Caminhos Cruzados - Prólogo (Parte 2)

por httblyonn em

Segunda parte do prólogo aew gente!!! Espero que gostem!!!


 

John - DESGRAÇADO! Vai dormir por um tempo agora!

 

O policial transtornado com a situação, xingava enquanto revistava os bolsos do homem caído ao chão. De útil apenas uma lanterna e é claro a arma que ele usou. Uma pistola Glock cromada, cal. 9mm. Uma boa arma.

 

Escondida, Kate tentava entender de alguma forma o que havia acontecido. Tomando cuidado para não ser vista, a mulher tentou observar através do arbusto em que estava escondida, preocupada com a situação.

 

Antes que pudesse ver qualquer coisa, para o espanto de Kate seu celular começou a vibra no seu bolso. Imediatamente, ela se lembrou que ali o aparelho não tinha cobertura.

 

"NÚMERO NÃO IDENTIFICADO!"

 

Kate olhava fixamente para o celular, pensando quem seria a uma hora dessas e como poderia o aparelho tocar em um lugar completamente ermo e sem cobertura. Ela então se levantou, agora olhando para o caminho por onde veio na esperança de encontrar os meninos. Atendendo o celular, ninguém falava ou respondia qualquer coisa.

 

Kate - Alô! Alô! Tem alguém aí?

 

"Tisc"! O barulho de um graveto se quebrando atrás da bela garota fez todos os pelos de seu corpo se arrepiarem. A adrenalina provocada pela situação anterior misturou-se ao estado de pânico quando ela se virou e se deparou com ele. O tal "Homem do Chicote", o mesmo que acabara de matar um homem a sangue frio, bem ali, ignorando que um dia ali existiu um ser humano, uma vida, uma alma.

 

Ele parecia ainda bem maior e mais assustador de perto. Apavorada, a garota gritou de medo enquanto o homem levantava o chicote e ameaçava desferir um golpe que parecia certeiro.

 

De longe, John e Matt viram o homem com o chicote e ficaram surpresos quando viram que a garota se esquivou habilidosamente, fazendo com que a chicotada pegasse só de raspão, mas ainda sim causando uma ferida considerável no ombro direito dela. Provavelmente a adrenalina da situação não permitiu a ela sentir dor naquela hora.

 

Matt - Esse FILHO DA PUTA vai se ver comigo agora.

 

John - Matt, espera vamos...

 

Matt ficou enfurecido ao ver aquela cena e partiu correndo pra cima do cara. John não teve escolhas. Não podia deixar ele sozinho. Foram os dois pra cima dele.

 

Após Matt acertar um soco certeiro na boca do estômago do cara e este não demonstrar dor alguma, John desferiu uma paulada contra o grandão, acertando ele bem na cabeça. Levando-o apenas a desorientar-se por um instante. Logo em seguida o cara retribuiu com um soco extremamente potente. Para a sorte de John, aquele soco era tão forte quanto lento. O policial se fez fazer de sua agilidade para se esquivar do golpe que acertou apenas de raspão e ainda assim quase jogou ele contra o chão.

 

Matt se preparou para mais um soco. Com ainda mais força que o primeiro. Esse golpe provavelmente derrubaria facilmente um ser humano normal. De fato ele não era um ser humano normal. Isso se ele for realmente um ser humano. A cena que se seguiu deixou todos incrédulos. Ao acertar o cara com toda sua força, ele simplesmente desapareceu, deixando em seu lugar uma fina fumaça negra que logo se extinguiu.

 

De longe a Kate chegou correndo e perguntando:

O que foi isso?

 

Logo, incrédulo com aquilo que acabara de presenciar, John respondeu:

Que coisa é essa? Isso definitivamente não é humano!

 

E o Matt completou dizendo:

Claro que não é humano! Nem sentiu meu soco! Se fosse um humano teria no mínimo ficado sem ar por alguns instantes!

 

Assombrados com o último acontecimento, o grupo resolveu sair do mato e tentar fugir dali o mais rápido possível.

 

Pegando a única estrada de acesso para enfim deixar aquele lugar maluco, digno dos filmes de terror mais apavorantes, todos caminharam a passos largos. A vontade de sair dali era tanta que eles nem se preocuparam em admirar o homem que a pouco quase os matou e agora ela somente um simples corpo prostrado ao chão em posição de decúbito.

 

Era visível, observando a feição de cara um dos três pobres coitados que mais uma vez admiravam incrédulos algo que nenhuma ciência conhecia pelo homem parecia explicar. A estrada estava marcada por marcas de pneus que seguiam em frente ao longo da estrada e terminavam em um barranco. Como se o carro tivesse entrado nele, invadindo seu espaço no universo, ignorando as leis da física.

 

Claro que isso é impossível. Deve haver uma explicação perfeitamente plausível pra isso. Subindo o barranco na tentativa de prosseguir com sua fuga, John se deparou com um penhasco com cerca de trinta metros. Aquilo deixou todos com a sensação de que não seria nada fácil de sair daquele lugar.

