profundo, sabendo que há razão para as regras em conta dos mortos fuderem os vivos.

O Beijo deixa os mortais com uma memória pouco clara do que aconteceu. Força e mesmerismo sobrenatural são raras as vezes que precisam ser usadas, mas a facilidade da alimentação não exime o vampiro. Há consequências. Há dano feito, e dano para outro dano do ego. O Beijo transcorre alguma coisa. A mente da vítima fica debilitada a vontade do vampiro, se torna mais vulnerável. É uma gota diluída da maldição, mas a contaminação se acumula com o tempo, filtrada no povo que o vampiro se alimenta e através deles reflete-se no seu território. Este é o pagamento adiantado da maldição.

 

Refúgio

 

O vampiro é imortal, porém, ela vive uma contagem regressiva – tique-taque. Cada amanhecer, ao amanhecer, ela é obrigada a dormir. Se ela resiste ao chamado, e ela mesma se expõe a luz, sua pele começa a queimar. Um jovem vampiro empola e queima lentamente. Um mais antigo, muito afastados dos seres humanos dos quais ri e sorri a luz do sol, em realidade pode pegar fogo.

Os membros da Família devem ter um refúgio – não um apropriado abrigo – ainda não estamos tão elevados na hierarquia. Quando você está nas ruas, com pouco tempo, para sobreviver. O que você faria?

· Eles expulsaram Eddy da cidade. Nada é tão assustador quanto a prosperidade estéril dos subúrbios – tudo novo, nada decrepito, nada abandonado. Com o sol tornando sua pele branca como um ovo em numa pedra do deserto, Eddy se agachou para morrer, mas aquilo que vive dentro dele, o fortaleceu para correr pelo asfalto, matar o homem que lavava o caminhão de sorvetes e encerrar-se no congelador. No cintilar da música agora, três noites depois. O suficiente quente para as pessoas felizmente comprar sorvete depois do anoitecer. Eddy não sabe onde ir, está assustado demais para sair do seu caixão branco. Ele dirige, as pessoas param-no e sente naquele tipo de história em que tomamos o lugar do gênio da lâmpada.

· “Muito bem Laurie, olhe não há nada embaixo da sua cama”, dize papai antes de fechar a porta. A luz noturna pisca, e Laurie agarra seu cobertor. “Não deixe que seus braços ou suas pernas caírem para os lados e tudo ficara bem” diz a voz embaixo.

· “Aceite que era repugnante, raspando a vergonha, os esgotos não eram tão ruins. O vestido de Victoria era um caos, mas dormir um dia no grunge não a mataria. Ela sabia que as histórias das coisas que se submergiam por aqui era só historias para assustar os neófitos no Elísio, mas que outra maneira de demostrar domínio sobre os fracos. Tinham frases pinadas nas paredes viscosas, que não tinham sentido a Victoria. Nunca havia se sintonizado na Cacofonia. Ela desprezou os ruídos embaralhados como imaginação, mas não os impediu de se aproximarem.

 

Mudando-se

 

E no caso de um vampiro ganhar um pouco a mais do que a mera sobrevivência, então o que? Um apartamento melhor? Os membros da Família são predadores noturnos, cadáveres-demoníacos vestindo pele humana. O que faz eles precisarem do conforto de uma casa? No entanto, o impulso do ninho perdura. Quatro paredes fazem mais que suportar o sol; elas mantem coisas. Os membros da Família inteligentes criam mausoléus em honra daquelas cujas vidas roubaram. Adicione um pouco de lar, decore com coisas familiares e o fantasma do homem poderia rondar os corredores um pouco além de seu tempo.

 

Entre os Espinhos

 

O Membro não está acima ou abaixo do rebanho como lhe gosta acreditar. Eles brincam com a comida. Eles agarram-na. Eles tocam e contaminam. Com o tempo, tudo é parte do tudo.

Contexto é o rei. As rosas não são belas devido as suas pétalas vermelhas, mas devido que ela filtra a beleza através dos espinhos que a vezes temos que sangrar para disfrutar.

Como suas relações mudam quando seu coração para de bater? Tens uma família respirando? Como foi esse giro? O que acontece com seus vizinhos? Pequenas conversas torpes nos corredores ou elevadores, quando você é pressionado tão próximo e a Fera sussurra sugestões oh tão delicadamente, e há algo nelas você sabe. O que acontece com os mendigos que passavam despercebidos – que se sentam nas portas como um alimento caído – como os vês agora?

