Seres Mitológicos no Mundo das Trevas
Eu sei o que você está pensando: “blasfêmia”! Mas vejamos a ideia com um pouco mais de calma. Na verdade o Mundo das Trevas Clássico possuía o Bygone Bestiary, um suplemento que tratava justamente disso, mas eu não quero me ater a ele nesse post. Estamos aqui para exercitar a criatividade, certo? Portanto cale a boca e continue lendo...
Pois bem, vampiros, lobisomens, magos, fadas, múmias, fantasmas e imbuídos não são também criaturas da mitologia, seja ela moderna ou antiga? “Sim, mas...” Mas você não consegue imaginar um dragão dourado colossal pairando majestosamente sobre São Paulo ou Nova York, correto? Perceba que a maioria dos jogadores de RPG quando escuta o termo “criaturas fantásticas” pensa justamente isso, mas eles estão um tanto limitados em seus conceitos.
Se você estiver jogando uma aventura medieval tudo bem, mas no Mundo das Trevas as coisas não são assim. Um dragão pode existir numa mesa de vampiros, mas ele não será radiante e benevolente. Será a destruição encarnada, será mesquinho e terrível. Tão pouco é obrigatório que ele se apresente como um réptil alado deitado sobre uma pilha de ouro, sendo mais provável a imagem do magnata com negócios em diversos ramos lucrativos e um covil no topo do prédio mais alto de alguma metrópole. Aqui no próprio site temos um exemplo oficial, retirado de Changeling: Dzarûmazh, a Serpente Conquistadora. A forma como ele foi concebido faz com que seja muito lógico um dragão nos tempos modernos. Na extinta Dragão Brasil temos Helena Dragonheart, a Dragonesa. Quando você lê as descrições e históricos dessas criaturas, a ideia de dragões parece razoável. Se dragões são razoáveis, o que poderíamos dizer de outras criaturas?
Na página 24 do Mundo das Trevas, temos um pequeno “conto” mencionando criptídeos e antrocriptídeos. Criaturas que supostamente existem, mas que a ciência não catalogou ainda. Como exemplo, temos o Pé Grande e o Monstro do Lago Ness. Agora imagine os jogadores perdidos durante uma escalada nas montanhas e encontrando em um vale ainda não mapeado o último reduto de grifos na Terra. Parece interessante não?
Criaturas que magicamente conseguem se esconder de olhares curiosos, como o unicórnio, também são uma ótima ideia. Mas será que um unicórnio se encaixaria no mundo das trevas? Um animal puro, branco que se deixa levar por donzelas virgens... Que lindo, não? Mas e se isso forem apenas lendas distorcidas pelo tempo? E se o unicórnio for uma criatura maligna que absorve energia vital de pessoas indefesas como mulheres e crianças? Isso explicaria seu “fraco” por virgens. Ainda mais extremo: e se a criatura for negra e decrépita, exalando o odor pungente de morte?
A questão principal é: como essas criaturas se encaixariam no cenário. Na Wikipédia encontramos a seguinte descrição do NMdT: a temática atual é “mistérios sombrios, colocando mais ênfase sobre o desconhecido e o macabro (...). Esse novo Mundo das Trevas é, sob vários aspectos, mais parecido com o mundo real, mas com diferenças fundamentais e perturbadoras, a maioria das quais não é clara à primeira vista”. Não pense em como um grifo, unicórnio ou boto (isso mesmo que você leu amigo) ficariam em termos de regras, mas sim, em termos de ambientação. Como aquela criatura “encantada” ficaria numa Crônica de horror moderno. Quando você dominar essa fórmula, criará coisas incríveis.
Dica: leia o Livro dos Monstros de D&D. Ali existem mais de 300 páginas com todo tipo de criatura. Algumas nem precisam de adaptação em seu conceito e outras apenas alguns ajustes. Lembrando que em D&D as criaturas são apenas meros exemplares de raças inteiras, mas no mundo das trevas poderiam ser criaturas raríssimas ou mesmo únicas.