 

Por um breve instante, um momento de silêncio se instaurou no ambiente que parecia falar por si só, aterrorizando por sua natureza. Esse instante durou até a atenção de todos se desviar para o lugar de onde uma grande pedra fora atirada contra John.

 

O policial desviou-se do objeto arremessado contra ele em uma ação reflexa digna de alguém em plena forma física.

 

Não foi surpresa ver aquela "aberração" no meio do mato. De onde havia saído a pedra que certamente não poderia ter sido atirada com tanta facilidade por um ser humano.

 

Outro combate se fez necessário contra aquele "Homem do Chicote". Igualmente ocorreu no primeiro encontro, outra paulada e um soco o fizeram desaparecer em meio aquela fumaça escura, mas não antes de acertar uma chicotada no Matt, que mesmo tentando se fazer de durão não foi capaz de esconder a dor que sentira.

 

Ainda tomados pela adrenalina causada pelo confronto, a atenção de todos foi desviada quando Kate avistou dois homens se aproximando.

 

Ainda sem identificá- los, John apontou sua arma na direção dos dois e esperou até que, mais alguns passos e para sua surpresa tratava-se do Kaill, caminhando ao lado daquele que a pouco tentara nos matar. O mesmo que desferiu vários tiros e que teve de ser apagado com um golpe violento na cabeça.

 

John foi convincente em mostrar que estava disposto a atirar, mesmo sabendo que sua arma não possuía munições. Ninguém precisava saber disso. E assim ele se manteve, imóvel, focado no alvo. Sem tirar os olhos dos dois.

 

Ryan - Calma, eu estou no mesmo barco de vocês, também estou preso aqui! Aquela coisa é um fantasma, não pode ser morta!

 

Essas foram as primeiras palavras dele e seguiram-se de um "Quem é você e porque está atrás de nós?", que foi automático vindo do John.

 

Olhando fixamente para Kate, ele começou a falar:

 

Ryan -  Meu nome é Ryan, eu recebi ordens para sequestrar você, deixá-la aqui e ir embora, porém fui traído e estou aqui, preso com vocês.

Esse homem é um fantasma, não podemos simplesmente matar ele.

 

Era absolutamente compreensível a expressão de desconfiança que todos fizeram diante dos argumentos apresentados por um louco que tentou matar todo mundo e em seguida começou a falar de fantasma.

 

John - Eu só quero sair daqui, não ligo pra esse assunto de fantasmas!

 

Ryan - Não há saída daqui a menos que eliminemos esse fantasma! Estamos presos na área de influência dele.

 

Kate - O que vamos fazer então?

 

Ryan - Eu tenho um livro de rituais no meu carro. Ele já me ajudou algumas vezes. Deve ter alguma coisa que nos ajude nele.

 

Em direção ao carro, enquanto caminhavam, todos fizeram um silêncio de certa forma reconfortante, embora nesse ponto as pessoas ali se enchessem de perguntas e mais perguntas. Todos estavam pensativos e por mais alguns instantes permaneceram até o silêncio ser quebrado pela Kate, questionando o Ryan:

 

Kate - Ei, por que você me sequestrou e me trouxe pra cá?

E quem eram aqueles dois homens com você?

 

Reticente, o Ryan disse que seguia ordens de alguém que ele não conhecia e que também não conhecia bem os outros dois que estavam com ele quando a sequestrou, alegando que eram apenas companheiros de trabalho em um "bico".

 

Chegando perto do carro, Ryan abriu o porta malas, onde havia, além do tal livro, munições com carga de sal em seu interior. Ele falava que o sal repelia fantasmas, assim podendo ser usado como uma forma de escudo.

 

Enquanto John pegava as munições, Ryan começava e folhear todo o livro, na intenção de encontrar ago útil. Não mais do que alguns minutos de pesquisa e ele começou a contar que existem três maneiras de se destruir um fantasma. Uma delas, seria destruindo sua âncora, ou seja, eliminando aquilo que o mantinha preso neste mundo. A segunda maneira, era queimar todos os seus restos mortais e pertences pessoais para libertar sua alma. E por último, o mais arriscado. O ritual de exorcismo.

 

Ryan - O ritual é a maneira mais forte de se expulsar um ser astral, seja ele um fantasma, espírito ou demônio. Este ritual é muito perigoso, pois consiste em realizar uma possessão induzida, onde uma pessoa serviria de recipiente e atrairia o fantasma pra dentro de seu corpo, só então iniciando o ritual do exorcismo.

 

Resolveram por bem tentar das outras maneiras que não o exorcismo, pois seria menos arriscado para todos. Entrando onde o fantasma havia entrado, naquela pequena barraca, de arquitetura muito antiga, o grupo se viu dentro de uma sala de ferramentas onde nem cabia todos e que exceto por uma maca manchada com algumas gotas de sangue, tudo parecia normal. Uma pá, uma corda e uma faca foram subtraídos do local pelo grupo, no intuito de se armarem contra os perigos que os aguardavam.