O contexto não é somente as pessoas, mas lugares, culturas, a vista da cidade desde uma sacada particular. A biblioteca. A festa. O estádio. O parque. Ainda vais no supermercado, com o carrinho vazio, vendo toda essa comida desfilando? O vampiro existe em um ecossistema. Não é equilibrado, e não é agradável, mas tudo está unido por uma teia.

Você muda os mortais e eles te mudam. Eles não são apenas sacos de sangue, e não são só ovelhas. Eles formaram ancoras solidas e farpas afiadas para manter o Homem fugindo da Fera. Isto é importante, porque a Fera e o Homem não são necessariamente inimigos. A Fera protege o Homem dos perigos e da fome e daqueles que o esmagam. É um mundo mau, e as vezes vale a pena ter um irmão maior.

O Homem faz a Fera um predador mais sofisticado, que lhe dá as ferramentas da adaptabilidade e a criatividade. Mas a humanidade de um vampiro é um musculo atrofiado. Há que flexiona-lo ou murchara. A alienação deve ser combatida ou pelo menos desacelerada. As relações com os mortais têm o poder de fazê-lo. É necessário o amor, mesmo que seja apenas uma pedra de amolar para afiar seus dentes.

Só está tão vivo como a companhia que buscas. Quem são suas Constantes?

·  Se formou uma relação tênue entre você e a vizinha bisbilhoteira. Vocês se vêm cada noite. Você traz café, trocando uma pequena conversa, e por poucas horas, que são os dois únicos na Terra. Ela nem sequer se encolhe quando a luz da lanterna reflete em seus olhos. Ela teve uma filha, uma vez, antes que um assalto saiu mal neste mesmo bloco. Sinaliza a forma peluda do outro lado da rua. “Os coiotes chegaram na cidade na última década, mas quase nunca se viam. Como fantasmas. Ao princípio tememos. Que acontecera às nossas mascotes? Nossos filhos? Mas agora olho entorno, e vejo muitas menos ratos. Entendes?” sim. Você gosta.

·  Você se converteu no arrivista, arranjo de Vitae e Beijo, dando a estes zumbis algo alternativo a sua metanfetamina.  Você se aborrecia ao princípio, esses olhos vazios e mandíbulas bobamente frouxas, mas eles cresceram em você. É a empatia surgindo, ou simplesmente você está se tornando um perdedor como eles?

·  O estádio de esportes é mais velho que seu senhor. Isso é reconfortante, esta é a forma que você se imagina que o mar ou as estrelas consolem os antigos. Você vem a maioria dos jogos. Os indivíduos da barulhenta multidão mudam, nos todos são a mesma entidade, a mesma colônia de corais. Você inala e te animas. Nunca se alimenta aqui. Você não quer macular este lugar, e já colocaste mais de um taco de beisebol quebrado através do peito de alguém para que siga sendo assim.

·  Vives no sótão do brutamontes que te aterrorizava no ensino médio. Ele nunca te vê, mas passas longas noites de pé junto a ele, sentindo o calor de seu corpo. Deixas a Fera brincar com o medo, da forma que um gato brinca com a lã enquanto imaginas seu assassinato. Esta não era sua intenção. Você veio para mata-lo há meses atrás, mas não pudeste. Você está vivendo na nostalgia agora e percebes quanto sentiras sua falta quando tiver partido, enquanto que você tem todo o tempo do mundo.

 

O Verme Contaminado

 

“Notaste como as pessoas e animais de estimação parecer-se entre si?” diz um adolescente a outro. Dividem goles de aguardente roubada e mordidas frias do vento pós-Outubro. Conversam e caminham através do cemitério velho, nunca percebendo que estão sendo observados por uma criatura que senta-se ao que agora se assemelha a uma estátua angelical, o manto das assas desgastado, os dedos pontiagudos como garras. Os corvos pousam na cabeça e ombros.

Os mortos são mudados pelo seu território e suas vítimas; a sua vez, o território e as vítimas são mudadas por ele. O sangue entra e o sangue sai. Se torna mais e mais difícil dizer quem é o pesadelo de quem.

