Alcateias urbanas do cenário Purificados pela Fúria
As alcatéias
Diferente das tribos as alcatéias costumam se agrupar entre os dois extremos que dividem a sociedade Uratha em urbanos e rurais. Muitas vezes trata-se apenas de uma questão de segurança ou vizinhança. Como visto antes as alcatéias são divididas entre ruralistas; lobisomens que marcam seus territórios nas margens da cidade e se esforçam para manter a sombra natural desses lugares puros. E os urbanos que marcam território dentro da cidade.
Martelo Prateado
A alcatéia Martelo Prateado é um grupo maquiavélico e dominador que acredita que a única maneira dos Uratha perseverarem é através do controle da espécie humana. A civilização humana é a espécie dominante do planeta, os Uratha ainda que abençoados por Luna e os dons de pai Lobo não são páreos para os humanos organizados e armados, tudo se traduz a uma questão de números, os Uratha não conseguiram nada ao abordarem os humanos coagindo-os a força.
Não, os membros da alcatéia Martelo Prateado buscam dominar a sociedade humana em seus próprios termos, controlando seu sistema, sua sociedade. A alcatéia reconhece que um homem isolado pouco pode fazer, mas as instituições humanas são poderosas, um policial sozinho pouco pode fazer, mas o poder público através de ordens e liminares pode mover toda a força policial contra um alvo especifico. Por isso a alcatéia sempre buscar posições de poder dentro das instituições humanas. A alcatéia é famosa por sua associação a empresas de construção ligadas a obras de infra-estrutura da cidade e do governo do estado, o que lhes angariou muito dinheiro e recursos. Os membros da alcatéia são estimulados a buscar essas posições de poder de maneira a não chamar atenção, mas caso o lobby financeiro e a persuasão não funcionarem a alcatéia buscara maneiras violentas sem piedade; silenciando rivais na surdina, ameaça de morte a rivais e seus familiares e outros métodos sujos de persuasão, tudo para atingir uma posição confortável no poder.
A alcatéia é alegadamente líder do movimento urbano no cenário, e provavelmente os que mais prestam favores a seus vizinhos urbanos. Mas sua reputação não é lá das melhores, a alcatéia é famosa pelo voraz apetite por territórios, suas conexões com as construtoras e empresas de infra estrutura e a grupos financeiros compram regularmente terrenos dentro da cidade para suas construções, a alcatéia alega que essa é a única maneira de monitorar o impacto e a melhor posição para amortizar os efeitos negativos das construções humanas na sombra, mas os demais Uratha desconfiam do pretensioso ideal do grupo e costumam simplesmente classificá-la como hipocrisia.
Totem espiritual: O Coronel da capa preta.
No nordeste a figura estereotipada do coronel como um homem poderoso, rico, acima da lei e da moral é comum e bastante difundida. Este espírito surgiu dessa idéia fixa. O Coronel da capa preta é um espírito ligado a autoridade, tradicionalismo e astúcia. A criatura foi encontrada pela primeira versão da alcatéia espreitando reuniões sociais de pessoas influentes em ambientes como grandes empresas, gabinetes de políticos ambiciosos, tribunais e até mesmo delegacias e prisões. A alcatéia inicialmente foi ferozmente atacada pelo espírito, que parecia ter uma espécie de controle sobrenatural sobre a burocracia humana, do nada a alcatéia foi alvo de inúmeros mandados de busca fantasmas emitidos sabe-se Deus lá como, avisos de corte de energia, além de problemas bancários perturbaram a alcatéia durante meses. Somente após muita persistência a alcatéia conseguiu arrancar um voto de servidão do espírito ao jurarem honrar seu nome sempre que uma nova conquista for realizada, como a derrota de inimigo, ou a conquista de um novo território.
Dizem que o espírito possui uma estranha ligação com várias linhagens familiares na cidade, e que o mesmo zela por elas, seja assombrando-os ou ajudando de alguma maneira, os membros da alcatéia procuram sempre misturar seu sangue com essas famílias a fim de gerar novos Uratha em seu meio.
Quando aparece o Coronel da capa preta aparece como uma figura da cultura popular, homem de meia idade, branco, alto, porte ameaçador e um olhar inquisitivo simulando um sorrisinho sarcástico por entre a barba e o extenso chapéu.