 

Kaill se mostrava reticente, pensava mais que falava  e estava visivelmente mais preocupado que os outros. Quando todos saíram da barraca, o Kaill resolveu nos interromper:

 

Kaill - Calma gente, eu sei a história do homem do chicote. Vou contar a vocês, só não me peçam explicações, pois não vou dá-las.

 

Esse fantasma que vocês estão chamando de homem do chicote, na verdade é um fantasma conhecido como MARTELO. Segundo reza a lenda, o Martelo, ou melhor, George Markley era um ferreiro honesto em 1890, antes dos eventos horríveis que fizeram dele “O Destruidor”. Ele foi acusado injustamente de roubo, sendo expulso da cidade. Por ter se recusado a partir,  teve sua mulher e filhos atacados e mortos por Nathan, um "justiceiro" local e seus homens. Furioso, George perseguiu Nathan e seus homens, e os massacrou com o martelo de ferreiro. Alguns cidadãos, furiosos com a atrocidade cometida por George e sem saber o que havia acontecido com sua família, pensaram que ele além de ter matado Nathan e seus homens, também havia dado fim a sua esposa e filhos, resolveram arrastá-lo de volta á sua loja, onde aplicaram uma forma brutal de justiça. Amarrado-o em uma coluna de concreto no porão de sua casa, onde funcionava sua oficina, cravaram pregos em seu corpo com seu martelo. Concluíram a tarefa, cortando fora sua mão, e colocando no lugar seu martelo, grotescamente preso ao membro.

 

Após toda essa história, grupo ficou confuso. Não conseguiram entender porque ele sabia dessa história. Não tinha como ele saber sem estar envolvido. Restava saber até onde ele estava envolvido e em que "lado" estava.

 

Dando uma olhada melhor no galpão, John iluminou com a lanterna a área onde estavam, revelando na parede um símbolo de uma mão e um pentagrama invertido em sua palma. Ryan olhou e disse que conhecia aquele símbolo. Segundo ele, o símbolo se trata de uma organização conhecida como "Prole de Belial". Não  conseguiu se lembrar de mais nada a respeito. Pelo menos agora tinha um nome "Prole de Belial". Não encontrando nada no resto do galpão, todos seguiram para a outra casa.

 

John foi à frente, pois ele tinha maiores possibilidades de resposta a um possível ataque. A porta estrava entreaberta, revelando uma parcela do que havia dentro do que parecia ser uma sala. Abrindo a porta vagarosamente, John foi "fatiando" o ambiente, ganhando ângulo se expondo o mínimo possível  a possíveis ataques. Quando a porta se abriu totalmente, ele ainda fez uma rápida varredura no ambiente para se certificar de que o local estava seguro. Então, entraram a Kate, o Matt e o Ryan. Nesta ordem. Após o Ryan entrar pela porta, ela bateu violentamente, se fechando sozinha e deixando o Kaill do lado de fora. Ele disse que estava tudo bem e logo em seguida começou a gritar por socorro:

 

Kaill - Socorro! Me ajudem, ele está aqui!

 

Matt tentou arrombar a porta e não conseguiu. Kaill continuou gritando desesperadamente pedindo por ajuda. Parecia estar em sérios apuros.

 

John mandou que todos se afastassem, deu dois passos para trás, gastou alguns segundos mirando e disparou contra a maçaneta da porta, fazendo a mesma se destrancar, uma vez que não possuía mais a maçaneta e sim um buraco em seu lugar.

 

Matt foi o primeiro a sair a avistar o monstro, muito próximo de Kaill. Imediatamente ele saiu correndo na direção dos dois na tentativa de ajudar o Kaill. Naquele momento, John agradeceu mentalmente pelo árduo treinamento de tiro com alvos móveis ao qual foi submetido no seu período de formação.

 

Fez  sua visada até enquadrar o alvo e pegar o ritmo dele, sincronizou sua respiração com as batidas do coração e foi pressionando levemente o gatilho, com as mãos firmes na arma. Pressionou até que o disparo extremamente preciso, acertasse diretamente a cabeça do fantasma. John sabia que o efeito seria o mesmo se o tiro pegasse em qualquer outra parte do corpo, mas de qualquer forma, ver que ele ainda estava em forma com os tiros o fez se sentir bem e ganhar confiança.

 

Kaill - Vamos, rápido! Não temos tempo a perder aqui! Precisamos encontrar algo de útil!

 

Mostrando uma frieza e serenidade surpreendente, Kaill parecia estar completa e estranhamente a vontade com a situação. E preocupou-se em apressar o grupo.

 

Novamente na casa, agora o grupo começa a procurar por algo que os ajudasse, o foco era algo que os levasse ao corpo de George "O Martelo". Na sala, havia apenas móveis muito velhos e empoeirados, sugerindo que ninguém vivia ali a muito tempo. O grupo vasculhou toda a cozinha, que contrastava com o ambiente anterior, revelando velharias e poeiras. Além de alguns panos velhos, e uma caixa de fósforo, nada tinha chamado a atenção deles até eles se depararem com uma outra porta, também entreaberta que sugeria uma passagem para o porão.

