Crônica: Agenda Esotérica
Tema: Controle
O tema controle reflete de certa forma a sociedade do mundo decaído. A elite mundial, representada pelos Profetas do Trono Superno e seus asseclas, mantêm um controle extraordinário sobre os adormecidos. Seus fantoches no governo e na mídia controlam o que o povo deve assistir, e que informação obter, manipulando e criando noticias a seu bel prazer. Os temas dos programas e filmes refletem determinadas crenças e comportamentos que eles sugerem, incutindo mensagens subliminares na programação e usando a TV como meio de controle da mente do povo, expondo ou ocultando as verdades secretas como bem queiram. Mas não é apenas a mídia e a informação que são controladas, o próprio destino da humanidade esta em jogo, a liberdade do povo é controlada e medida de maneira assustadora, aprisionando os adormecidos em uma realidade ilusória e sufocante minguando a centelha divina, natural por direito da humanidade. Quando surgem as brechas nessa ilusão, rebeliões, visionários e despertos, os homens da lei estão sempre aptos a apartar com violência gratuita os desordeiros e traidores. Os sábios agora são vistos como idiotas cômicos e loucos, os ídolos da sociedade humana são os astros dos filmes e as estrelas da musica e da TV, esses agora são os ícones a serem seguidos pelas novas gerações a muito tempo, criando uma raça estúpida e ignorante de sua própria prisão. O ser humano foi programado a viver um mundo de ilusão, aparte do real, estão presos em uma prisão sem grades que a chamam de cotidiano.
A Elite Mundial
A crônica Agenda Esotérica se baseia em uma das teorias da conspiração mais controvertidas da história; os Illuminati. Os Illuminati são a elite mundial que controla a economia mundial e muitos governos, uma conspiração de banqueiros, nobres europeus e bilionários de todas as nações que concentram toda a riqueza em suas mãos e patrocinam a desigualdade e as revoluções para enfraquecer os governos e as religiões, para que finalmente possam se apoderar do mundo e trazer a Nova Ordem Mundial, um governo onde a humanidade é completamente escravizada, e eles receberão o trono do mundo decaído, assim como seus mestres nos céus. Vale lembrar também que os Iluminados também são responsáveis por boa parte de como as coisas estão hoje, há documentos; “Prova de uma conspiração para destruir todas as religiões e governos da Europa” do maçom John Robson, escrito em 1786 revisando documentos capturados pelo governo Bávaro dias antes da convenção de Genebra, o ponta pé inicial para a criação da ONU. Os documentos provam que foram os Illuminati, através de seus peões Maçons, que instituíram as revoluções Francesa e Russa, a ultima como uma vingança pessoal da casa Rostchild ao Czar Russo.
Mas os Illuminati, os iluminados, não estão apenas nos bastidores do governo e nas grandes companhias mundiais, estão infiltrados também em praticamente todas as sociedades secretas mais conhecidas do submundo ocultista, como o exemplo da Maçonaria, Rosa Cruz, Skull and Bones, Bohemia Groove entre outras, recrutando seus membros em vários graus dessas fraternidades. Na maioria dos casos controlam tais seitas, não é a toa que a maioria dos círculos mais graduados dessas seitas são membros ativos dos Illuminati, e na maioria das vezes as controlam para perpetrarem seus planos secretos. Existem um sem número de documentos, reportagens e depoimentos indicando que a grande maioria dos políticos mais graduados da América, de ambos os partidos, são originários dessas fraternidades secretas, chegando ao poder com mandados de cabide feitos pelos seus mestres, para que possa servi-los melhor.Outra fonte de inspiração que marca forte presença são os famigerados Protocolos dos Sábios de Sião, que possuem relações com os Illuminati e a elite mundial, os vários ritos, boatos e conspirações da Maçonaria, e outras sociedades secretas como a GoldenDawn, Rosa Cruz e etc. A similaridade não é mera coincidência.
Nova York: a cidade abissal
“Na Cidade do Mundo haverá um grande trovão,
Dois Irmãos serão destruídos pelo Caos,
Enquanto a fortaleza resiste, o grande líder sucumbirá.