Marcelo Duarte Vieira “Cetro de Prata”
Augúrio: Elodoth.
Tribo: Mestres do Ferro.
Renome: Glória •• Honra ••• Sabedoria • Sagacidade ••••
Marcelo é um dos muitos membros da tribo originários das tradicionais famílias protegidas pelo totem da alcatéia. Apesar do bom nome, Marcelo não teve a vida fácil, pois era um filho bastardo, um filho fora do casamento. Marcelo só foi criado por sua mãe, a qual herdou o sobrenome, só até os três anos. Ela é obrigada a entregá-lo a uma pessoa mais velha da família para que pudesse criá-lo, pois estava com casamento marcado. Marcelo foi criado como um quase empregado numa das muitas propriedades da família Duarte Vieira, vendo de longe a riqueza e ostentação que eram suas por direito.
Apesar de ter sido abandonado pela mãe não nutria nenhuma raiva dela. A ocasião de sua primeira transformação ocorre no momento da leitura do testamento dela, quando percebeu que fora roubado durante todo aquele tempo de amargura sofre a transformação, levando consigo seis pessoas, entre empregados e membros da família presentes. Após o incidente Marcelo foi acolhido pela alcatéia e iniciado na tribo, dentro da alcatéia ele começou readquirindo toda fortuna da família negada a ele na infância, exigindo a força o que lhe fora negado. Hoje Marcelo é proprietário de várias empresas do ramo de construção, além de investimentos em imóveis e terrenos somam milhares de reais às contas da alcatéia e da Tribo, lhe angariando grande prestigio entre seus pares na tribo.
Marcelo é o alfa da alcatéia, ele atua como uma espécie de general empresarial dentro do grupo, apontando os alvos e traçando metas de longo e curto prazo, a alcatéia esta em franca expansão e os negócios a mil, Marcelo esta pronto para mais uma conquista.
Lobos da Lama
O mangue, e a lama que o alimenta, faz parte da identidade da cidade do Recife. Num passado não tanto distante a maior parte do que hoje é a cidade do Recife eram esplendorosos manguezais que vicejavam vida. O mangue faz parte da identidade da cidade e esta representado em uma série de manifestações culturais, desde as artes plásticas, poesia, passando pela música e teatro. Ecológicamente falando o mangue é um dos principais berçarios para inumeras especies da vida marinha, além de ser campos de caça de peixes de todos os tamanhos, desde cardumes de Sauna a solitários tubarões que procuram por presas nos estuários, o mangue é um verdadeiro viveiro de vida. Entretanto o mangue também esta associado a pobreza no incosciênte coletivo da cidade, já que muitas favelas se formam as beiras dos rios e manguezais, pois ninguem deseja morar nas proximidades dessas regiões desvalorizadas. Com o passar dos anos esse habitat aos poucos foi perdendo terreno para o progresso humano, a cada ano mais e mais faixas de manguezais eram aterrados para a contrução cívil, o mangue estava afundando e morrendo em agonia.
Mas alguém escutou as preces de socorro do mangue, uma alcatéia de Aqueles que Caçam nas Trevas são atraidos para as pradarias espirituais dos bairros, na epoca ainda em construção, do Pina e Boa Viagem. Lá eles presenciam a quase total degradação da sombra do habitat, antes um território saudavel, agora parecia um cemitéio de peixes, carangueijos e outros animais da fauna e flora do habitat. A alcatéia não poderia permitir que uma região tão importante do ponto de vista tanto material quanto espiritual fosse destruida daquela maneira, algo precisava ser feito.
É exatamente o que a alcatéia Lobos da Lama se propõe a fazer. A alcatéia reivindica o território da reserva ecológica Parque dos Manguezais, uma das poucas grandes regiões de manguezais bem no meio da cidade e onde esta seu maior Loci. De lá alcatéia tenta realizar a dificil missão de purificar o mangue e encontrar uma maneira de ambos os habitats, o mangue e a cidade, possam conviver em harmonia. A alcatéia faz o estilo dos primitivos urbanos, Urathas que vivem apenas do mangue, patrulhando as regiões onde o habitat ainda é saudavel, protegendo a população ribeirinha da região, a qual existem alguns parentes de sangue lupino que servem aos objetivos da alcatéia representado pelas vantagens sociais, seja como contatos, aliados ou servidor.
