Um Conto de Natal Assombrado
A penumbra da noite já chegara e João foi se deitar, era véspera de natal. João nunca acreditou em Papai Noel e em nada que o natal tratava, sabia que poderia se comportar de qualquer modo que seus pais corujas dariam vários presentes. Mas nessa noite aconteceu algo diferente:
João queria passar a noite em claro para assistir um programa na televisão, passou várias horas no sofá mudando os canais para o tempo passar até chegar no horário do seu programa tão esperado. Já era próximo das 11h, quando ele ouviu um barulho. Ele então se levantou vagarosamente e olhou pela janela, não conseguia ver nada. De repente outro barulho vindo do andar de cima da casa, não sabia se subira e via o que era ou se ele ligava pra policia e se escondia.
O barulho estava mais alto, e de muito se concentrar para localizar o som, descobriu que o som vinha da chaminé. Não acreditou no que estava acontecendo, imaginando que fosse um ladrão pegou uma faca de mesa e se escondeu próximo da escada.
Não era o ladrão imaginado, mas sim, Papai Noel. Diferente que vira em imagens e propagandas ele usava um casaco imenso de pele de urso polar, as únicas coisas vermelhas eram manchas no casaco parecendo ponche derramado ou então sangue. Ele era tão gordo como eu imaginava, uma coisa que me perturbava era como ele tinha passado pela estreita chaminé.
Ele pegou um dos biscoitos de chocolate em cima da mesa e virou então o rosto para João. Ele se aproximava devagar saboreando o biscoito da mãe do garoto. Não queria gritar, ele era Papai Noel, não queria assustá-lo, além de que ninguém acreditaria que João tinha o visto pessoalmente.
- Você é João Pereira de Vasconcelos? - Ele perguntou
Ele percebeu varias coisas diferentes depois que ele se aproximava, seu rosto era muito velho, mas tinha poucas rugas. Sua sacola que imaginara cheia estava completamente vazia.
- Você é João Pereira de Vasconcelos? - Ele perguntou novamente
- Sim senhor! Sou! Algum presente para mim? - Perguntei animado
Nesse mesmo momento como um relâmpago, agarrou João colocando dentro da sacola tampando sua boca com um esparadrapo. João se rebatia, mas não conseguia se soltar, o que Papai Noel queria com ele era uma duvida.
Alguns minutos depois do Papai colocá-lo no seu trenó e voar pelo céu gelado, Noel parou e abriu a sacola. Estavam num lugar congelado onde não avistava nada no horizonte, apenas uma fabrica, a conhecida fabrica de brinquedos do que estava em pedaços, à ferrugem estavam todos à amostra, vários metros de lixo podiam ver ao redor.
João foi lançado num salão onde havia varias crianças trabalhando como escravas na criação de brinquedos mais ao longe davam para ver crianças presas num tronco levando várias chicotadas em suas costas. Outras crianças tinham olhos e bocas costuradas para não poderem ver ou falar.
João foi colocado para trabalhar, tinha que criar presentes para as crianças boas. Enquanto trabalhava, chorava de mágoa com saudades de sua família. Passara mais de semana e ele continuava a trabalhar de modo continuo sem descanso. Quando seu corpo não resistia mais ficar em pé, levou várias chicotadas e era forçado a voltar no trabalho.
A dor, a fraqueza e a mágoa cansavam João, arrancando todas suas forças, mas o espírito de vingança reinava no seu coração. Sabia que não tinha como derrotar-los numa briga. Mesmo que todas as crianças aprisionadas também ajudassem, não seria fácil a vitoria.
Decidiu então fugir.
Na primeira oportunidade, quando todos ficaram atentos numa criança que caíra de cansaço, ele correu. Correu rápido, saiu do castelo, mas perceberam sua fuga. A perseguição começava e João corria gastando todas as forças que sobrava para fugir. Ele avista uma floresta densa e corre em sua direção.
A floresta era escura e cheia de espinhos que rasgavam sua pele enquanto fugia. Sabia que não poderia parar, além de seu corpo não estar agüentando muito esforço. Finalmente, após alguns minutos de fuga, avistou uma luz forte de um poste, e com o último fôlego sobrando correu até a luz.
Pulou para fora da floresta todo ensangüentado, demorou alguns segundos para reconhecer onde estava. Por incrível que pareça, não era longe da sua casa. Estava perto da casa de um amigo, chamado Carlos. Decidiu, ao invés de ir para casa, se abrigar um pouco na residência de seu amigo.
Ele tocava a campainha rapidamente até então aparecer seu amigo.
- Carlos, me ajude. Você não vai acreditar o que houve comigo. Você tem que me ajudar!
- Calma meu amigo! Primeiro, antes de eu te ajudar. Quem é você e como você sabe o meu nome?
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