Obtém-se no sangue. A curto prazo, o vampiro herda o zumbido e alto dos alcoólatras e viciados. A longo prazo? Pois bem, com um pouco de agua, o tempo pode esculpir desfiladeiros.

Um antigo monstro que mora em Nova Iorque, se mistura com as pessoas de quem se alimenta, pois os seus acentos e cultura filtraram no sangue. Agora é difícil de ver através de toda esse sangue, para lembrar o Renascimento francês que uma vez conheceu perfeitamente. O tempo e o sangue corroem a pedra.

Mas o rio flui nos dois lados.

O bairro frequentado pelo Gangrel se torna mais selvagem por graus. A intimidade se torna selvagem. Discussões em bares se tornam brigas. Todo mundo sente coceiras que seus antepassados sabiam como coçar.

Um Nosferatu mora no centro comercial. Há um restaurante para crianças – cheio de jogos eletrônicos e divertidos – que se converteu inexplicavelmente sinistro. Os adultos desconsideram, ignoram como grotescamente as caras lascivas da banda se tornaram animatrônicas.  Eles o despedem facilmente, e os pais lançam gerações inteiras de crianças gritando aos palhaços. As crianças não podem fazer caso omisso dela, e as fatias baratas de pizza ficam molhadas de lagrimas.

 

Quem sou para você?

 

Todos os apoios da arvore são familiares. Eu nem sequer preciso chamar a janela do segundo andar. Se abre. Ele tem estado me esperando. A primeira vez, tive que força-lo. Na segunda vez eu tive que pedir. Fico aliviada sabendo que não preciso fazer isso, mas uma parte minha o odeia por não resistir.

“Preciso de mais”, digo-lhe.

“Ok...ok”, diz. “Posso ficar em casa amanhã por estar doente. Eu odeio álgebra mesmo”.

Esta é a parte mais difícil. Tiro minha jaqueta de universitário, e os dois nos sentamos em sua cama, distante pela largura de um corpo. Silencio. Então nós apoiamos torpemente, movendo-se na direção errada – pescoço? Pulso? Outro lugar? – sorrindo cortesmente como as pessoas que se mantem cortejando umas às outras, tentando passar pelo salão abarrotado.

Pescoço. Dentes. Então todo o embaraço desaparece. É tão bom. Ele geme em meu ouvido. Eu silencio um gemido na garganta. Ele respira com dificuldade. Ele se agarra a meu corpo para não cair e eu gentilmente nos deito. Posso sentir sua rigidez. Uma mão agitada involuntariamente vai ao peito, o agarra e amassa, e o mamilo fica duro, e meu corpo não reage dessa forma mais, exceto neste momento, e é tão doce. Eu bebo, e suavemente amolo um contra o outro, pois o que mais posso fazer para evitar que ele flutue para longe? Ele arfa e estremece – uma pequena morte, só um pouco da morte – e pulso meu rosto contra seu ombro para mantê-lo secreto. Poderia beber tudo dele, mas eu paro.

Estamos deitados paralelamente na cama, ambos respirando. Tão quente e feliz e qualquer problema a um milhão de anos luz. Depois, o estado de ânimo esfria e se solidifica algo viscoso. Os dois nos sobressaltamos e pulamos como se tivéssemos sido pegos no banheiro.

Pego minha jaqueta

“Também...” digo. “Preciso...”.

Ele abre sua carteira do Homem-Aranha, e me entrega seus últimos dez spots. Me quebra o coração, ainda mais que o sangue, porque o que mais poderia tomar dele?

“Esta foi a última vez”, digo-lhe. É uma mentira tão bonita. Dou um pulo do peitoril da janela, o ar sente-se bom e eu preciso sair para a rua. Eu ano viro. “Diga a mamãe e papai que mando cumprimentos”.

 

Mentiras Brancas

 

Os vampiros falam com frequência da Máscara, o grande engano que mantem a multidão das suas portas. Para a maioria dos vampiros, porém, a Máscara não é uma conspiração global. É a capa que o vampiro tece, todas as noites, para protege-lo do sol e do fogo do caçador.

Cada fio é uma mentira. Aprenda a mentir, e seu corpo ficara bem – uma batida, uma corada, calor e respirar. As mentiras engendram mentiras que engendram suas mentiras. Esta é sua existência agora. O que isso faz a você? Se você não aprender a mentir bem, as pessoas vão morrer. Bem... mais que o habitual.