 

Lá em baixo, os móveis pareciam ainda mais antigos e certamente muito mais empoeirados. Após alguns segundos mexendo nos móveis, Kate encontrou na gaveta de uma escrivaninha, entre mais poeira e teias de aranha, um livro pequeno, intitulado "Diário do Nathan", escrito em sua capa mofada, com uma caligrafia não muito apresentável. As anotações que se seguiam após a capa, davam força à história a pouco contada por Kaill.

 

As anotações contavam claramente o que foi feito com o George "Martelo". Também foram encontradas algumas fotografias muito velhas entre as páginas do diário, revelando através de suas imagens, que ele havia sido morto ali. Eles reformaram o lugar, mas as fotos confirmavam que era mesmo ali. Uma das fotos mostrava ele em um canto da sala, já morto, jogado no local onde o carvão era aquecido para derreter o metal. Encontramos o lugar, arrastamos o móvel que estava encima e o Ryan logo começou a quebrar a madeira do assoalho com a pá que ele havia pegado na pequena oficina,  enquanto John vigiava a porta em posição de pronta resposta em caso de necessidade. Ryan e Matt cavaram por algum tempo, até encontrar uma tampa de madeira. Quando Ryan retirou a tampa, junto com o cheiro insuportável de um cadáver de mais de cem anos, veio a angústia de ver aquele homem todo furado, cheio de pregos pelo corpo e com um martelo imenso emendado no lugar da sua mão direita. Como num piscar de olhos, o Martelo se materializou atrás de Ryan, jogando-o contra o chão com imensa brutalidade.

 

Antes que Ryan conseguisse ter qualquer reação, John novamente salvou a pátria com outro disparo certeiro. Imediatamente, todos seguiram correndo para o carro, retiraram gasolina do tanque e voltaram à casa. Atearam fogo no corpo que começou a queimar desencadeando outra manifestação do Martelo quer dessa vez ignorou completamente o grupo, como se eles não estivessem ali.

 

"AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!"

 

O Martelo gritou, expressando muita dor e raiva. O fantasma então passou por uma transformação, assumindo a forma que estava ao ser brutalmente assassinado, deixando todos com a sensação de que as coisas iriam piorar. O enorme ferreiro com o corpo coberto de pregos gigantes e um martelo enorme grosseiramente ligado ao lugar onde deveria estar sua mão direita, nos olhou de maneira intimidadora. Antes que pudessem agir, obrigando todos a saírem apressadamente da casa.

 

Do lado de fora, a sensação de trabalho terminado que já estava incerta, logo caiu por terra quando entraram no carro novamente e o Martelo se materializou atrás deles.

 

Como de costume, mais um tiro certeiro do John foi suficiente para afastá-lo outra vez. Então, o bicho bateu com seu martelo no chão, numa possível tentativa de  intimidá-los mostrando sua força. Mesmo não sendo necessária essa demonstração de força para assustar o grupo, aquilo os deixou ainda mais apreensivos.

 

Sem ter mais para onde correr (literalmente), começaram a considerar a possibilidade ora levantada por Ryan de realizar o ritual de exorcismo. Antes de qualquer coisa, eles precisavam estar seguros para só então organizar o ritual.

 

Ryan de lembrou que em uma das salas do galpão havia suprimentos e entre eles, muito sal grosso. Indo em direção a sala de mantimentos, ele surge novamente, bem em frente ao carro, com um ódio ainda maior no olhar e aquele martelo imenso pronto para "afundar" o carro no chão, tomando mais um tiro e desaparecendo mais uma vez.

 

Sem perder tempo, todos foram correndo em direção ao galpão e cercaram a única porta da sala de mantimentos com sal para proteger o local

 

Depois disso, o Martelo começou a aparecer e desaparecer, tentando entrar. Alguns ficaram incrédulos quando constataram que realmente um punhado de sal era capaz de impedir a passagem de um monstro desses. Ryan realmente parecia saber o que fazia. Cortando um pouco o clima de pânico, ele foi direto ao ponto:

 

Ryan - Precisamos de alguém para ser o recipiente da indução, eu realizarei o ritual, a Kate, por ser mulher, não é indicada para tal tarefa, devido à fragilidade de seu corpo.

 

John - E eu tenho a arma e sei usá-la em caso de necessidade!

 

Afinal, ninguém o faria largar aquela arma e perder sua única vantagem sobre eles.

 

Sobrou o Matt e o Kaill. Para finalizar o impasse, Matt se pronunciou:

 

Matt - Eu vou! Sou mais forte que o Kaill e não confio nele para fazer isso!

 

Por não confiarem no Kaill, todos (inclusive o próprio Kaill) entraram no consenso de que o Kaill não participaria do ritual, por não confiarem nele.

 

A ritualística envolvia colocar o Matt e a fotografia do Martelo dentro de um pentagrama feito de sal, invocar o fantasma lá pra dentro e realizar a possessão induzida, começando assim o ritual de exorcismo.