Atualização 04/08: o blog Biblioteca World of Darkness possui no acervo um suplemento para "Vampiro: Idades das Trevas" intitulado "Livro de Segredos do Narrador". Nesse livro encontram-se alguns exemplos de criaturas fantásticas.
Pois bem, vampiros, lobisomens, magos, fadas, múmias, fantasmas e imbuídos não são também criaturas da mitologia, seja ela moderna ou antiga? “Sim, mas...” Mas você não consegue imaginar um dragão dourado colossal pairando majestosamente sobre São Paulo ou Nova York, correto? Perceba que a maioria dos jogadores de RPG quando escuta o termo “criaturas fantásticas” pensa justamente isso, mas eles estão um tanto limitados em seus conceitos.
Se você estiver jogando uma aventura medieval tudo bem, mas no Mundo das Trevas as coisas não são assim. Um dragão pode existir numa mesa de vampiros, mas ele não será radiante e benevolente. Será a destruição encarnada, será mesquinho e terrível. Tão pouco é obrigatório que ele se apresente como um réptil alado deitado sobre uma pilha de ouro, sendo mais provável a imagem do magnata com negócios em diversos ramos lucrativos e um covil no topo do prédio mais alto de alguma metrópole. Aqui no próprio site temos um exemplo oficial, retirado de Changeling: Dzarûmazh, a Serpente Conquistadora. A forma como ele foi concebido faz com que seja muito lógico um dragão nos tempos modernos. Na extinta Dragão Brasil temos Helena Dragonheart, a Dragonesa. Quando você lê as descrições e históricos dessas criaturas, a ideia de dragões parece razoável. Se dragões são razoáveis, o que poderíamos dizer de outras criaturas?
Na página 24 do Mundo das Trevas, temos um pequeno “conto” mencionando criptídeos e antrocriptídeos. Criaturas que supostamente existem, mas que a ciência não catalogou ainda. Como exemplo, temos o Pé Grande e o Monstro do Lago Ness. Agora imagine os jogadores perdidos durante uma escalada nas montanhas e encontrando em um vale ainda não mapeado o último reduto de grifos na Terra. Parece interessante não?
Criaturas que magicamente conseguem se esconder de olhares curiosos, como o unicórnio, também são uma ótima ideia. Mas será que um unicórnio se encaixaria no mundo das trevas? Um animal puro, branco que se deixa levar por donzelas virgens... Que lindo, não? Mas e se isso forem apenas lendas distorcidas pelo tempo? E se o unicórnio for uma criatura maligna que absorve energia vital de pessoas indefesas como mulheres e crianças? Isso explicaria seu “fraco” por virgens. Ainda mais extremo: e se a criatura for negra e decrépita, exalando o odor pungente de morte?
A questão principal é: como essas criaturas se encaixariam no cenário. Na Wikipédia encontramos a seguinte descrição do NMdT: a temática atual é “mistérios sombrios, colocando mais ênfase sobre o desconhecido e o macabro (...). Esse novo Mundo das Trevas é, sob vários aspectos, mais parecido com o mundo real, mas com diferenças fundamentais e perturbadoras, a maioria das quais não é clara à primeira vista”. Não pense em como um grifo, unicórnio ou boto (isso mesmo que você leu amigo) ficariam em termos de regras, mas sim, em termos de ambientação. Como aquela criatura “encantada” ficaria numa Crônica de horror moderno. Quando você dominar essa fórmula, criará coisas incríveis.
Dica: leia o Livro dos Monstros de D&D. Ali existem mais de 300 páginas com todo tipo de criatura. Algumas nem precisam de adaptação em seu conceito e outras apenas alguns ajustes. Lembrando que em D&D as criaturas são apenas meros exemplares de raças inteiras, mas no mundo das trevas poderiam ser criaturas raríssimas ou mesmo únicas.
Atualização 04/08: o blog Biblioteca World of Darkness possui no acervo um suplemento para "Vampiro: Idades das Trevas" intitulado "Livro de Segredos do Narrador". Nesse livro encontram-se alguns exemplos de criaturas fantásticas.