Apesar de urbanos a alcatéia pratica um estilo de vida sem o conforto moderno da sociedade humana considerando isso uma fraqueza. Até certo ponto a alcatéia parece um bando de mendigos e moradores de rua, que serve apenas para disfarçar a fatalidade daqueles que atravessarem seu caminho.
Totem espiritual: Caranguejo casca.
Caranguejo casca é um espirito antigo ligado a resistência e purificação, inicialmente sua função era de pouca importância para o ecosistema espiritual do manguezal, até a chegada da civilização humana e sua cidade. Quando os bairros de Boa Viagem e Pina começaram a ser construidos em meados da decada de 1950 e 1960 os terrenos de manguezal no mundo físico foram sendo aterrados. Pouco a pouco, o poder espiritual do mangue começou a minguar, os focus dos locis naturais sustentados pelo mangue foram completamente destruidos ou contaminados, o que acabou trazendo uma grande mortandade de espiritos e um exodo sem precedentes.
Mas os humanos não se contentavam apenas em destruir as partes do mangue, eles também poluiam o pouco que restava do manguezal, contaminando os espiritos com essência poluída e transformando-os em algo não natural, quebrando a delicada harmonia entre os dois mundos.
Assim como sua contraparte física, o Caranguejo é um animal que serve como reciclador, o caranguejo atua como uma especie de catador de lixo, e seu espirito também assume a mesma função. O caranguejo tem a capacidade de reciclar a essência poluída pelos dejetos humanos, seja gerada atraves de locis contaminados ou de espiritos, transformando lixo em algo que seja vantajoso para os Uratha e o território que juraram proteger.
Quando aparece o Caranguejo casca se parece com um enorme caranguejo roxo com um estranho brilho nos olhos e sempre envolto por centenas de outros caranguejos, aratús e chiés. Sua casca poderosa esta manchada de óleo, pixe e lixo, fruto de seu trabalho insessante de reciclagem da essência. A alcatéia as vezes teme que a imundice humana acabe por vencê-lo, mas a alcatéia existe para isso, para auxiliar Caranguejo casca em seus deveres sagrados e impedir para que ele seja contaminado para sempre.
Severino “Corda de Caranguejo”
Augúrio: Elodoth
Tribo: Aqueles que Caçam nas Trevas
Renome: Glória ••• Honra ••• Pureza •••• Sabedoria ••• Sagacidade ••
Antes da de decada de 1960 o bairro de Boa Viagem era apenas um grande manguezal com alguns trexos de mata atlântica isolados, praticamente não havia casas na região, salvo algumas pequenas vilas de pescadores ao longo da costa. A família do Uratha conhecido como Corda de Caranguejo vivia em uma dessas vilas.
Severino é um Uratha experiente que estava presente quando o bairro não passava de um grande manguezal com algumas casas de veraneio, ele é testemunha do crescimento frenético de Boa Viagem e sua explosão demográfica até se tornar o bairro mais populoso da cidade. Ele ainda lembra saudosamente dos velhos tempos, mas sabe que nada poderá fazer voltá-los. Talvez por saber disso ele possui um grande senso de responsabilidade com o território, respeitando a interdição de sua tribo com ferocidade, ao não permitir que nenhum local sagrado de seu território seja profanado.
O Caça nas Trevas é o alfa e o membro mais velho da alcatéia, também o mais forte. apesar da idade avançada, perto dos 80 anos, ainda possui vitalidade para enfrentar vários filhotes. Severino é um Uratha selvagem, ele raramente assume a forma Hisu, quando assume a forma parece um mendigo vestindo trapos cobertos por crustáceos com um forte odor de maré e lama, ele prefere a forma Urhan, um lobo de cor amarronzada e com as patas sempre manchadas de lama vagando nas fronteiras dos maguezais da cidade.
INFERNO VERDE
Seguindo a tradição militarista da tribo Garras de Sangue a alcatéia Inferno Verde faz jus a fama dos Suthar Anzuth. A alcatéia possui tradição militar e seus membros sempre estiveram de certa forma ligados as forças armadas. A formação original da alcatéia remonta aos conturbados dias da ditadura quando a alcatéia se reúne para derrotar uma ameaça onde hoje fica o lixão da Muribeca.