A terceira grande guerra começará quando a cidade grande estiver queimando”
Nova Iorque é a cidade mais populosa dos Estado Unidos e o centro da área metropolitana de Nova York, que está entre as áreas urbanas mais populosas do mundo. Considerada uma cidade global alfa ++, Nova Iorque exerce uma poderosa influência sobre o comércio mundial, finanças, cultura, moda e entretenimento e atrai a atenção daqueles que procuram pelo poder e riquezas como nenhuma outra. A cidade sedia a Organização das Nações Unidas e também é um importante centro de negócios internacionais. Não é a toa que é considerada como a capital do mundo ocidental, e para os despertos um berço de intrigas, guerras, oportunidades e perigo eminente, pois suas ruas são o território do inimigo.
A História desperta
Fundada como um posto de troca comercial pelos Holandeses em 1624. O local foi chamado de Nova Amsterdã até 1664, quando a colônia ficou sob controle Inglês. Nova York foi a capital dos Estados Unidos de 1785 até 1790, sendo a maior cidade do país desde então. A história desperta de Nova York é uma concha de retalhos de relatos e documentos esparsos, o que se segue trata-se do conhecimento comum, e não a verdade absoluta sobre todos os fatos que envolvem os despertos.
Primeiros relatos
Os primeiros relatos e documentos de atividade desperta na cidade vem com a primeira leva de judeus na cidade, a cabala Fraternidade dos Filhos de Sião era afiliada a Escada de Prata e as primeiras famílias judias a se instalarem na cidade. A cabala seguia a tradição da magia cabalística e patrocinou muitos judeus, fundou a primeira sinagoga da cidade, a primeira liga de comerciantes e, segundo as lendas, também foi a fundadora da primeira loja maçônica de Nova York. A Fraternidade e a Escada de Prata, cresceram em força e poder a medida que a cidade ia crescendo, em especial devido a sua importância geográfica para o transporte de mercadorias. Atuando através das lojas maçônicas controlavam o fluxo de dinheiro da cidade, formando cartéis comerciais, controlando associações de trabalhadores e fundando bancos e outras instituições financeiras. Logo a Fraternidade estabelece uma bandeira para as ordens Atlantes no Novo Mundo e fariam de tudo para que esta nova terra permanecesse nas mãos do Pentáculo.
Consilium da Nova Terra
Talvez o momento de maior agitação, e em que houve o maior aporte de despertos na cidade, ocorre quando a cidade se põe como principal quartel general da resistência americana contra os ingleses na guerra pela independência. Os relatos mais comuns sobre essa época pintam uma Nova York agitada e amedrontada pela guerra e pela possibilidade de invasão pelos ingleses. Aqui os lideres da resistência, entre eles o general George Washigtom e Benjamin Franklin, reuniam seus soldados e capitães para organizar a resistência. A Escada de Prata patrocinava a resistência e seus ideais iluministas, e as lojas maçônicas controladas pela Fraternidade entraram de cabeça no conflito, pois sabiam o que esperavam dos ingleses e seus mestres Profetas do Trono Superno. Outras ordens que também engrossavam as fileiras da resistência, em especial o Concílio Livre e seus libertistas revolucionários, muitos dos quais apreciavam os ideais iluministas da maçonaria. A Seta Adamantina com seus poderosos mosquetes e canhões, e os assassinos e espiões entre os Guardiões do Véu. Mas também sabe-se da participação de outros despertos misteriosos, que desconfia-se serem agentes secretos dos Profetas do Trono Superno ou até mesmo agentes duplos dos Guardiões do Véu, e até mesmo de outras criaturas sobrenaturais. A conspiração era de tamanha magnitude que nem mesmo seus conspiradores sabiam traçar um quadro hierárquico de quem a compunha.
Finalmente após a declaração de independência a Escada de Prata e Fraternidade colocam-se como líderes do Consilium na cidade, o diácono da Ordem e líder da cabala assume a posição de Hierarca e começa a organizar o consilium no que eles acreditavam ser um novo começo para os despertos. A cabala, que possuía grande influência entre os Maçons, funda as lojas do Grande Oriente, e começam a criar os preceitos e a lei da nova nação escritas pelas hábeis mãos de seus mestres, baseados em conselhos iluminados de seus mestres na Escada de Prata e nas ordens Atlantes. O Consilium da Nova Terra se mantinha fiel a causa da nova nação, prometendo imbuir ideais supernos em seus ensinamentos e leis, uma nação onde os despertos deveriam ser o exemplo para os lideres dos adormecidos.
