Parte 2 - História de Belo Horizonte
Durante o apogeu do ouro e da colônia em Minas Gerais, a capital do Estado foi Ouro Preto, símbolo do colonialismo e mais tarde uma cidade sem possibilidades de abraçar os ideais Republicanos que clamavam por modernidade e poder.
A mudança da capital seguiu então anseios crescentes das inúmeras disputas políticas que alcançavam a região de Minas Gerais. A Proclamação da Republica e o decréscimo de Ouro Preto consolidaram a mudança. O local escolhido foi o Curral Del Rei, uma fazenda fundada em 1701 que fez crescer ao seu redor um arraial, que na época estava também em declínio e que se alegrou com a noticia: era a modernização que a família de cerca de 4 mil habitantes esperava alcançar para prosperar.
Contudo, a construção de Belo Horizonte não seguiu o planejamento idealizado nos papéis e muitos dos receptivos habitantes tiveram que se mudar à força do local onde seria o centro da cidade, indo morar sem dinheiro nos subúrbios distantes.
Belo Horizonte foi inaugurada às pressas, estando ainda inacabada. Os operários, aglomerados em meio às obras, não foram retirados e, sem lugar para ficar, assim como os belo-horizontinos, formaram favelas na periferia da cidade. A primeira, a do Leitão, ficava nas proximidades do atual Instituto de Educação, em plena Avenida Afonso Pena. Essa massa de trabalhadores que não eram considerados cidadãos legítimos de Belo Horizonte revelava o grau de injustiça social existente nos primeiros anos de vida da cidade, cuja inauguração data de 12 de Dezembro de 1897.