Crônica - O Hóspede Maldito - Prólogo

por httblyonn em

Então, para homenagear o memorável Resident Evil, eu comecei a narrar uma crônica ambientada em Raccoon City!!! Mesmo cenário, mesma história, enfim, mesmo gostinho dos jogos que facinaram toda uma geração!!! Espero que gostem!!!

Latham Weekly - 2 de Junho de 1998
"Assassinatos bizarros cometidos em Raccoon City"
RACCOON CITY – O corpo mutilado de Anna Mitaki de 42 anos foi descoberto ontem num terreno abandonado
não muito longe de sua casa no nordeste de Raccoon City, fazendo-a ser a quarta vítima dos supostos
“assassinos canibais”. De acordo com relatórios do investigador de outras vítimas recentes, o corpo de Anna
mostrou ter sido parcialmente comido. As marcas das mordidas são aparentemente humanas.
Logo depois do descobrimento de Anna por dois corredores à aproximadamente nove horas da noite passada,
Chefe Irons fez um breve discurso insistindo que o RPD está “trabalhando solicitamente para apreender os
criminosos por tantos crimes horríveis” e que ele está consultando com oficiais da cidade sobre mais medidas de
proteção para os cidadãos de Raccoon City. Em adição, outros três morreram de provável ataque animal em
Raccoon Forest há algumas semanas, aumentando o número de vítimas para sete... Raccoon Times - 22 de
Junho de 1998"Terror em Raccoon! Mais vítimas mortas"RACCOON CITY – Os corpos de um jovem casal foram
encontrados no domingo de manhã no Victory Park, fazendo Deanne Rusch e Christopher Smith a oitava e a nona
vítima do reino de violência que tem aterrorizado a cidade desde maio deste ano. Ambas de 19 anos, as vítimas
foram dadas como desaparecidas pelos pais preocupados no sábado à noite, sendo achadas por policiais na
margem oeste do Victory Lake, à aproximadamente duas da madrugada. Embora nenhum pronunciamento oficial
tenha sido feito, testemunhas do descobrimento confirmam que ambas as vítimas tem ferimentos iguais aos
achados nas outras. Se os assassinos são humanos ou não, ainda não foi anunciado. De acordo com amigos do
casal, os dois falavam sobre capturar os “cães selvagens” recentemente descobertos no parque densamente
florestado, e planejavam violar o horário de recolher da cidade para ver uma dessas criaturas noturnas. O Prefeito
Harris marcou uma entrevista com a imprensa para esta tarde, e é esperado para fazer um pronunciamento a
respeito da atual crise, desejando reforço mais rígido no horário de recolher...
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Cityside - 21 de Julho de 1998
"S.T.A.R.S." Special Tactics and Rescue Squad enviado para salvar Raccoon
RACCOON CITY – Com o desaparecimento de três excursionistas em Raccoon Forest no começo dessa semana,
oficiais da cidade fizeram um bloqueio na rota rural 6 nos pés de Arklay Mountains. O Chefe de polícia, Brian Irons,
anunciou ontem que o S.T.A.R.S. participará da busca dos excursionistas e também trabalhará com o R.P.D. até
haver um fim para os assassinatos e desaparecimentos que estão destruindo a nossa comunidade.O Chefe
Irons, um prévio membro do S.T.A.R.S., disse hoje (em uma entrevista exclusiva por telefone) que “esta é uma
boa hora para usar os talentos desses dedicados homens e mulheres a favor da segurança da cidade. Nós
tivemos nove assassinatos brutais e ao menos cinco desaparecimentos em dois meses – e todos esses
acontecimentos ocorreram nas proximidades de Raccoon Forest. Isso nos faz crer que os criminosos podem
estar escondidos em algum lugar no distrito de Victory Lake, e o S.T.A.R.S. tem o tipo de experiência que nós
precisamos para achá-los.” Ao perguntarmos porque o S.T.A.R.S. não foi convocado antes, Chefe Irons disse
que a equipe esteve ajudando o R.P.D. desde o começo, e que eles deveriam ser uma “adição bem vinda” à
força tarefa que esteve trabalhando nos assassinatos o tempo todo. Fundado em Nova Iorque em 1967, o
S.T.A.R.S. foi originalmente criado como uma medida anti-culto terrorista por um grupo de oficiais militares
aposentados e ex-agentes da CIA e FBI.
Sob direção do antigo diretor da NSDA (National Security and Defense Agency / Agência de Segurança e Defesa
Nacional), Marco Palmiere, o grupo rapidamente expandiu seus serviços, trabalhando com delegacias de polícia
locais. Cada escritório do S.T.A.R.S. é projetado para trabalhar como uma unidade completa. O S.T.A.R.S.
montou sua unidade em Raccoon City através de arrecadamentos de fundos de vários empresários locais em
1972, e é atualmente liderado pelo capitão Albert Wesker, promovido à posição há menos de seis meses...
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Após oito anos trabalhando para a polícia de Raccoon City, Alex e Bill são reprovados pela terceira vez no exame para ingressar na força especial denominada S.T.A.R.S. Os jornais apontam vários assassinatos estranhos nas últimas semanas e toda a polícia da cidade está de prontidão por causa dos acontecimentos recentes.