E durante algum tempo as Ordens prosperaram. Acompanhando o crescimento da cidade as ordens estabeleceram oratórios e sacrários pela cidade, estabelecendo relações e comercio intensos. Todas as ordens se fortaleceram nesse período e por algum tempo todos acreditaram que em fim a esperança tinha se instalado.
Guerras do Compasso
Mas como toda utopia mágica o consilium original de Nova York se corrompeu assim como o abismo corrompeu o mundo Decaído na destruição da escada celestial. Os boatos e rumores começam em 1823 quando uma cabala de Guardiões do Véu que mantinham influências com algumas lojas maçônicas do ocidente, não gostou de serem postos de lado por seus colegas do Oriente ao escrever os preceitos da nova lei da nação. E então começam a espionar seus líderes, é quando uma guarnição de confederados ligadas as lojas do Ocidente interceptam um mensageiro que acabara de sair de uma reunião na sede do Grandi Templis Orienti, em Manhattan, Nova York. De posse do mensageiro encontram uma série de cartas endereçadas a membros do alto escalão das lojas maçônicas do Oriente que também eram figuras de grande poder na sociedade adormecida, como senadores, industriais, militares de alta patente, mega investidores e donos de instituições financeiras. Os documentos ficaram conhecidos posteriormente como os Protocolos dos Sábios de Sião, uma coletânea de ordens e recomendações da Fraternidade dos Filhos de Sião para seus peões nas muitas lojas maçônicas do grande oriente, uma agenda onde conclamam lenta e gradual revolução mundial para que o mundo decaído seja tomado pela glória do Grande Arquiteto do Universo através de uma hegemonia militar, econômica e social gerada pela guerra e pela escravidão completa do cidadão comum, vulgarmente chamado de gentis pelos Maçons.
Os Guardiões do Véu, que pleiteavam o controle de várias lojas maçônicas do ocidente, então levam o documento até o consilium em Manhattan e exigem uma retratação por parte de Hierarca e do Conselho dirigente. A resposta mudaria os despertos para sempre. O hierarca revela sua verdadeira face, assim como muitos outros conselheiros, e atacam os Guardiões do Véu, e dão início a uma perseguição desenfreada as ordens atlantes. Agora a fraternidade dos Filhos de Sião renasce como os Profetas de Sião, e alistam-se nas fileiras dos Profetas do Trono Superno.
A guerra se alastrou entre as ordens e os Profetas de Sião causando baixas terríveis entre os magos das ordens do Pentáculo. A guerra acompanhava os conflitos adormecidos na cidade desde a guerra civil até as guerras das gangues que causaram o grande incêndio de Nova York. No submundo ocultista da cidade as lojas maçônicas do ocidente e do grande oriente estavam em guerra franca, alistando outras sociedades, como os Templários e Rosa Cruz, para a guerra que ficou conhecida como as Guerras do Compasso, que durou desde a guerra civil até pouco antes da queda da bolsa em 1929.
Despertar da Maré Abissal
A guerra culminou com uma batalha épica entre os Profetas de Sião e as demais Ordens da cidade na ilha de Manhattan, segundo os relatos o paradoxo gerado foi tamanho que abriu-se uma fissura no mundo decaído deixando que o abismo “vazasse” para o mundo decaído causando o fenômeno conhecido com a Maré Abissal. A maioria dos magos da cidade foram destruídos ou desapareceram na tempestade que seguiu-se depois, a Escada de Prata praticamente desapareceu, com a traição da Fraternidade dos Filhos de Sião a ordem se fragmentou, restando apenas três magos com a responsabilidade de manter as tradições da ordem. Os Guardiões do Véu foram praticamente exterminados e as lojas maçônicas do ocidente foram incorporadas pelo Grande Oriente. Os Profetas de Sião desapareceram desde então, muitos acreditam que eles ainda operam no centro de Manhattan no prédio da ONU, onde sabe-se que se esconde uma poderosa entidade espiritual na sombra da ilha.
A Convenção do Abismo
Logo após o aparecimento da Maré Abissal os sobreviventes despertos das guerras do Compasso convocam uma Convenção conclamando todos os despertos do pentáculo da região para discutir uma maneira de refrear a onda paradoxal que se originava do centro de Manhattan.