Fundado da década de 1950, o aterro sanitário enlouqueceu os espíritos da região, a concentração de dejetos e poluição atraiu uma verdadeira legião de espíritos negativos, como espíritos da doença e da poluição para a sombra local. Além das hordas de espíritos outro inimigo secular dos Uratha também é atraído para o aterro, os Beshilu.
Os Uratha só percebem o problema bem mais tarde, quando a horda de Beshilu estava bem desenvolvida, um verdadeiro exercito de Beshilu criou um inferno na sombra local roendo o dromo da área formando uma cicatriz na sombra. Espíritos negativos proliferavam, poderosos espíritos foram criados e se empanturraram de essência negativa formando verdadeiros monstros. Uma alcatéia de Garras de Sangue com tradição dentro do exercito toma a responsabilidade de acabar com a ameaça. O grupo movimenta todos seus recursos para o quartel 14RI na cidade de Jaboatão dos Guararapes, incluindo parentes de sangue lupino que também serviam nas forças armadas. A partir daquela base, a alcatéia começa a traçar seu plano de guerra. Explorando a sombra a alcatéia encontra ainda alguns espíritos guerreiros descendentes das batalhas dos Guararapes eternizadas na sombra devido a sua repercussão histórica, que se mostraram resistentes o suficiente para resistir a contaminação da cicatriz e os submeteram a servi-los como servos e aliados.
A batalha que se seguiu durou quase 10 anos, mas finalmente a alcatéia conseguiu acabar com a chusma de Beshilu, desde 1989 que nenhuma atividade Beshilu é encontrada na região, a mancha espiritual deixada devido ao aterro ainda continua, e só será erradicada quando a contraparte no mundo físico seja extinta, com o fechamento recente do aterro a tendência é que o território possa se refazer naturalmente. Hoje a alcatéia patrulha a região em busca de outras ameaças, desde espíritos fugitivos a rastros dos Beshilu, até agora nada fora encontrado e a alcatéia tem ficado de certa forma ociosa.
Apesar da orientação urbana da alcatéia o grupo mantém sua filiação muito mais pela rede de aliados assim como favores prestados por alcatéias da facção. O grupo deve alguns favores a alcatéia Martelo de Prata e mantém relações pacificas com as demais alcatéias urbanas. A alcatéia acha estúpida a rixa entre as duas facções, mas também pouca consideração tem pelas alcatéias rurais, se eles não conseguem segurar seus territórios é porque não são merecedores deles.
Totem espiritual: Gavião voraz.
Gavião voraz é um totem antigo que sempre habitou o território da alcatéia, ligado a guerra e perseverança. Segundo as lendas um gavião ilustrava o brasão de guerra das tropas luso-brasileiras que derrotaram os holandeses. O desenho do animal só foi incorporado ao brasão depois de um sonho de Henrique Dias de um gavião guiando as tropas dias antes do conflito final.
O totem é o espírito da batalha dos Guararapes e da gloriosa batalha travada pelas tropas luso-brasileiras, em sua maioria formada por ex-escravos e mulatos. O espírito evoca o brado da vitória mesmo diante de um inimigo muito mais numeroso. Ele admira a coragem e o sacrifício de seus filhos e incentiva esse comportamento, aqueles que se mostrarem covardes ou preguiçosos caem em desgraça com o guardião voraz.
Quando materializado o espírito parece um gavião enorme com uma armadura antiga protegendo o peito, de penas lustrosas e um olhar penetrante e inteligência inquietante. Ele pode ser visto voando por sobre os campos de batalha quando seus protegidos travam suas batalhas.
Arnaldo "Esmaga Ossos"
Augúrio: Rahu
Tribo: Garras de Sangue
Renome: Glória •••• Honra •• Pureza ••• Sabedoria •
Arnaldo é o instrutor de tropas do 16 batalhão de infantaria blindada do exercito brasileiro cediado no quartel 14RI no municipio de Jaboatão dos Guararapes-PE, ele é o comando supremo dentro dos limites do quartel. Ele é conhecido entre seus colegas militares como o mais brutal instrutor de todo contigente lotado no estado, e talvez até mesmo do nordeste. As tropas sob seu comando podem esperar por tortura, imolação, humilhação, exautão física e emocional e correm sério risco de vida. Entretanto aqueles que conseguem passar pelo treinamento sem desistir até o final se tornam máquinas de matar prontas para a ordem de execução.