 

Preparativos terminados, John a arma na direção do Matt, que olhou de maneira rude para o policial, dando idéia de reprovação. Logo os preparativos estavam prontos, Ryan e Kate iniciaram as primeiras palavras do ritual.

 

John - DESGRAÇADO! Vai dormir por um tempo agora!

O policial transtornado com a situação, xingava enquanto revistava os bolsos do homem caído ao chão. De útil apenas uma lanterna e é claro a arma que ele usou. Uma pistola Glock cromada, cal. 9mm. Uma boa arma.

Escondida, Kate tentava entender de alguma forma o que havia acontecido. Tomando cuidado para não ser vista, a mulher tentou observar através do arbusto em que estava escondida, preocupada com a situação.

Antes que pudesse ver qualquer coisa, para o espanto de Kate seu celular começou a vibra no seu bolso. Imediatamente, ela se lembrou que ali o aparelho não tinha cobertura.

"NÚMERO NÃO IDENTIFICADO!"

Kate olhava fixamente para o celular, pensando quem seria a uma hora dessas e como poderia o aparelho tocar em um lugar completamente ermo e sem cobertura. Ela então se levantou, agora olhando para o caminho por onde veio na esperança de encontrar os meninos. Atendendo o celular, ninguém falava ou respondia qualquer coisa.

Kate - Alô! Alô! Tem alguém aí?

"Tisc"! O barulho de um graveto se quebrando atrás da bela garota fez todos os pelos de seu corpo se arrepiarem. A adrenalina provocada pela situação anterior misturou-se ao estado de pânico quando ela se virou e se deparou com ele. O tal "Homem do Chicote", o mesmo que acabara de matar um homem a sangue frio, bem ali, ignorando que um dia ali existiu um ser humano, uma vida, uma alma.

Ele parecia ainda bem maior e mais assustador de perto. Apavorada, a garota gritou de medo enquanto o homem levantava o chicote e ameaçava desferir um golpe que parecia certeiro.

De longe, John e Matt viram o homem com o chicote e ficaram surpresos quando viram que a garota se esquivou habilidosamente, fazendo com que a chicotada pegasse só de raspão, mas ainda sim causando uma ferida considerável no ombro direito dela. Provavelmente a adrenalina da situação não permitiu a ela sentir dor naquela hora.

Matt - Esse FILHO DA PUTA vai se ver comigo agora.

John - Matt, espera! Vamos...

Matt ficou enfurecido ao ver aquela cena e partiu correndo pra cima do cara. John não teve escolhas. Não podia deixar ele sozinho. Foram os dois pra cima dele.

Após Matt acertar um soco certeiro na boca do estômago do cara e este não demonstrar dor alguma, John desferiu uma paulada contra o grandão, acertando ele bem na cabeça. Levando-o apenas a desorientar-se por um instante. Logo em seguida o cara retribuiu com um soco extremamente potente. Para a sorte de John, aquele soco era tão forte quanto lento. O policial se fez fazer de sua agilidade para se esquivar do golpe que acertou apenas de raspão e ainda assim quase jogou ele contra o chão.

Matt se preparou para mais um soco. Com ainda mais força que o primeiro. Esse golpe provavelmente derrubaria facilmente um ser humano normal. De fato ele não era um ser humano normal. Isso se ele for realmente um ser humano. A cena que se seguiu deixou todos incrédulos. Ao acertar o cara com toda sua força, ele simplesmente desapareceu, deixando em seu lugar uma fina fumaça negra que logo se extinguiu.

De longe a Kate chegou correndo e perguntando:
O que foi isso?

Logo, incrédulo com aquilo que acabara de presenciar, John respondeu:
Que coisa é essa? Isso definitivamente não é humano!

E o Matt completou dizendo:
Claro que não é humano! Nem sentiu meu soco! Se fosse um humano teria no mínimo ficado sem ar por alguns instantes!

Assombrados com o último acontecimento, o grupo resolveu sair do mato e tentar fugir dali o mais rápido possível.

Pegando a única estrada de acesso para enfim deixar aquele lugar maluco, digno dos filmes de terror mais apavorantes, todos caminharam a passos largos. A vontade de sair dali era tanta que eles nem se preocuparam em admirar o homem que a pouco quase os matou e agora ela somente um simples corpo prostrado ao chão em posição de decúbito.

Era visível, observando a feição de cara um dos três pobres coitados que mais uma vez admiravam incrédulos algo que nenhuma ciência conhecia pelo homem parecia explicar. A estrada estava marcada por marcas de pneus que seguiam em frente ao longo da estrada e terminavam em um barranco. Como se o carro tivesse entrado nele, invadindo seu espaço no universo, ignorando as leis da física.

Claro que isso é impossível. Deve haver uma explicação perfeitamente plausível pra isso. Subindo o barranco na tentativa de prosseguir com sua fuga, John se deparou com um penhasco com cerca de trinta metros. Aquilo deixou todos com a sensação de que não seria nada fácil de sair daquele lugar.