Quatro cabalas, contendo magos de todas as ordens e sendas, comparecem a convenção. O consilium atual se forma a partir dessa reunião, quando o que restou do pentáculo se reuniu para criar as bases do Consilium, formalizar o juramento em que todos aqueles que se comprometessem com o objetivo de refrear o abismo e proteger os adormecidos dos falsos deuses e de seus servos; os Profetas do Trono Superno. Formalizar a Lex Mágica, as leis que imperam sobre os despertos da cidade.
Os Três magos que restaram da Escada de Prata, um mago da senda Obrimos mestre do primórdio e dois de seus discípulos, formam uma nova cabala e se batizam como Sentinelas do Abismo, juram encontrar um meio de refrear a onda de paradoxo a qualquer custo. Eles encontram apoio de outros despertos da convenção, Amir Alkafada, um misterioso mago árabe da senda Mastigos dos Guardiões do Véu, e sua cabala de magos serpentinos formam a cabala Olho da Esfinge, juram proteger o consilium e preservar a lei do sigilo, atuando como polícia e guerreiros para o Consilium e seus objetivos, detendo direitos de averiguação de todos oratórios e sacrários das cabalas sob o consilium. Libertários sobreviventes das guerras do compasso se unem e formam a cabala Liberta Infinitas comprometidos no combate aos Profetas do Trono Superno e na proteção dos direitos de liberdade dos adormecidos, formando a base do Concilio Livre na cidade. Por fim os veteranos e remanescentes das guerras civil ou que desejam servir ao Consilium como guerreiros e protetores se uniram a Chama Adamantina da Seta Adamantina e a seu líder o general Thomas Buckler.
Fica decidido pelas cabalas participantes da convenção a estrutura da hierarquia do Consilium de Nova York. Abraham Preston, líder da cabala da Sentinelas do Abismo e diácono nominal da Escada de Prata, assume o posto de Hierarca do Consilium, seus conselheiros são magos das três demais cabalas, Olho da Esfinge, Liberta Infinitas e a Chama Adamantina, representando as ordens Guardiões do Véu, Concilio Livre e Seta Adamantina respectivamente.
Demanda Abissal
Após intensas pesquisas mágicas um grupo de despertos é destacado numa busca espiritual para encontrar um artefato lendário. Uma cabala do Mysterium conhecida como a Ordem do Livro Superno através de um convite por parte dos Guardiões do Véu, empreendem uma pesquisa com a cabala Olho da Esfinge e encontram relatos de um fenômeno parecido com o que acomete a cidade em uma antiga cidade do império da Babilônia, atual território Iraniano, também acreditam ter encontrado as coordenadas da cidade. Eles reivindicam recursos do Consilium para sair em uma busca para encontrar respostas.
Junto com o misterioso mago da senda Moroi dos Guardiões do Véu, o Hierarca e membros do Mysterium embarcam numa busca pelas profundezas do mundo espiritual, percorrendo sendas estranhas que os levam até as margens de um templo de pedra negra. Lá eles percorrem um corredor com infinitas portas que levam a inúmeros destinos, eras e mundos, e nesta viagem encontram um artefato nos subterrâneos espirituais do abismo que proporciona poder suficiente para refrear o poderoso paradoxo.
Retorno a cidade
Passam-se três anos desde que a expedição partira. O Hierarca deixara seus discípulos no comando do Consilium e na difícil tarefa de unir os despertos contra as forças do paradoxo. Quando retorna a cidade a expedição conta apenas com o Hierarca, um mago Moroi e apenas um sobrevivente do Mysterium, um mago da senda Thyrsus. E encontram uma Cida-de a beira do colapso. A onda de paradoxo se alastrou por toda a ilha de Manhattan, muitos dos sacrários e oratórios tinham sido perdidos para as forças do abis-mo, seu manancial de mana su-gados como a luz num buraco negro, e ainda haviam os rivais e rebeldes que na ausência de seus lideres se voltaram contra o Consilium e seus lideres, usando indevidamente a magia e forta-lecendo ainda mais a origem do paradoxo; o Abismo.
