4 - O progresso avança pela cidade
Mas, não foi somente o desenvolvimento econômico que modificou a rotina de Belo Horizonte. A instauração da ditadura militar, após o Golpe de 64, também levou a população às ruas. Primeiro foram as mulheres católicas que com seus terços em punho, apoiaram o “movimento que nos livrara do perigo comunista”. A manifestação foi denominada a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Mais tarde, vieram os estudantes dessa vez, protestando contra a falta de liberdade, o desrespeito aos direitos humanos e constitucionais. Inúmeras vezes, a Praça Sete assistiu à multidão ser dispersada com bombas e a prisão de manifestantes. Em 1978, seria a vez da campanha pela anistia dos presos políticos mobilizar os belo-horizontinos.
Os mortais haviam criado um cenário que mesmo a danse macabre dos membros não conseguia acompanhar. Uma época de divergências e conflitos aprofundou inimizades e acusações entre si. Alguns novos membros surgiram sem a devida permissão e a muitos tiveram que ser caçados e condenados ao topor involuntário, principalmente nas regiões mais pobres.
A corte precisava de controle maior. Marcos aproveitou para influência sua visão de que o poder necessitava de novos coordenadores. O romantismo e a fé deveriam ceder lugar ao pragmatismo. Sua sede poder tornou-se evidente quando Carolina precisou deixar a cidade e ir a Ouro Preto em retiro espiritual. Marcos era o novo Príncipe, mesmo que o título não tivesse sido efetivamente entregue ao Invictus.
Os Carthianos se viram perseguidos e suas regiões de influência diminuíram. Mesmo um suposto levante dos Barões das cidades vizinhas foi contido com habilidade. Não havia duvidas que caso Carolina não retorna-se de Ouro Preto, Marcos teria poder direto sobre os membros. Ele havia se preparado todos estes anos e não era mais um novato inexperiente.