Alex - Você viu cara? O Wesker vai mandar o S.T.A.R.S. subir as montanhas Arkley para investigar os assassinatos!

Bill - Tô nem aí pra eles! Eles reprovaram a gente outra vez sem motivo nenhum.

Alex - A equipe Alpha não tá toda aqui. Eles vão mandar o Bravo!

Escutando no rádio da viatura, os dois ouvem todo o planejamento da missão. Wesker dá ordens para que a equipe Bravo entre no helicóptero e vá em direção às montanhas. E assim é feito.

Bill - Pronto, lá vão eles resolverem tudo e se tornarem os "heróis do dia" de novo!

Poucos instantes de silêncio e o rádio é acionado mais uma vez: "Aqui é Vickers, câmbio".
"Até agora, não sabemos com o que estamos lidando, e sei que todos nós temos algumas... preocupações sobre a atuação do R.P.D. na situação. Mas agora que nós estamos no caso, eu -".
"O Que?". "Equipe Bravo, responda. Repito,Equipe Bravo, responda!".


Durante alguns segundos, a interferência impediu que qualquer mensagem fosse ouvida...

De repente: "... entendido?. Mau funcionamento, nós teremos que...".

O resto foi perdido na estática.

O S.T.A.R.S. então chamou a viatura no rádio: "917, é o S.T.A.R.S., câmbio!

Bill - Ich, o que será que eles querem com a gente Alex?

Alex - 917 na escuta, prossiga!

S.T.A.R.S. - Retorne à R.P.D. imediatamente. Repito, retorne à R.P.D. imediatamente!

Se perguntando o que o S.T.A.R.S. poderia querer com eles, os dois ligaram a sirene e seguiram imediatamente para o local, onde foram interceptados pelo capitão Wesker.

Wesker - Vocês queriam uma chance no S.T.A.R.S. não é? Pois então eis a chance de vocês! Partiremos em cinco minutos. Ajudem a colocar as armas e equipamentos no helicóptero! Vamos, mexam-se!

A equipe Alpha estava desfalcada. Jill e Chris estavam fora da cidade. Portanto, Alex e Bill, que foram convocados, uma vez que obtiveram as melhores notas entre os policiais reprovados no exame.

Em pouco mais de três minutos, Brad Vickers já havia ligado o helicóptero da equipe Alpha e eles estavam partindo para as montanhas atrás da equipe Bravo. cerca de dez minutos após decolar, eles avistaram uma fumaça negra e espessa, em meio à vegetação. Fumaça essa que subia através do resto da luz do dia, manchando o céu como uma promessa de morte.


Preocupados por não saber a real situação, eles pousaram numa clareira a cerca de cinquenta metros do local e saíram organizadamente em busca dos Bravos. Wesker ordenou que Brad permanecesse no helicóptero para estar em condições de conduzir uma fuga em caso de necessidade. desceram então, nessa ordem Barry, Joseph, Alex, Bill e o capitão Wesker.

Eles se espalharam rumando para norte, Wesker e Alex atrás e na esquerda de Barry, Bill e Joseph a sua direita. Assim que se distanciava do helicóptero do Alpha, Bill pôde sentir o cheiro de queimado e ver a fumaça que saía de entre a folhagem das árvores bem a frente.
Eles se moveram rapidamente pelas árvores, o cheiro de queimado mais forte a cada passo. Bill viu que havia outra clareira adiante, de grama alta.
"Estou vendo, lá na frente!". O coração de Bill acelerou com o grito de Barry. Todos estavam correndo, tentando chegar ao seu destino.

O cheiro de queimado e a fumaça negra se tornavam mais intensos a cada passo. Quando a equipe chegou no helicóptero dos Bravos, foi constatado que o mesmo não havia caído e sim feito um pouso de emergência. Isso foi comprovado ao ver que os apoios de pouso estavam tortos e com toda a fumaça que saía do motor. O interior do helicóptero estava intacto e a maioria das armas e equipamentos dos Bravos ainda estavam lá. Tudo indicava que eles pousaram e saíram dali andando. Restava agora saber o porquê de eles terem deixado os equipamentos para trás e também para onde eles teriam ido.

O silêncio que fazia naquela noite, acrescentou um tom um tanto quanto macabro à situação. Não se via ou ouvia os animais e os insetos. Tudo estava estranhamente quieto. Sossegado demais.