A máscara pessoal do vampiro é uma serie de desvantagens. Como conseguir sangue? Como se oculta quando o censo chama? Mentir aos que amas. Mentir a estranhos. Mentir a comida. Você gostaria de ter começado cedo a praticar, dizendo mentiras a janta de carne só para conseguir a sensação.

Que acontece com aqueles que conheceste vida? Exige tantas pequenas mentiras para manter isso. “O sinto eu estava com uma baita ressaca e não pude participara da reunião da manhã”. “Estou fotossensível”. “Estou atolado, não posso voltar para casa para o Natal”. Poderias cuidar de tudo com uma grande mentira, que todos de dia acreditem que este morto. Essa mentira tem bastante verdade nela.

É um pouco impressionante, como uma ir a uma audição de leitura fria pode ter consequências terminais. Não há que preocupar-se. Mentir fica mais fácil rapidamente. E mentiras oferecem suas próprias recompensas. Não há sensação tão asquerosamente maravilhosa do que sair ileso de algo.

 

Classificação

 

A Fera grita sua necessidade de sangue. A Fera dá a você uma certa desesperação para fortalecer sua determinação. Mas a Fera é tão boa em bolar planos como um enlouquecido rato de merda. Tempo para o Homem intensificar-se. Ele tem o Beijo, e ele é quem dirige, já que só precisa de um pouco de delicadeza para fechar o acordo. Como se pode inclinar a máquina? Como trabalhar os ângulos para que o sangue flua para dentro do seu funil? Mas tome precaução e atenção ao quanto está passando pelo funil. Lembre-se, ele te muda.

·  Você se alimenta de animais, gatos e cachorros de rua, e as vezes um pombo. O dizes a você mesmo que tens este impulso, que você pode continuar assim para sempre. O golpe mais fácil de aplicar é em você mesmo. Talvez se você mistura-se algumas gotas de sangue humano aliviaria a dor no peito.

·  Você brinca do anjo da misericórdia. Você persegue as casas dos anciões. Você para por longas conversas, passando fome; e quando são as 3 da manhã, quando os conheces o suficiente para doer, você os envia e enche seu ventre. Você precisa falar com eles. Tem que haver o sentimento de perda.

·  Você circunda os locais mais comuns do suicídio. O Bosque de Aokigahara, no monte Fuji, Japão.  A ponte Nanjing sobre o rio Yangtzé, em Nanjing, China. A ponte Golden Gate, em San Francisco, Califórnia.  Algo empurra essas pessoas a essa ação, ao igual que algo faz com que você se alimente. Num salto de tempo suficiente, um corpo golpeia a agua como se fosse cimento. Não todos morrem no impacto. Eu os ajudo adiante.

·  Você é o EMT no turno da noite. O flash das luzes rodopiante. A humanidade no andar abaixo seco. Todo mundo sabe seus veículos nesse espaço entre a sociedade e os mortos – justo onde tua gente é cômoda. É como comida entregue em casa, só que eles estão se entregando a você. Quanto tempo pode durar isto?

·  Você migra com a comida, a maioria das terras assoladas por guerras. Você tem um velho passaporte, credencias de repórter vencida, e uma câmera estragada. Você dorme na terra e todos os dias bebe o sangue derramado e só o derramado e penetrado pelo solo.

·  Você é uma stripper e ninguém diz nada quando se oferece ir ao quarto dos fundos para um especial. É dinheiro, e é efetivo, e sempre a propina é mais grande depois do Beijo.

·  Você frequenta clube de strip-tease, e sempre diz sim para ir aos quartos dos fundos. As dançarinas não parecem se importar da péssima gorjeta depois do Beijo.

 

Ghuls

 

Os famintos mortos tomam e tomam, mas também devolvem a comunidade. Estendem seu sangue já que faz os mortais flexíveis. Pode fazer um vampiro também, se você estas disposto a colocar-se a trabalhar.

