2 - Crescimento, Revoluções, Fé e Poesia
Diante dos membros fundadores da cidade e de outros poucos oriundos do crescimento, em reunião ela proclamou-se Príncipe e Sacerdotisa dos preceitos de Longinus para a cidade. Anunciou parte de sua visão como a prova da inocência de Marcos e Antônio, e também fezsaber que a cidade estava marcada por forças superiores destinadas a receber os vampiros em um novo caminho para seus réquiens.
Mesmo que contestada abertamente pelo soberano de Sabará, Carolina demonstrou que suas habilidades e potencia não foram diminuídas pela conversão. Todos puderam sentir que nem mesmo Antônio seria capaz de encarar o poder que corria no sangue da antiga caçadora.
E para que não houvesse dúvidas, as cidades antigas e vizinhas a Belo Horizonte como Sabará, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Betim e Contagem seriam todas submissas à Corte, tratadas não como principados, mas como baronatos cedidos segundo os princípios da visão por ela vislumbrada.
Antônio e Marcos foram aceitos na primogenitura, e com punhos cerrados aceitaram que a visão era o melhor para a cidade, tratando de se encastelar em regiões definidas como refúgios, onde nenhum outro membro poderia se sentir seguro se não tivesse que aceita-los como seus senhores.
Os próximos 20 abriram feridas amargas no cenários dos vampiros, enquanto a cidade crescia também nas artes, em revoltas e greves dos novos trabalhadores e culminou com o surgimentos de novas idéias e desejos.
Marcos ganhou e perdeu com o crescimento e viu sua influencia entre os mortais se dividir com alguns Daevas mais habilidosos com a nova arte que tomava a cidade. Antônio aproveitou para escolher uma cria chamada Thales a quem esperava tentar influenciar os crescentes bairros da periferia e as cidades vizinhas.
A corte de Belo Horizonte cresceria marcada pelos cultos religiosos do Lancea Sanctum, os vínculos de poder dos Invictus ou a influencia entre os novatos do Movimento Movimento Carthiano, todos simbolizados e idealizados pela trindade Carolina, Marcos e Antônio. Cada membro deveria escolher uma afiliação caso tivesse interesse de proteção para seus refúgios, que nada mais seriam do que concessões oferecidas pelos três.
A união escondia rachaduras que cresciam entre eles enquanto a cidade tomava palco no cenário nacional, cada novo movimento da cidade encontrava um toque dos seus influentes vampiros.
Como um reflexo do fim da I Guerra Mundial, em 1918, a indústria de Belo Horizonte ganhou impulso na década de vinte. Os serviços urbanos foram ampliados para atender a uma população sempre crescente. Parecia, finalmente, que a modernidade tinha chegado à Capital.
A Revolução de 3 de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, também marcou a história da cidade. Tomada de surpresa, a população assistiu à troca de tiros entre revolucionários e as forças federais, no cerco ao Quartel do 12º RI. Nos anos seguintes, a ditadura do Estado Novo traria o fechamento do Poder Legislativo, o controle da imprensa e o clima tenso da repressão. Como conseqüência da política de modernização da economia implantada por Vargas, as bases para o desenvolvimento industrial da cidade foram lançadas, criando-se a zona industrial de Belo Horizonte.
Dois acontecimentos importantes na década foram o 2º Congresso Eucarístico Nacional, em 1936, que reuniu milhares de católicos na Praça Raul Soares, e a Exposição de Arte Moderna, no mesmo ano.