Cap. 1 Who we are Tonight - Covenants - Coalizões Extintas pags. 50 até 51 Traduzido

por Czar_Tebas em

Coalizões Extintas

Coalizões ascendem e caem ocasionalmente. Elas o têm feito desde a Camarilla, a primeira e indiscutivelmente maior de todas as coalizões, esfacelada há mais de 16 séculos. Da própria Camarilla pouco pode-se dizer. Ela sobrevive nos Invictus e na Lancea Sanctum que a destruíram.

Poucas coalizões sobrevivem mais que alguns séculos. Para todos os efeitos elas desapareceram, entretanto seus vestígios sobrevivem. Os horrores que deixaram para trás ainda podem ter importância para um neófito curioso ou azarado, mesmo atualmente. Algumas coalizões existem como rumores; e enquanto provas contundentes de sua existência forem relativamente fáceis de encontrar, será que ainda existem?

Espere que o encontrem e talvez você possa descobrir.


A Legião dos Mortos

A Legião dos Mortos se originou na Camarilla. Esse governo vampírico se dissolveu e a maior parte da ala militar ingressou na Lancea e mais tarde ao Invictus. Mas a Legião, o Batalhão Impiedoso, continuou existindo separadamente. Ele era uma besta muito diferente, um grupo de mercenários sanguinários, assassinos e homicidas que prosperaram durante o turbilhão da Idade Média. No século IX, o Batalhão Impiedoso acreditava novamente em “lucro ou morte”.

Trabalhar para o melhor pagador trazia seus riscos; depois de muitas traições, reviravoltas e subornos recebidos, a confiança adquirida desapareceu. A Legião dos Mortos, um a um, foi sendo eliminada. No século XII, todos tinham ido embora.

Mesmo hoje, ainda podem ser encontradas peças de seu legado em museus: uma espada milenar, milagrosamente conservada, mas carregando uma famosa maldição; uma armadura enferrujada escondida em um cofre, assombrada pelas vítimas enfurecidas de seu usuário; uma botija de moedas amaldiçoadas, abandonadas pelos gananciosos membros da Legião dos Mortos, apenas esperando para serem encontradas e liberar seus horrores sobre os mortos que ainda cobiçam sangue, glória e riqueza.
 

Os Mensageiros Enforcados (Gallows Post)
 
De certa maneira, a Baixa Idade Média foi uma época de ouro para os mortos. As pragas e guerras devastaram a Europa e o norte da África. As pessoas se escondiam na escuridão, em suas comunidades, dificilmente viajando de qualquer forma. As rotas e locais desconhecidos na Europa se tornaram lugares perigosos; histórias de coisas terríveis que assombravam os caminhos solitários do Norte eram comuns. A verdade estava no grupo espontaneamente criado que acabaria por ser chamado os Mensageiros Enforcados, criaturas que se banqueteavam com a Vitae de viajantes solitários. Por um preço, arranjavam passagem segura para outros mortos, mantendo refúgios secretos longe da civilização, onde os Membros podiam passar o dia. Foram os Enforcados que garantiram as linhas de comunicação que fizeram a existências das coalizões possível.

Na medida em que o mundo dos vivos se tornava cada vez mais aberto, as rotas se tornaram mais fáceis atravessar, as fronteiras se tornaram menos incipientes e protegidas de maneira mais efetiva, o mundo dos Membros se fechou; e se ficou mais difícil para os mortos viajarem. Depois de atingir seu pico no século XVI, os Enforcados diminuíram lentamente. O último Mensageiro encontrou a Morte Final em 1892.

Ainda assim, para aqueles que conhecem os sinais e fórmulas antigas, lugares secretos na natureza seguem existindo onde os Enforcados deixavam os mortos descansarem durante seus viagens. Mas quem sabe o que mais espera por lá?


A Cruzada das Crianças

Os Membros – aqueles com algum resquício restante de consciência humana – receiam abraçar os realmente inocentes. Este nem sempre foi o caso. Por quase 500 anos, entre os séculos XII e XVIII, o Abraço de crianças era um domínio exclusivo da Cruzada das Crianças; e reciprocamente, qualquer criança Abraçada, o Primeiro e Segundo Estados em muitos domínios ordenavam elas fossem colocadas aos cuidados da Cruzada.

Uma criança que se transforma em monstro é uma coisa terrível, negando-lhe o direito de crescer, e muito provavelmente que careça da maturidade necessária para enfrentar os horrores físicos e espirituais da condição vampírica. Estas crianças mortas se encarregavam dos seus, caçando seus irmão e irmãs que caíram na loucura com uma terrível alegria cantante. Mas depois de um tempo se tornou evidente para o Invictus e a Lancea Sanctum de várias cidades que a Cruzada das Crianças era corrupta de uma forma que os monstros adultos não conseguia entender completamente. A Cruzada escondia os crimes das crianças mortas enlouquecidas que compunham suas fileiras. As crianças haviam feitos acordos com as Corujas.

Caçadas ocorreram. Coisas terríveis foram feitas. A Cruzada das Crianças se foi – fora algumas lembranças desvanecidas dos Membros mais antigos, um punhado de cartas, um único livro publicado sobe encomenda no século IXX. Mas algumas não se foram para sempre. Algumas, apenas algumas, ainda dormem em lugares ocultos: sótãos perdidos, esgotos, cavernas. E se estas criaturas despertarem, estas terríveis e trágicas crianças-demônio poderiam voltar e tentar, uma por uma, reconstruir suas tradições e começar a Cruzada das Crianças mais uma vez.


O Décimo Coro

Se o Décimo Coro existiu além das lendas sussurradas, histórias espalhadas pelo boca-a-boca e negadas por alguns dos Santificados com uma veemência que beira o exagero, poucas evidências restaram.

Elisabeta, a Freira da Peste, as vezes conta a história de uma fraternidade de vampiros que acreditavam antigamente quando vivos, fome em morte era uma maldição de Deus, eles deveriam se vingar do divino.  Entre os séculos XVII e XX, o Coro desenvolveu um sistema de magia sanguínea para interagir com anjos e demônios. Eles beberam o sangue dos anjos. Tentaram matar Deus. Uma história contada a um neófito por Efrain Tench, a Besta de Uttoxeter, descreve como um vampiro Abraçou um anjo. Ou se tornou um anjo bebedor de sangue (a memória de Efrain não é mais a mesma). Isto foi simbólico? Será que os membros do Décimo Coro se tratavam de uma metáfora? Será que o Décimo Coro existe em cada um?

O último que já ouviu falar sobre o Décimo Coro estava no Bombardeio de Londres.

Se um diário ou grimório viessem a tona, contendo os planos e conquistas destes defuntos blasfemos, o quanto valeriam a pena? Quem - ou o quê - não pararia de modo algum na intensão de recuperá-los?   

Será que o Décimo Coro ainda existe?

Revisado por Br86