Ghuls são meio amaldiçoados, mortais alimentados com sangue vampírica. Além de um ímpeto perverso, que recebem poderes sobrenaturais dos vampiros, com algumas fraquezas de suas terríveis fraquezas. Os vampiros usam os ghuls não só para fazer seu trabalho sujo durante o dia, mas também manter o contato com o mundo dos mortais. As máscaras mais exitosas são aquelas baseadas na compreensão da vida, ao menos o suficiente como para enquanto você caminha ao longo e os ghuls podem estender uma ponte entre os vivos e os mortos.

Entre outros vampiros, os ghuls conseguem uns pedaços de respeito. Não são a Família, não são membros por qualquer meio... mas um ghul representa a alguém que outro vampiro estava disposto a cultivar. Por suposto, isto faz os ghul vulneráveis, colocar o medo no coração de um ghul é uma maneira de esfriar o sangue de seu mestre.

Um ghul é um viciado, sente um pouco da fome de um vampiro. Mas a sangue humana não vai saciar está fome. O ghul precisa de Vitae.

Um vampiro não precisa pressionar os lábios de um possível ghul em seu pulso. Há muitas formas de tirar a pele do gato.

A Serpente morde seus lábios e apenas se nota o gosto de cobre no beijo.

As Assombrações cospem uma sangrenta fleuma em seus olhos, de forma inexplicável, à medida que atravessa o caminho a meia-noite. Agora te sentas em teu apartamento sentindo mais medo do que acreditas ser possível, perguntando-se se deveria ir fazer um teste para alguma doença.

Você pega seu café caro, mas com um estranho sabor. Uma Sombra sorri diante de você, mas não podes vê-la.

Bebeste o cálice quando um Lorde mandou fazê-lo. E agora... não... não lembras bem o que aconteceu.

O Selvagem corta você e depois corta-se, encostando as feridas abertas juntas. Agora algo selvagem surge entre vocês.

Deixe que os teóricos da conspiração discutam no rádio sobre invasores. A invasão já está acontecendo, tem estado acontecendo, uma gota por vez. A infeção generalizada. Família podem caminhar na rua e cheirar aromas familiares sobre estranhos. A maldição quer se difundir.


As Tradições


Através de nós, você entra numa sociedade de mentirosos e ladrões. Através de nós, você entra na população de bebedores de sangue e egos obesos que se saem com a sua. Através de nós, você entra no congresso dos cadáveres que carecem da decência para ficarem continuarem imóveis. Quais leis poderíamos respeitar?

Há três regras que até os mortos temem atravessa-las. As Tradições. Recitem elas agora – você encontrara que pulam da ponta da língua.

Três pilares suportam o peso da cultura dos mortos. De onde vem? Não existe uma origem única comum. Ninguém lembra uma época anterior a sua existência. Eternas permanecem.  Quem falou pela primeira vez as palavras? Alguns sussurram o nome da “Camarilla”, mas golpeia o ceticismo como “Camelot” causa o mesmo efeito. Quando erguermos nossas cabeças, acima da instantânea vontade da Fera e o Sangue, poderíamos ver os mistérios de eras acima entrelaçada na longínqua escuridão.


A PRIMEIRA TRADIÇÃO


Não revelaras tua verdadeira natureza a aqueles que não pertencem ao Sangue. Se você o fizer, você perde seu direito ao Sangue.


 A SEGUNDA TRADIÇÃO


Transformar a outro é um risco seu e da sua progênie. Se criares um infante, o peso da sua criação será seu para suportar.


 A TERCEIRA TRADIÇÃO


É proibido devorar o sangue da Família. Se você violar esta tradição, a Fera invocara seu próprio sangue.


 Os conservadores falam que as tradições estavam escritas no sangue, desde o início. Falam que estas leis são misticamente aplicadas. Os Santificados estão de acordo. Alguns deles vão tão longe como para falar que o próprio Longino ditou as palavras, ainda com sua lança ensanguentada no sangue do messias.

Mas um sussurro corre subversivamente. Dizem que as tradições são tão universais, tão antigas, devido a seu sentido comum entre a Família. É uma boa sensação para se esconder do rebanho, ao não se encher o mundo com predadores, para desestimular aos semelhantes se comerem. Os chamados efeitos sobrenaturais, argumentam, são inerentes a natureza de um vampiro, e se as tradições eram tão misticamente enfocadas, que necessidade havia para príncipes presidirem elas? A Cacofonia e milênios de cultura da Família são o suficiente para programar estas regras simples para ser um monstro.