Joseph Ei! Aqui!.

Bill, Alex e Barry se viraram e começaram a correr. Wesker ainda estava no helicóptero. Ele empunhou sua arma e começou a correr com ela apontada para cima. Bill só conseguia ver a sombra de Joseph agachado em meio àquela grama alta, perto de algumas árvores, a uns vinte metros
do helicóptero acidentado.

Joseph se levantou, segurando algo, seus olhos estavam arregalados de terror.

Ele segurava revólver do S.T.A.R.S., uma Beretta com uma mão humana decepada segurando-a, cortada na altura do pulso.

Um ruído primitivo foi ouvido, vindo de trás de Joseph, em meio à escuridão das árvores. Um animal, rosnando e de repente, surgiram mais dois deles, todos foram na direção de Joseph, o derrubaram ao chão e começaram a atacá-lo.

Aqueles animais se pareciam com cães, mas não eram. Tinham carne viva onde deveria ter pelos, suas mandíbulas ultrapassavam os limites do focinho que também estava em carne viva. Era um misto de carne queimada com pele em decomposição. eram criaturas horríveis e com fortes instintos assassinos.

Daquela distância era perigoso que um disparo acertasse Joseph, entretanto, eles precisavam fazer alguma coisa ou a morte de Joseph seria certa, então decidiram abrir fogo contra aquelas criaturas.

O primeiro tiro de Alex foi certeiro, pegando bem na cabeça de um deles, que caiu imóvel, sem vida. Barry descarregou sua colt em um segundo, fazendo dele uma peneira. Mais alguns tiros de Bill e Wesker e o terceiro veio ao chão.

Se aproximando de Joseph, eles se certificaram que ele já não estava mais vivo. Antes que pudessem se aproximar mais, mais barulhos foram ouvidos. Dessa vez bem mais numerosos e vindo de todos os lados.

Wesker - Rápido! Todo mundo pro helicóptero!

Imediatamente todos começaram a correr. Brad já havia ligado o motor. Wesker estava a poucos metros do helicóptero quando Brad deu partida, deixando todos para trás. Foi possível ver seu rosto e a expressão de pavor que ele apresentava. Com isso Wesker ordenou que todos continuassem correndo, pegando uma trilha que os levou à Mansão do Spencer. A Alex chegou na frente, olhando pra trás, ele pôde perceber que vários daqueles animais estavam atrás da equipe. Vendo a porta fechada, ele aumentou a velocidade de sua passada e se atirou na mesma com os ombros. A porta (que não estava trancada) se abriu e Alex foi ao chão com o impulso de sua velocidade. Imediatamente ele se levantou, mirou com sua beretta e desferiu alguns disparos contra aqueles animais. Tão logo Barry (o último) passou pela porta, ele empurraram um móvel contra a porta impedindo que os animais alcançassem o interior da mansão.

Ainda assustados com os acontecimentos recentes, eles começaram a raciocinar acerca dos fatos. Alex olhou para a porta por onde eles entraram e constatou que a maçaneta fora explodida com um tiro. Isso de certa forma aliviou um pouco a equipe que começou a ter esperanças, uma vez que poderiam ter sido os Bravos que a estouraram, fugindo daquelas coisas horríveis.

A tensão entre o grupo foi tão grande, que eles demoraram para perceber o quão requintado era o Hall principal da mansão que eles até então pensaram se tratar de um lugar abandonado e entregue às traças.

Tratava-se na verdade de um palácio, puro e simples. A sala era um resumo de abundância. Era enorme, facilmente maior que a casa de qualquer um ali inteira, pavimentada com mármore cinza-manchado e dominada por um larga e carpetada escadaria que levava ao segundo andar. Alinhados pilares arqueados de mármore adornavam o lugar, suportando o escuro parapeito de madeira do andar superior. As paredes cor-de-creme eram revestidas por um alto rodapé de madeira e possuíam castiçais de luz pendurados. Resumindo, era magnífica.

Enquanto todos admiravam o local, foi ouvido o som de algo pesado caindo no chão, vindo da sala ao lado esquerdo do hall principal, onde eles estavam. Wesker ordenou que todos começassem a vasculhar pelo primeiro andar, mandando Bill na frente, pela porta dupla à esquerda, que levava ao lugar de onde veio aquele barulho. Ele assim o fez, utilizando das técnicas de adentramento em edificações para as quais treinou enquanto prestava o exame para os S.T.A.R.S. Ao se certificar que a sala estava vazia, ele entrou. Bill entrou na sala, vendo a suntuosa elegância do lugar. Ele estava sozinho; quem quer que tenha feito o barulho, não estava lá. O formal tic-tac de um grande e antigo relógio de pêndulo era ouvido, ecoando pelas lajotas pretas e brancas. Era uma sala de jantar, do tipo que ele só via em filmes de gente rica. Como a anterior, esta sala tinha um pé direito bem alto e o parapeito do segundo andar. Também era decorada com caras obras de arte e uma lareira embutida no final dela, adornada com um brasão e espadas cruzadas sobre um manto. Não parecia ter como ir para o andar de cima, mas havia uma porta fechada à direita da sala, mais ao fundo, ao lado da lareira...