Arnaldo Esmaga Ossos é o alfa da alcatéia Inferno Verde e também o Uratha mais experiente da alcatéia. Ele vem exercendo a função de alfa desde a morte de seu ultimo companheiro da formação original da alcatéia a prtir de 1988. Ele participou ativamente das batalhas contra os Beshilu nas decadas de 1960 e 1970 e sua alcunha tribal deriva das glórias recebidas por esse grande feito lembrado nas canções dos Cahallith. É também o ultimo membro da formaçãp original da alcatéia ainda vivo, e por isso mesmo possui um forte senso de responsabilidade com as futuras gerações da tribo. Arnaldo os treina para o pior, como se esperassem pela uma ultima batalha, incutindo na cabeça dos filhotes que uma grande conflagação esta por vir, e que eles precisam estar preparados para o pior. Arnaldo é um homem na faixa dos 50, mas bem conservado, ele esta sempre com o uniforme do exercito que sempre esta impecavel para dar o exemplo de diciplina aos mais jovens. Ele é branco, corte de cabelo militar com várias cicatrizes nos braços, rosto e tronco, assim como algumas marcas de bala. Ele ostenta essas marcas com mais orgulho que as estrelas em seu uniforme.
MARE FANTASMA
Recife é uma das cidades mais antigas do país e possui legado e história capazes encher as pratileiras de uma biblioteca. Ainda que seu passado esteja esquecido na cabeça de seus moradores, no mundo espiritual a repercurção de certos acontecimentos grandiosos como catastrofes naturas e atrocidades do homem como guerras, genocidios e outros eventos marcantes perpetrados no passado ainda ecoam na sombra. Até mesmo épocas marcantes podem ser inteiramente representadas no mundo espiritual. Desde que as marcas desses eventos ainda estejam nas lembranças das pessoas esses acontecimentos ainda possuem uma contraparte na sombra, como um Loci ou uma paisagem espiritual de acordo com o tema do acontecimento. E o passado da cidade de Recife esta farta desses tipos de eventos. A alcatéia conhecida como Maré Fantasma se ocupa desses fenomenos e desses espiritos edêmicos, muitas vezes negativos, na sombra e extrai conhecimento e poder deles.
A alcatéia é um verdadeiro reservatório de conhecimento, eles catalogam os eventos mais importantes e marcantes que moldaram a sombra espiritual da cidade e como esses fenomenos afetam o comportamento dos espiritos. Além de registrar a herança da cidade, a alcatéia também se ocupa dos espiritos desses eventos que perduram na sombra.
A alcatéia guarda o território as margens do riu capibaribe no bairro da Imbiribeira e Afogados. Um voraz espirito elemental jaz no fundo riu em sua contra parte espiritual e um poderoso Loci foi formado na região, as histórias de escravos sendo puxados para a morte no fundo do riu podem ser obra desse espirito obscuro. A alcatéia cuida hoje para que apenas seus inimigos sejam tragados pela fome do espirito, e de certa forma aplcam sua ira. Politicamente a alcatéia se mantém o mais distante possivel das rixas entre ruralistas e alcatéias urbanas, seus territórios estão bem distante das fronteiras entre as duas facções de modo que eles não se preocupam muito em serem atacados. A alcatéia possui uma forte aliança com a alcatéia Lobos da Lama, e muitas vezes é comum as alcatéias acolherem filhotes umas das outras para dar continuidade a aliança formada.
Totem espiritual: Nanã das aguás negras.
O Totem da alcatéia é uma criatura misteriosa e poderosa ligado a poderosos elementais da água que habitam o trexo sinuoso do riu Capibaribe entre Afogados e o Centro do Recife. O espirito esta associado as águas do riu, na verdade é a água do riu, hoje poluído e deserto. Dizem as lendas que no periudo colonial era comum afogamentos na área, até mesmo peixes e animais marinhos mortos eram encontrados em profusão no treixo do riu, era como se fossem alí para morrerem. A alcatéia Maré Fantasma percebeu a ressonância ligada a morte no local, e fizeram um acordo com o espirito, de vez em quando aplacando sua ira com um sacrificio.
Apesar do tema macabro do espirito a alcatéia tira muito proveito do espirito que colhe as lembranças daqueles que já passaram para o outro lado. A associação do espirito com dons da morte é clara. Iemanjá Negra também é um espirito ligado as cortes de espiritos associados as religiões africanas.