O debate continua, mas estamos perdendo o fio da meada. Há três regras. Quebraras traz dor.

 

A Primeira Tradição

 

A zebra sabe que existem os leões, mas a zebra esquece, o tempo suficiente para tomar um drinque ou ir dormir. Assim são as coisas com a Máscara. Isto não é uma grande conspiração, senão um guia rápido para a interação da Família com o mundo dos mortais. Não se trata de enganar a comunidade mundial, mas assegurar-se de que o vizinho de cima não suspeite.

A Máscara é uma fonte de conflitos na sociedade noturna. O que constituem uma violação? Qual é a resposta correta? As respostas não são definitivos e variam de um domínio a outro. O quarto de artimanhas, entre as lacunas da interpretação, é onde os oportunistas podem enterrar seus rivais.

O Membro protege o aqui e agora, esta noite, quadra a quadra sangrenta. Eles mantem os locais de ficarem espertos – o policial numa cruzada, o repórter decidido. A Máscara é um assunto local. Significa que você escolha, através do ato intencional ou negligencia grave, a merda onde você e os seus comem.

A crença não entra nela. As pessoas podem acreditar no sobrenatural. Incluso podem acreditar em vampiros. O conhecimento é a chave. Enquanto o homem paranoico não suspeita do garçom, que diz a todos de suas loucas teorias, que é um Membro, suas crenças não importam.

Isto não é sobre a necessidade de tremer e se esconder, mas sobre os seres humanos temerem aquilo que se esconde deles – um pouco além da verdade de Papai Noel e todas as revelações adultas horríveis – o temor de que se incluso a mais mundana estrutura tremerem, coisas que arrastamos cairão.

 

O Rosto Perdido

 

Um vampiro não carece de reflexo. Você nunca o vê no espelho. A Fera sabe precisamente onde parar-se. Um vampiro não é um borrão em uma fotografia, mas por algum motivo, nunca parece olhar a câmera, ou mancha do flash da imagem, ou a alta ou baixa exposição.

É frustrante, sim, mas quase sobrenatural. A menos que você seja um patife de um professor de estatística, analisando maniacamente avistamentos de vampiros e ... que foi isso no espelho? Seguramente nada. Seguramente excesso de cafeína. Seguramente.

É um mecanismo de defesa. O vampiro rola a mentira até que penetre a pele. A Família mente sobre sua origem, mentindo cada um ao outro, secretando mentiras no morteiro da sua sociedade de favo, mentindo a eles mesmos, mentem para se fazerem maiores e mais assustadores, para parecerem menores e menos ameaçadores, parecerem mais sensuais quando deveriam ser assustadores. As mentiras se acumulam em um vampiro como rêmora de um tubarão.

 

A Segunda Tradição

 

A segunda tradição é um enigma frequentemente debatido. Se a sociedade dos vampiros que a apoia a seguiu-se extremamente, não existiria está sociedade. Fudemos. Procriamos. Produzimos mais bocas para argumentar por que não devemos fuder.

A ira do Santificado desde o púlpito, falando sermões espinhosos avaliado do Antigo Testamento. Não é nosso direito passar a maldição, diz. Algumas mitologias da Família oferecem repetidos temas: um vampiro solitário cria companheiros, somente para descobrir mais tarde sua insensatez. Os que se unem a esta Tradição advertem da ira daquele primeiro vampiro, ou de deuses ofendidos que infligiram a Maldição. Para fazer mais mortos famintos é trazer a fúria de cima ou baixo.