A Placa de Gilgamesh |
Assim que toma conhecimento da situação o Hierarca convoca uma nova Convenção, onde apresenta a solução para conter a onda de paradoxo. Ele apre-senta o artefato encontrado na expedição sob o juramento de silencio de todos na convenção de nunca revelar o conteúdo da reunião nem a natureza do achado a ninguém de fora da convenção. O artefato trata-se de uma placa de bronze maciço de cerca de dois metros de altura adornada com afrescos sumérios contendo instruções de um feitiço na língua sublime, a língua natal Atlante. O artefato é conhecido como a Placa de Gilgamesh. Mas para que o feitiço pudesse ter êxito todos os magos teriam de fazer um sacrifício extraordinário, cada desperto presente na convenção deveria doar uma pedra de sua alma e parte do poder de seus sacrários, já exauridos pelo abismo. Aqueles que não estivessem de acordo com os termos deveriam partir imediatamente da cidade, pois já não eram bem vindos. Membros de todas as ordens atlantes concordam em doar parte do poder de seus sacrários e de suas pedras da alma para a formação do feitiço de proteção maciço contra o abismo, com exceção do Concílio Livre e seus representantes na cabala Liberta Infinitas, que saíram da convenção sem dar satisfação.
O que é a Placa de Gilgamesh?
A placa de Gilgamesh é um artefato poderoso encontrado pelos fundadores do consilium nova-iorquino. O artefato possui inscritos na língua sublime de um conhecimento que foi capaz de gerar um feitiço que foi capaz de anular parcialmente o efeito do abismo sobre a cidade.
Poucos além do hierarca Maximilian Cratos tiveram ou tem acesso ao artefato e suas escrituras. O idioma em que essas palavras foram escritas nunca foram pronunciadas no mundo decaído, não são desse mundo e tão pouco podem ser entendidas por mentes limitadas de adormecidos e magos inexperientes. O mero ato de ler, sem falar, as palavras gravadas na placa muda a realidade, pois o leitor faz parte da realidade do mundo decaído e por isso mesmo submetido as verdades supernas gravadas na placa. Falar esse idioma pode gerar conseqüências realmente relevantes. Por isso que a Escada de Prata zela tanto pela segurança do artefato, temendo que tal conhecimento caia em mãos erradas, ou pior nas mãos de seus inimigos.
O artefato redireciona as linhas de Ley, as poderosas linhas de força mística que atravessam a Terra usando-as como uma espécie de barragem para as energias abissais, caso essas barreiras não fossem erguidas o abismo provavelmente já teria tragado tudo que é mágico na cidade, inclusive as próprias almas dos magos residentes, pois um dos efeitos mais per-niciosos da influência do abismo é a indução da quiessência nas almas despertas, capaz de fazer o desperto adormecer nova-mente, perdendo sua conexão com o mundo superno e conse-qüentemente perdendo a habilidade de operar os prodígios da magia.
A Escada de Prata leva o mérito de ter traduzido em magia, além de liderar a expedição que encontrou o artefato. De fato apenas a ordem possui a descrição do clássico, assim como tem posse do artefato. A Ordem usa esse trunfo para ter privilégios políticos no Consilium, não é mera coincidência que possua a maior representação no conselho dirigente, contando com um consili e o próprio hierarca. Em outras ocasiões onde a hegemonia da Escada de Prata foi desafiada, como a declaração de “independência” do Concilio Livre, a ordem deu a entender que a qualquer momento pode simplesmente derrubar as barreiras de um determinado obelisco, liberando as energias abissais sobre o domínio de uma das zonas neutras.
Domínios: Zonas neutras
Apesar dos efeitos negativos impostos pelo feitiço, os despertos não ficaram totalmente desamparados. As áreas agora sob proteção das barreiras místicas erguidas estavam saudáveis, e a interseção das linhas do pentagrama, formado pelas linhas Ley, formaram sacrários que poderiam ser desenvolvidos pelo bem da comunidade desperta. Estes locais ficaram conhecidos como zonas neutras, onde as forças abissais já não mais atuam até mesmo a magia teve sua prática facilitada em especial nas proximidades de uma pedra da alma, onde a magia vulgar é praticada como coincidente.
Essas zonas portanto eram os únicos locais na cidade onde a magia fluí de maneira saudável, no restante da cidade entretanto a pratica da magia não é impossível mas bastante dificultada devido ao redirecionamento das linhas ley destituindo essas regiões do mana circulante tão necessário para a execução da arte.
É claro que os despertos cobiçavam essas áreas, pois esses agora eram o ultimo refugio onde os despertos poderiam operar seus prodígios sem temer as conseqüências do paradoxo. O Consilium fica responsável pela escolha das cabalas que administrariam esses Oasis mágicos em meio a vácuo mágico deixado pela Maré abissal.