Por um breve instante, um momento de silêncio se instaurou no ambiente que parecia falar por si só, aterrorizando por sua natureza. Esse instante durou até a atenção de todos se desviar para o lugar de onde uma grande pedra fora atirada contra John.

O policial desviou-se do objeto arremessado contra ele em uma ação reflexa digna de alguém em plena forma física.

Não foi surpresa ver aquela "aberração" no meio do mato. De onde havia saído a pedra que certamente não poderia ter sido atirada com tanta facilidade por um ser humano.

Outro combate se fez necessário contra aquele "Homem do Chicote". Igualmente ocorreu no primeiro encontro, outra paulada e um soco o fizeram desaparecer em meio aquela fumaça escura, mas não antes de acertar uma chicotada no Matt, que mesmo tentando se fazer de durão não foi capaz de esconder a dor que sentira.

Ainda tomados pela adrenalina causada pelo confronto, a atenção de todos foi desviada quando Kate avistou dois homens se aproximando.

Ainda sem identificá- los, John apontou sua arma na direção dos dois e esperou até que, mais alguns passos e para sua surpresa tratava-se do Kaill, caminhando ao lado daquele que a pouco tentara nos matar. O mesmo que desferiu vários tiros e que teve de ser apagado com um golpe violento na cabeça.

John foi convincente em mostrar que estava disposto a atirar, mesmo sabendo que sua arma não possuía munições. Ninguém precisava saber disso. E assim ele se manteve, imóvel, focado no alvo. Sem tirar os olhos dos dois.

Ryan - Calma, eu estou no mesmo barco de vocês, também estou preso aqui! Aquela coisa é um fantasma, não pode ser morta!

Essas foram as primeiras palavras dele e seguiram-se de um "Quem é você e porque está atrás de nós?", que foi automático vindo do John.

Olhando fixamente para Kate, ele começou a falar:

Ryan - Meu nome é Ryan, eu recebi ordens para sequestrar você, deixá-la aqui e ir embora, porém fui traído e estou aqui, preso com vocês.
Esse homem é um fantasma, não podemos simplesmente matar ele.


Era absolutamente compreensível a expressão de desconfiança que todos fizeram diante dos argumentos apresentados por um louco que tentou matar todo mundo e em seguida começou a falar de fantasma.

John - Eu só quero sair daqui, não ligo pra esse assunto de fantasmas!

Ryan - Não há saída daqui a menos que eliminemos esse fantasma! Estamos presos na área de influência dele.

Kate - O que vamos fazer então?

Ryan - Eu tenho um livro de rituais no meu carro. Ele já me ajudou algumas vezes. Deve ter alguma coisa que nos ajude nele.

Em direção ao carro, enquanto caminhavam, todos fizeram um silêncio de certa forma reconfortante, embora nesse ponto as pessoas ali se enchessem de perguntas e mais perguntas. Todos estavam pensativos e por mais alguns instantes permaneceram até o silêncio ser quebrado pela Kate, questionando o Ryan:

Kate - Ei, por que você me sequestrou e me trouxe pra cá?
E quem eram aqueles dois homens com você?


Reticente, o Ryan disse que seguia ordens de alguém que ele não conhecia e que também não conhecia bem os outros dois que estavam com ele quando a sequestrou, alegando que eram apenas companheiros de trabalho em um "bico".

Chegando perto do carro, Ryan abriu o porta malas, onde havia, além do tal livro, munições com carga de sal em seu interior. Ele falava que o sal repelia fantasmas, assim podendo ser usado como uma forma de escudo.

Enquanto John pegava as munições, Ryan começava e folhear todo o livro, na intenção de encontrar ago útil. Não mais do que alguns minutos de pesquisa e ele começou a contar que existem três maneiras de se destruir um fantasma. Uma delas, seria destruindo sua âncora, ou seja, eliminando aquilo que o mantinha preso neste mundo. A segunda maneira, era queimar todos os seus restos mortais e pertences pessoais para libertar sua alma. E por último, o mais arriscado. O ritual de exorcismo.

Ryan - O ritual é a maneira mais forte de se expulsar um ser astral, seja ele um fantasma, espírito ou demônio. Este ritual é muito perigoso, pois consiste em realizar uma possessão induzida, onde uma pessoa serviria de recipiente e atrairia o fantasma pra dentro de seu corpo, só então iniciando o ritual do exorcismo.

Resolveram por bem tentar das outras maneiras que não o exorcismo, pois seria menos arriscado para todos. Entrando onde o fantasma havia entrado, naquela pequena barraca, de arquitetura muito antiga, o grupo se viu dentro de uma sala de ferramentas onde nem cabia todos e que exceto por uma maca manchada com algumas gotas de sangue, tudo parecia normal. Uma pá, uma corda e uma faca foram subtraídos do local pelo grupo, no intuito de se armarem contra os perigos que os aguardavam.