Escrevendo na escuridão. Não quero ver. Não quero saber. Pode isto criptografar o escrito pelo risco da minha pena? Não o sei. Tenho que pegar a oportunidade. Escrever tão tranquilamente como possa. Tenho a esperança que encontre isto. Não me atrevo a enviar isto por correio. Isto o saberia. A Segunda Tradição é uma mentira! Agem como se algo divino deseja-se deter sua propagação, como a Maldição quisesse estar sozinha. Isso não está nos dados. A Maldição quer se difundir! A Maldição. O Sangue. É o mesmo. Isto está vivo. Isto é viral. Isto não quer que paremos. O Abraço não é a única maneira. A Maldição escapa, entra nas pessoas, quando nos alimentamos, quando damos nosso sangue a eles, quando forçamos nossa influência sobre eles. Eu coletei as histórias. Fontes favoritas continuam sendo candidatos viáveis ao Abraço muito tempo depois de mortos. Ghuls erguendo-se das suas tumbas. Ressurgidos sem mente matando, vomitando sangue preto sobre suas vítimas, que se erguem a medida que mais vomitam a Maldição. Ressurgidos reproduzem uma folia quando isto fica impaciente. Geralmente é muito paciente. Isto sabe que nós pagamos o preço, eventualmente. Ali está o mito. Longino, Drácula e outros originais. Eles dizem que há muitas maldiçoes únicas. HÁ SOMENTE UMA! Isto está no ar. Em todos os lugares. Esperando. O mal que as pessoas praticam, as cavidades vazias esculpem fora de si mesmos, a Maldição é justamente o verte nesse vazio, incubando, esperando a confluência de variáveis adequadas espirituais-químicas. Grotesca alquimia. Cada indivíduo da maldição é amis que outro recipiente em um bloqueio, e a Maldição está virando a chave, sempre girando, e tem tantos dentes. Uma Assombração me falou que seu clã se ergue, de maneira espontânea, desde o solo. Oh Deus. Eu sinto isto, se deslizando por dentro de mim. Consciente. Sempre ali. Assim brutal. Todos nós, nós a Família; somos apenas corpos para isto. Tentei dizer isso para meu genitor. Nosso Sangue estava próximo. Muito simpático. Isto sabia. Isto me puniu, todo dia, quando durmo. Pequenos jogos. Acordar com os objetos do meu quarto reorganizado. Chaves escondidas. Acordei com uma tesoura na mão e runas talhadas no meu peito. Acredito que delata uma advertência. Tenha cuidado ao ler isto. O Sangue sabe. O Sangue está planejando algo.


A aplicação de esta tradição tende a não excluir absolutamente engendrar novos vampiros, mas limitá-la, e a colocação das correntes da responsabilidade aos quais são permitidos se reproduzirem. Em alguns domínios, o príncipe ou Membro mais antigo que controlam a população, dão a sanção para Abraçar. Em outros domínios não há aplicação desta lei. Alguns membros da Família, particularmente do Círculo da Anciã, vem o Abraço como um rito necessário. Mas há domínios que temem o pilar da Segunda Tradição. Há lugares onde o genitor e seu recém vivificado infante guincham de cruzes ou em um homem de vime ardentes, crucificados para forçar aos membros da Família locais acreditarem que o Abraço ofende.

Os dissidentes argumentam que esta lei não precisa de aplicação. As povoações de predadores cuidam de si mesmas, e o preço do Abraço é suficiente para controlar os números. Há um preço. A Fera tem uma taxa para esta transgressão. O genitor perde algo, um pouco da sua personalidade, ou talvez uma parte do Homem, cortado no altar da Fera, onde todos os vampiros, cedo ou tarde, sacrificam mais e mais deles mesmos.


 A Terceira Tradição

 

Qual é o pecado que faz os monstros tremerem? O Amaranto. Qual é a lei que os sociopatas temem quebrar? O Amaranto. O serial killer, o tirano e o diabo na mesma festa do chá de cadáveres costurados juntos – eles riem, profanam, trocando para fazer amor com o cadáver mais bonito – qual é o tema da conversa que os faz olhar para baixo nos seus pratos manchados de sangue coagulado? O Amaranto.

A Terceira Tradição oferece a menor controvérsia, sofre da menor discussão, pois incluso o mais depravado demônio lhe custa falar levianamente dela. Isto é mais que assassinato ou mutilação. As apostas são mais eternas. O que devora o sangue de um vampiro também devora sua alma.

Esta é a maneira mais rápida para ser um vampiro mais duro, mais terrível. O preço, porém, é exorbitante. Diablerie coloca o Homem num gancho, e pendurado diante da voraz Fera. Não há forma de ser o suficiente cruel para que isto não importe mais. O torturador e assassino de massas sofrem por este ato. Você toma o poder e parte da memória da sua vítima, mas pega muito mais que isso. Sua personalidade sangra na sua, confundindo sua paisagem mental dissociada do vampiro. Você fere-se mais mentalmente que qualquer vivo pode ser ferido, para sempre, e eles não te desejam o melhor.