Após o lançamento do feitiço foram criadas cinco zonas, cada uma correspondendo a um dos reinos supernos das torres das sendas. Apenas o Conselho dirigente pode indicar que cabala ocupará a zona neutra e ter a responsabilidade de zelar pelo lugar. As cinco zonas neutras, ou obeliscos, foram entregues uma a cada ordem atlante, e uma terceira ficou como área comum, um campo neutro.
História recente
Desde de que as proteções mágicas foram erguidas em 1933, poucas violações sérias causaram problemas para o consilium que oferecesse perigo direto aos Obeliscos e as proteções mágicas. Em 1932 o Concílio Livre declara não mais reconhecer o Consilium como autoridade desperta máxima na cidade, com a declaração de independência. No entanto também não declaram-se como inimigos. Ordem renegada não causa problemas ao Consilium, e parecem policiar seus próprios membros, e por isso mesmo o Consilium não hostiliza imediatamente com os rebeldes.
Em 1963 falece o hierarca Abraham Preston aos 97 anos de idade, após sua morte seu discípulo mais experiente, o padre Maximilian Cratos da senda Obrimos filiado a Escada de Prata, assume a cadeira de Hierarca prometendo seguir o legado de seu mestre e impor a Lex Mágica com vigor na proteção de todos os despertos contra as forças abissais. Em seu primeiro decreto indica a desperta Angelina Mikaelis, da senda Obrimos filiada a Seta Adamantina, como Membro do Conselho Dirigente. Sua responsabilidade seria de combater inimigos externos e internos do Consilium. Essa atitude deixou o conselheiro dos Guardiões do Véu, o Mastigos Abidul Lakash, furioso ao destituir os Guardiões do Véu de suas responsabilidades sagradas, o que gerou um desconforto entre os Guardiões do Véu e o Consilium que dura até hoje.
Em 1967 uma cabala chamada Andarilhos Celestes composta por magos das sendas Thyrsus e Acanthus reivindicam, para um Consilium pasmo, o Central Park como seu território. Gargalhadas e deboches são a resposta de muitos conselheiros, e uma afronta ao ouvidos do hierarca Maximilian Cratos. O Hierarca ironiza a cabala recém-chegada alegando que isso poderia comprometer as proteções contra o abismo, acabando com o trabalho de vidas e almas de muitos despertos, proibindo veementemente a estadia da cabala em Manhattan e cobrando seu quinhão em Mana, assim como rege a tradição sobre todos os despertos de Nova York.
Os Andarilhos se despedem furiosos com o Consilium, lançando maldições aos ventos, declarando que não foram até o consilium pedir permissão, estavam apenas informando um fato, e que de fato já tinham fundado seu oratório no parque, e que seriam hostis aqueles que não pedissem permissão ao invadir seus territórios. Os magos do Consilium descobriram da pior maneira que eles falavam sério, pois ao tentarem atacar a cabala e capturá-los atestaram que os mesmos possuíam aliados entre os lincantropos que aparentemente também faziam do parque seu território e faziam frente a várias cabalas juntas. Protegidos pela cortina de sombras da Ilha, os Andarilhos continuaram intocáveis, anos mais tarde o Concílio Livre se aproxima dos magos e os convidam a fazer parte de sua Ordem, o convite é aceito pelos Andarilhos Celestes que engrossam a resistência ao Consilium.
Em 1990, ano corrente da primeira história da crônica, o consilium permanece inalterável, o Hierarca Maximilian Cratos lidera com o apoio da maioria dos conselheiros, e impõe rédeas ferinas aos despertos da cidade e a expressão de sua arte. Talvez a única resistência interna no consilium ao hierarca seja o Conselheiro Abidul Lakash representante dos Guardiões do Véu e líder da Cabala Olho da Esfinge, mas mesmo assim ainda não é páreo para a aliança entre o Hierarca e seus conselheiros aliados. O Concílio Livre é outra resistência ao Consilium, mas até então não fizeram nenhuma jogada ou movimentação que os acusasse de algum crime ou de conspirar contra o Conselho Dirigente, sabe-se de rumores de cabalas ligadas ao conselho tendo encontros secretos com Magos dos Guardiões do Véu e do Mysterium, mas até então tais informações não passam de boatos sem comprovação.