Kaill se mostrava reticente, pensava mais que falava e estava visivelmente mais preocupado que os outros. Quando todos saíram da barraca, o Kaill resolveu nos interromper:

Kaill - Calma gente, eu sei a história do homem do chicote. Vou contar a vocês, só não me peçam explicações, pois não vou dá-las.

Esse fantasma que vocês estão chamando de homem do chicote, na verdade é um fantasma conhecido como MARTELO. Segundo reza a lenda, o Martelo, ou melhor, George Markley era um ferreiro honesto em 1890, antes dos eventos horríveis que fizeram dele “O Destruidor”. Ele foi acusado injustamente de roubo, sendo expulso da cidade. Por ter se recusado a partir, teve sua mulher e filhos atacados e mortos por Nathan, um "justiceiro" local e seus homens. Furioso, George perseguiu Nathan e seus homens, e os massacrou com o martelo de ferreiro. Alguns cidadãos, furiosos com a atrocidade cometida por George e sem saber o que havia acontecido com sua família, pensaram que ele além de ter matado Nathan e seus homens, também havia dado fim a sua esposa e filhos, resolveram arrastará-lo de volta á sua loja, onde aplicaram uma forma brutal de justiça. Amarrado-o em uma coluna de concreto no porão de sua casa, onde funcionava sua oficina, cravaram pregos em seu corpo com seu martelo. Concluíram a tarefa, cortando fora sua mão, e colocando no lugar seu martelo, grotescamente preso ao membro.


Após toda essa história, o grupo ficou confuso. Não conseguiram entender porque ele sabia dessa história. Não tinha como ele saber sem estar envolvido. Restava saber até onde ele estava envolvido e em que "lado" estava.

Dando uma olhada melhor no galpão, John iluminou com a lanterna a área onde estavam, revelando na parede um símbolo de uma mão e um pentagrama invertido em sua palma. Ryan olhou e disse que conhecia aquele símbolo. Segundo ele, o símbolo se trata de uma organização conhecida como "Prole de Belial". Não conseguiu se lembrar de mais nada a respeito. Pelo menos agora tinha um nome "Prole de Belial". Não encontrando nada no resto do galpão, todos seguiram para a outra casa.

John foi à frente, pois ele tinha maiores possibilidades de resposta a um possível ataque. A porta estrava entreaberta, revelando uma parcela do que havia dentro do que parecia ser uma sala. Abrindo a porta vagarosamente, John foi "fatiando" o ambiente, ganhando ângulo se expondo o mínimo possível a possíveis ataques. Quando a porta se abriu totalmente, ele ainda fez uma rápida varredura no ambiente para se certificar de que o local estava seguro. Então, entraram a Kate, o Matt e o Ryan. Nesta ordem. Após o Ryan entrar pela porta, ela bateu violentamente, se fechando sozinha e deixando o Kaill do lado de fora. Ele disse que estava tudo bem e logo em seguida começou a gritar por socorro:

Kaill - Socorro! Me ajudem, ele está aqui!

Matt tentou arrombar a porta e não conseguiu. Kaill continuou gritando desesperadamente pedindo por ajuda. Parecia estar em sérios apuros.

John mandou que todos se afastassem, deu dois passos para trás, gastou alguns segundos mirando e disparou contra a maçaneta da porta, fazendo a mesma se destrancar, uma vez que não possuía mais a maçaneta e sim um buraco em seu lugar.

Matt foi o primeiro a sair a avistar o monstro, muito próximo de Kaill. Imediatamente ele saiu correndo na direção dos dois na tentativa de ajudar o Kaill. Naquele momento, John agradeceu mentalmente pelo árduo treinamento de tiro com alvos móveis ao qual foi submetido no seu período de formação.

Fez sua visada até enquadrar o alvo e pegar o ritmo dele, sincronizou sua respiração com as batidas do coração e foi pressionando levemente o gatilho, com as mãos firmes na arma. Pressionou até que o disparo extremamente preciso, acertasse diretamente a cabeça do fantasma. John sabia que o efeito seria o mesmo se o tiro pegasse em qualquer outra parte do corpo, mas de qualquer forma, ver que ele ainda estava em forma com os tiros o fez se sentir bem e ganhar confiança.

Kaill - Vamos, rápido! Não temos tempo a perder aqui! Precisamos encontrar algo de útil!

Mostrando uma frieza e serenidade surpreendente, Kaill parecia estar completa e estranhamente a vontade com a situação. E preocupou-se em apressar o grupo.

Novamente na casa, agora o grupo começa a procurar por algo que os ajudasse, o foco era algo que os levasse ao corpo de George "O Martelo". Na sala, havia apenas móveis muito velhos e empoeirados, sugerindo que ninguém vivia ali a muito tempo. O grupo vasculhou toda a cozinha, que contrastava com o ambiente anterior, revelando velharias e poeiras. Além de alguns panos velhos, e uma caixa de fósforo, nada tinha chamado a atenção deles até eles se depararem com uma outra porta, também entreaberta que sugeria uma passagem para o porão.

