Lançamento: The Danse Macabre
“O que você está disposto a fazer para sobreviver a esta noite? E à noite de amanhã? E depois que os feitos estiverem consumados e sua barriga se encontrar cheia de sangue, como você viverá consigo mesmo? The Danse Macabre faz estas perguntas de novas maneiras e lhe dá ferramentas para respondê-las em suas crônicas. Então vamos pegar algumas navalhas e abrir velhas feridas.”
Este é trecho que tem martelado na cabeça dos jogadores de Vampiro: o Réquiem desde 2009, quando foi anunciado pela White Wolf o lançamento do The Danse Macabre. De lá pra cá, pouca coisa foi divulgada além das palavras acima... Até os últimos dias.
Após quase dois anos de espera, o grande livro vermelho-sangue sai do forno. E que grande livro! Primeiramente pelas mais de 260 páginas, mostrando que o Danse Macabre não é qualquer publicação. A singularidade do suplemento também é percebido pela impressão, com belas páginas coloridas, valorizando cada ilustração.
The Danse Macabre chama a atenção à primeira vista. O pessoal da White Wolf resolveu compartilhar este pequeno momento deles com o público e gravou a ocasião em que Russell Bailey, Eddy Webb e Kelley Barnes abrem as primeiras cópias da obra (veja: http://www.youtube.com/watch?v=YwixmWdEMAA ).
The Danse Macabre chega para completar o grupo de “grandes expansões para Vampiro: o Réquiem”, aqueles livros que realmente acrescentam e exigem espaço na estante do narrador. Um guia para criar cenários em cidades vampirescas? Temos o Damnation City. Um guia para jogadores? Temos o The Blood. Guia para narradores? Chornicler’s Guide na cabeça! Danse Macabre, por sua vez, chega para dissecar e ampliar os conceitos que temos sobre a sociedade dos amaldiçoados em si, os clãs, as coteries, as coalizões e as leis e criaturas da Noite.
O livro apresenta uma revisão do próprio conceito do jogo por parte dos autores. Após quase sete anos de O Réquiem, a White Wolf nos dá a chance de contar e interpretar a não-vida dos membros da Família sob um olhar diferente. As novidades começam exatamente na forma de se conceber a estrutura social do jogo. Inspirado em Hunter: the Vigil, temos agora o sistema de Tiers em Vampiro! Dessa forma, o foco do jogo pode ser concentrado em três camadas, ou níveis: vivendo a trama das ruas de uma coterie, com a sobrevivência de uma noite após a outra, encontros e mistérios nessa escala; no escopo das intrigas de uma cidade inteira, tendo foco nos jogos dos clãs e coalizões; ou no nível das grandes conspirações globais, onde o bicho pega entre anciões, principados e os mais sinistros mitos da Família.
Outra novidade trazida pelo Danse Macabre, que expande consideravelmente o universo de O Réquiem, é a adição de novas Coalizões. Isso mesmo, as tradicionais Invictus, Círculo da Anciã, Ordo Dracul, Lancea Sanctum e Movimento Cartiano foram elevadas a uma posição mais universal e outras doutrinas mais locais e sinistras foram incluídas.
Além disso, são apresentadas várias novidades para os sistemas de Vampiro: o Réquiem. Foram adicionadas regras complementares para a Humanidade, com as Atrocidades e Perdições (Atrocities and Banes), que são consquências místicas e físicas alternativas às perturbações. Também conta com uma série de guias para o narrador introduzir o novo sistema de combates mentais e os combates sociais, introduzidos anteriormente no Invite Only, mas que aqui são mostrados de forma mais detalhada.
Falando em detalhamento, The Danse Macabre também traz bastante inforamação sobre as Gárgulas, as criaturas de pedra que foram descritas muito resumidamente como antagonistas combatentes no livro básico de Vampiro: o Réquiem, e há um tempo mereciam mais atenção.
Por fim, o livro fornece crônicas prontas para chamar os amigos e começar a sessão de jogo em temas não triviais, com direito a uma realidade pós-apocalíptica ou em clima de investigação noir.
The Danse Macabre foi anunciado como o “suplemento definitivo para Vampiro: o Réquiem”, e pelas novidades e expansões deve honrar o título. A beleza do livro, desde o vermelho interno às capas às páginas ilustradas em cores ricas, também fazem um diferencial interessante para que valha o preço acima da média. Então sinta a melodia e prepare seus passos, pois a marcha do seu Réquiem está recomeçando de uma maneira nova, porém assustadoramente familiar.
O sol está nascedo. E daí?
Essa festa ainda tá rolando. Ainda tenho sangue pra beber. Ainda tenho mais uma música.
Pela cidade, alguns de nós estão rastejando de volta aos nosso covis, nossas mansões, nossos caixões. Mas alguns não estão. Alguns de nós continuam caçando. Das profundezas dos túneis interditados do metrô aos telhados mais altos. Aqui no bairro dos armazéns. Lá pelo cais, abaixo e em volta dele. Sempre caçando, eternamente famintos.
Muitos de nós não amarelam quando o sol aparece. Sabemos que somos os caras maus. Sabemos que se formos pegos lá fora e se as mordidas de dentes brancos se estenderem um pouquinho além das nossas longas sombras, bem, então talvez merecêssemos isso. Mereceríamos porque somos estúpidos e somos egoístas ou talvez a combinação dessas duas coisas signifique que somos a encarnação do mal, sei lá. Se acontecer, aconteceu.
De minha parte, eu vou é dar o dedo do meio pro Sol Invictus, “O” Tal Sol, o Grande Rosto Feliz e Brilhante.
Ouviu isso, sol? Nós não desistimos da noite tão fácil assim!
- Algum maldito vampiro.
Este livro é:
- Um olhar sobre como jogar Vampiro: o Réquiem em três camadas diferentes: coterie, cidade e conspiração;
- As Coalizões clássicas em um nível global, e uma série de novas coalizões, incluindo as Noivas de Drácula e os Filhos dos Espinhos (Children of the Thorns).
- Um banho de sangue de novas regras: combate social e mental, gárgulas, Perdições, novas regras de Humanidade e muito mais.
- Crônicas prontas, permitindo que você derrube as parades e jogue bem além do trivial. Quer um jogo noir? Vampiros aos moldes de Romeu e Julieta? Um cenário pós-apocalíptico? Nós te damos cobertura.