Uma vez comprometido com a Diablerie, o indivíduo que fostes não existe mais. Atravessaste essa soleira, algo mais tomou sua forma.


W.H.,

A seguir está uma transcrição da gravação. O original já não existe nas provas da polícia. Aparentemente o sacerdote, Padre Victor Lewis, estava gravando suas confissões, em segredo, para uso particular. Ao fechar este caminho, podemos dizer que a Primeira Tradição está quase intacta. Isso deixa com a mais preocupante a Terceira. Os nomes de Montresor e Fortunato são pseudônimos, referências a um conto de Poe. Assim que procuramos alguns membros da Família locais que tivessem alguma rivalidade. Isso não reduz o campo consideravelmente, mas vamos a ver quem há desaparecido e ir ali. Mais à medida que se desenvolve.

-Hardaiken.

[Início da gravação]

Padre Lewis: ... quanto tempo desde sua última confissão?

[Pausa]

[Incompreensível a voz cheia de estática]

John Doe: Muito tempo.

PL: há algum pecado que você gostaria de confessar? Tome seu tempo.

JD: meus pecados são ... múltiplos e multiformes. Vim aqui, esta noite, só por um.

PL: e qual foi esse?

JD: sou uma criatura cínica, padre. Mas agora sei que, além de toda sombra de dúvida, que existe a alma imortal.

PL: uma reafirmação da fé não é um pecado, meu

JD: eu sei o gosto de uma alma.

PL: desculpa?

JD: como Montresor, eu aguantei milhares de insultos a meu Fortunato. Ele era meu amigo, mas em algum lugar do caminho, se converteu em meu mais odiado conhecido. Depois de um, insulto final, tomei minha vingança. Eu o derrubei, para sempre, nas catacumbas de mim. Bebi sua alma.

PL: escute, isto é um ritual sagrado. Você

JD: por favor, escute minha confissão padre. Não posso admitir isto aos meus semelhantes. Estou sofrendo pelo meu pecado. Eu não compreendo. Eu não entendo muito bem a Terceira Tradição. Ele vive dentro de mim. Eu... me converti na morada dos meus fantasmas. Sou a cripta sagrada daquele que mais desprezava. Eu o escuto rindo, agora mesmo, fazendo sons com suas correntes através de meus corredores. Ele se refere a mim como doentio, Padre. Me distraiu, quando atravessava uma rua transitada, e fui golpeado por um carro. Aprendeu a imitar a voz da minha consciência e me tenta com atos autodestrutivos.

PL: Creio... creio que deverias ir agora.

JD: deixei a criatura mais diabólica que conheci na minha mente. Ele saqueia através das minhas lembranças. Sempre estou exposto. Sempre violado! Eu sei o problema. Com meu Fortunato, eu engoli tanta maldade. Tudo que tinha que fazer era dispersar o mal com o bem.

PL: não entendo.

JD: tentei com crianças. Enchi-me com tantas crianças. Mas suas vocês não persistiram. Creio que temem Fortunato. Creio que se escondem. Sei que eu o faria. Mas, já não posso me esconder de Fortunato.

[Som estridente]

PL: que? A porta?

JD: foi quando percebi que deveria tentar um sacerdote.

PL: ajuda! Oh, Senhor! Ajuda!

JD: as crianças choram por ajuda, Padre, com vocês mudas. Vai cuidar deles, não? Sei que o faras. As guiaras contra o mal que é meu Fortunato.

[Sons de violência e de madeira quebrando (o confessionário foi encontrado destroçado.)]

[Gritos]

[Silencio]


Quebrar as Tradições

 

O jogo assume que os vampiros são bons para ficarem ocultos, não Abraçando insanamente e só raramente se canibalizando entre si. As Tradições se quebram com regularidade suficiente para que haja necessidade de uma lei, mas não o suficiente para romper a sociedade vampírica ou aparência de mundo ordinário que os Membros se escondem.

Porém, esperamos que os jogos reais, as Tradições serão violadas com alguma regularidade. Cobrindo as brechas da Máscara é um gancho de trama clássica, e um dever importante para os personagens que são membros do Invictus. As Tradições são deliberadamente desenvolvidas para que os vampiros tenham motivações para quebra-las, e pelo que haverá um drama quando o fazem.