Bill abaixou a arma e foi para a porta. A sala de jantar tinha ornamentos em madeira vermelha polida e quadros nas paredes cor-de-creme, que circundavam uma longa mesa de madeira. A mesa tinha capacidade para cerca de vinte pessoas. Pelo pó que estava nela, nada foi servido por semanas. Ninguém deveria tê-la usado por trinta anos. Spencer fechou o lugar antes que alguém pudesse ficar aqui.

Bill balançou a cabeça. Obviamente foi reaberta muito tempo atrás... se perguntando porque a Umbrella mentiu sobre suas condições. Todos na cidade achavam que era uma pensão apodrecendo no meio do mato!

Ele alcançou a porta e girou a maçaneta, tentando ouvir algum som do outro lado. A porta dava no meio de um estreito corredor. Bill olhou em ambas as direções rapidamente. À direita, uns dez
metros de corredor, duas portas de um lado e outra no final. À esquerda, o corredor virava para a direita, mais largo. Ele viu a ponta de um tapete. Tinha um vago odor no ar, algo desagradável, um odor pútrido.

Em direção ao fim do corredor, Bill viu um homem agachado sobre alguma coisa. A sua volta, se formava um poça de sangue.

Bill - Levante-se agora! É a polícia!

Empunhando sua arma ele ainda repetiu o comando mais duas vezes, quando o homem se levantou. sua roupa estava cheia de sangue. Seu rosto, parecia estar em leve estado de decomposição. Sua boca suja de sangue. Ele ordenou que o homem parasse e ele continuou caminhando. ordenou mais uma vez e o homem agora começou a caminhar mais rápido em direção ao Bill que ainda de arma em punho desferiu um disparo, acertando a perna esquerda dele, fazendo-do cair ao chão.

Alex naquele momento escutou o disparo e se preparou para ir ajudar seu companheiro, sendo impedido por Wesker.

Wesker - Calma recruta, os S.T.A.R.S. conseguem trabalhar sozinhos, se vocês querem ser como nós, sugiro que comecem a se comportar como nós.

O homem então se levantou e caminhou novamente, indo de encontro ao Bill que dessa vez desferiu um tiro do peito dele, pegando na altura de seu coração.

Para espanto de Bill, o homem se levantou ainda mais uma vez, sendo alvejado com um tiro na cabeça e caindo mais uma vez.

Receoso, Bill usou sua algema para prender o corpo daquele homem que parecia estar doente, com sua pele em decomposição. Enquanto levantava, Bill ouviu um barulho vindo da porta mais à direita do corredor. A porta estava meio aberta. Bill entrou e avistou um homem de jaleco, virado de costas pra ele. O homem, assim como o outro não obedeceu suas ordens e começou a caminhar em sua direção. Bill deu alguns passos pra trás até esbarrar na porta por onde entrou e ouvir um "click" da porta de trancando atrás dele. Sem ter para onde fugir, Bill mirou e atirou mais uma vez na altura do coração dele.

Neste momento Wesker mandou Barry verificar o ocorrido. Alex insistiu em ir junto, Wesker não se opôs e eles foram. Passando pela sala, eles entraram pela única porta que levava ao corredor, deparando-se com aquele corpo sem vida, algemado no chão.

Então andou em direção ao fim do corredor e viu o que estava no carpete, na frente deles, estendido na pequena saleta.

Por um momento, Barry pensou que fosse Bill - até ver a insígnia do S.T.A.R.S. equipe Bravo no colete, tentando reconhecer o corpo. O Bravo tinha sido decapitado, a cabeça a uns trinta centímetros do corpo, o resto completamente coberto por ferimentos. Oh Deus, é o Ken.
Kenneth J. Sullivan, um dos melhores no campo de escuta que Barry já conheceu. Havia um profundo ferimento no peito dele, pedaços de carne parcialmente comida e intestinos em volta do buraco ensanguentado. Sua mão esquerda não estava lá, e não havia arma por perto; deve ter sido a arma dele que Joseph achou lá fora...

Como todas as outras portas estavam trancadas, Alex e Barry resolveram retornar e reportar a missão ao capitão Wesker.

Para a surpresa de todos, Wesker não estava lá. O Hall principal estava completamente vazio...