Lá em baixo, os móveis pareciam ainda mais antigos e certamente muito mais empoeirados. Após alguns segundos mexendo nos móveis, Kate encontrou na gaveta de uma escrivaninha, entre mais poeira e teias de aranha, um livro pequeno, intitulado "Diário do Nathan", escrito em sua capa mofada, com uma caligrafia não muito apresentável. As anotações que se seguiam após a capa, davam força à história a pouco contada por Kaill.

As anotações contavam claramente o que foi feito com o George "Martelo". Também foram encontradas algumas fotografias muito velhas entre as páginas do diário, revelando através de suas imagens, que ele havia sido morto ali. Eles reformaram o lugar, mas as fotos confirmavam que era mesmo ali. Uma das fotos mostrava ele em um canto da sala, já morto, jogado no local onde o carvão era aquecido para derreter o metal. Encontramos o lugar, arrastamos o móvel que estava encima e o Ryan logo começou a quebrar a madeira do assoalho com a pá que ele havia pegado na pequena oficina, enquanto John vigiava a porta em posição de pronta resposta em caso de necessidade. Ryan e Matt cavaram por algum tempo, até encontrar uma tampa de madeira. Quando Ryan retirou a tampa, junto com o cheiro insuportável de um cadáver de mais de cem anos, veio a angústia de ver aquele homem todo furado, cheio de pregos pelo corpo e com um martelo imenso emendado no lugar da sua mão direita. Como num piscar de olhos, o Martelo se materializou atrás de Ryan, jogando-o contra o chão com imensa brutalidade.

Antes que Ryan conseguisse ter qualquer reação, John novamente salvou a pátria com outro disparo certeiro. Imediatamente, todos seguiram correndo para o carro, retiraram gasolina do tanque e voltaram à casa. Atearam fogo no corpo que começou a queimar desencadeando outra manifestação do Martelo quer dessa vez ignorou completamente o grupo, como se eles não estivessem ali.

"AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!"

O Martelo gritou, expressando muita dor e raiva. O fantasma então passou por uma transformação, assumindo a forma que estava ao ser brutalmente assassinado, deixando todos com a sensação de que as coisas iriam piorar. O enorme ferreiro com o corpo coberto de pregos gigantes e um martelo enorme grosseiramente ligado ao lugar onde deveria estar sua mão direita, nos olhou de maneira intimidadora. Antes que pudessem agir, obrigando todos a saírem apressadamente da casa.

Do lado de fora, a sensação de trabalho terminado que já estava incerta, logo caiu por terra quando entraram no carro novamente e o Martelo se materializou atrás deles.

Como de costume, mais um tiro certeiro do John foi suficiente para afastá-lo outra vez. Então, o bicho bateu com seu martelo no chão, numa possível tentativa de intimidá-los mostrando sua força. Mesmo não sendo necessária essa demonstração de força para assustar o grupo, aquilo os deixou ainda mais apreensivos.

Sem ter mais para onde correr (literalmente), começaram a considerar a possibilidade ora levantada por Ryan de realizar o ritual de exorcismo. Antes de qualquer coisa, eles precisavam estar seguros para só então organizar o ritual.

Ryan de lembrou que em uma das salas do galpão havia suprimentos e entre eles, muito sal grosso. Indo em direção a sala de mantimentos, ele surge novamente, bem em frente ao carro, com um ódio ainda maior no olhar e aquele martelo imenso pronto para "afundar" o carro no chão, tomando mais um tiro e desaparecendo mais uma vez.

Sem perder tempo, todos foram correndo em direção ao galpão e cercaram a única porta da sala de mantimentos com sal para proteger o local

Depois disso, o Martelo começou a aparecer e desaparecer, tentando entrar. Alguns ficaram incrédulos quando constataram que realmente um punhado de sal era capaz de impedir a passagem de um monstro desses. Ryan realmente parecia saber o que fazia. Cortando um pouco o clima de pânico, ele foi direto ao ponto:

Ryan - Precisamos de alguém para ser o recipiente da indução, eu realizarei o ritual, a Kate, por ser mulher, não é indicada para tal tarefa, devido à fragilidade de seu corpo.

John - E eu tenho a arma e sei usá-la em caso de necessidade!

Afinal, ninguém o faria largar aquela arma e perder sua única vantagem sobre os outros.

Sobrou o Matt e o Kaill. Para finalizar o impasse, Matt se pronunciou:

Matt - Eu vou! Sou mais forte que o Kaill e não confio nele para fazer isso!

Por não confiarem no Kaill, todos (inclusive o próprio Kaill) entraram no consenso de que o Kaill não participaria do ritual, por não confiarem nele.

A ritualística envolvia colocar o Matt e a fotografia do Martelo dentro de um pentagrama feito de sal, invocar o fantasma lá pra dentro e realizar a possessão induzida, começando assim o ritual de exorcismo.

Preparativos terminados, John a arma na direção do Matt, que olhou de maneira rude para o policial, dando idéia de reprovação. Logo os preparativos estavam prontos, Ryan e Kate iniciaram as primeiras palavras do ritual.