Bebedores de Fôlego e Comedores de Vida [Parte 1]

por rafaelkain em

Vampiros sabem perfeitamente que sua dependência sanguínea não é apenas orgânica. O sangue é muito mais que apenas um alimento liquido: o sangue é o veículo material para a animar sua força sobrenatural. Ao longo da história, os vampiros têm se perguntado se não há alguma outra forma de obter força vital sem a necessidade de sangue. Afinal, é um pouco manter a alimentação regular. Um método de alimentação mais eficiente transformaria a não vida um pouco mais fácil.

Várias lendas em torno do mundo falam de criaturas que se alimentam da força vital dos humanos, sem necessariamente obrigatória do consumo de sangue. Algumas lendas retratam pessoas que regressam da morte, outros falam de bruxas, e ainda outros tratam de demônios que assumem a forma humana da tomar a vida de sua presa. Muitas destas criaturas mostram uma semelhança considerável para a Família, mostrando suficientemente que algumas dessas lendas são versões distorcidas dos hábitos do Réquiem.

Muitas vezes, uma lenda vampiresca não esta diretamente ligada ao roubo de sangue. Por exemplo, o Kenphn da Birmânia alimentavam-se da alma dos mortais, o Dearg das lendas Celtas levava pessoas para danças em florestas e os matava por exaustão. Muitos pseudo-vampiros parecem alimentar-se de sexo, ou alimentam-se da própria sedução. Outras criaturas, como o Akakharu da antiga Assíria, ou Nadaly Liderc da Hungria, na verdade, matavam suas vítimas por exaustão sexual. Tais lendas inspiram alguns Amaldiçoados a tentar drenar força vital diretamente através do sexo, em vez da simples utilização do ato como subterfúgio para sua alimentação. A Família conta histórias que alguns Deva que dominaram esta arte foram capazes de se "alimentar da luxúria" em vez de sangue. Outras lendas descrevem criaturas que de alguma forma alimentam-se do próprio terror. Por exemplo, o vampiro polonês Sriz, possuía uma habilidade amaldiçoar um alvo em voz alta, em poucos dias a vitima morria, acredita-se que sua morte era pelo terror de ser alvo de uma maldição, e assim servindo de alimentação para o Sriz. A Mara, Mora ou Mare, conhecido em toda a Europa, deitava-se no peito de sua vítima adormecida afligindo-a de pesadelos, e ao mesmo tempo alimentando-se dos seus sonhos perturbadores. Inúmeras outras lendas atribuem sentimentos, carne ou pensamentos, alem de diversas outras fontes à alimentação humana.

Tais exemplos de disfarçados atos de roubo de respiração, fazer alguns Amaldiçoados suspeitarem e pesquisarem o assunto. Eles se perguntam se alguém não está tentando esconder a verdade. A ligação metafísica entre a respiração, vida e alma leva os Membros a buscar um tipo de alimentação não-física, como "beber inspiração."

 As Lendas da Família

 Os vampiros contam histórias sobre vampiros que evoluíram para além da necessidade de sangue. Alguns contos sobre a Golconda dizem que um vampiro que atinge esse fabuloso

estado está afastado desse ato hediondo de alimentação. Em vez disso, ele recebe sustento de mais fontes arcanas, como a Eucaristia (O "corpo e sangue de Cristo") ou a força da vida de todo o mundo. Histórias obscuras dizem que os vampiros que fazem pactos com o diabo podem roubar a força vital, sem ao mesmo tocar as suas vitimas, ou que eles podem deixar seus corpos para se alimentarem como predadores astrais. A lenda mais comum, no entanto, diz que Vampiros podem aprender beber pouquíssimo sangue, tornando-o forte o suficiente como se tivesse alimentado à saciedade. Nem todo vampiro aprende essa arte útil. Alimentar-se da respiração, não é instintivo, é uma técnica. Na verdade, apenas uns poucos Amaldiçoados conhecem a técnica, e eles escondem os seus conhecimentos para preservar a sua vantagem sobre todos os outros vampiros - é por isso que beber o fôlego de vida ainda é uma lenda. O mais poderoso ancião pode beber a vida de um mortal com a utilização de um item intimo da vitima, ou simplesmente um olhar. Essa alternativa facilitaria a vida de neófitos, que ainda não aprenderam as técnicas da caçada, ou até mesmo o ancião com gostos alimentícios requintados ou rigorosos.

 

Fonte: Mythologies