Cap. 1 Who we are Tonight - Covenants - O Circulo da Anciã pags. 35 até 37 Traduzido

por Czar_Tebas em

O Círculo da Anciã

A Armada da Mãe

 

A perseguição traz consigo uma sensação de euforia, uma espécie de selvagem, alegria feroz. Posso sentir a luz da lua filtrando-se através das folhas na minha pele. Posso escutar os animais indo silenciosamente perto do local. Posso sentir meu hálito quente, respiração pesada entre arfadas pesadas – uma respiração inútil, um ato reflexo, alguma lembrança de quando eu era vivo, como se a besta da qual eu evolui pudesse voltar depois de morrer, depois de deixar de ser humano. Posso sentir meu ardente sangue, as pontas dos meus afiados dentes na língua. E o medo, também. O sentimento de medo absoluto, a sensação de perigo, de que qualquer um de nós pode acabar completamente destruídos, ser a próxima vítima de uma coisa interna.

 

É maravilhoso.

 

Quase caio no buraco, tropecei em uma raiz, mas aterrisso com as mãos estendidas.  Nossa presa caiu, a raiz claramente o prendeu. Ele está chorando como uma criança. Sua perna está em uma posição bizarra e seu medo é grande demais para perceber a dor. Posso ver os demais chegarem pelo canto do olho. Mas, esta é minha primeira caçada e o que vai acontecer agora é minha decisão.

 

Ele se virou, e está pedindo misericórdia. Está falando: “eu não queria dizer isso, por favor, não quis dizer isso”. Em realidade não acredito nisso, não acredito no que sou, ainda agora. O piercing no seu nariz foi arrancado e o sangue flui até sua boca. O odeio tanto. Estou disfrutando da sensação da respiração. Entre soluços ele diz: “eu me arrependo, você não está fingindo, eis real. Por favor, não o faças, por favor, não o faças”.

 

Eu rio. “Querias o negócio real. Querias a Deusa? Aqui está. E tem fome”.

 

Os outros no meu entorno começam a cantar, não uma velha canção, mas soam velhas.

 

Ninguém vai escutar você gritar.

 

Porque unir-se ao Círculo da Anciã: você acredita que é forte. Você quer que as coisas mudem de novo, a um tempo menos estruturado. Você acredita em uma distinção entre espiritualidade e religião. Você acredita que se você vai ser um monstro, é melhor que o faça corretamente. Você teme que não aja um lugar no futuro para você.

 

O panorama: os vampiros nas outras coalizões tentam esconder sua natureza monstruosa atrás de camadas de autocontrole, ou fogo infernal da religião, amabilidade ou fogo ideológico. Mas os vampiros do Círculo são bestas uivantes que andam em sangrentas alcateias. Nas outras coalizões, os mortos tentam se agarrar em religiões e ideologias, mantendo hierarquias e sistemas rígidos de controle. Os Acólitos acreditam que devem mudar. Outras coalizões acreditam que ser um monstro é para realizar a vontade de Deus, ou ter poder, ou estudar segredos escuros. Mas a Armada da Mãe se fazem monstros, pois é assim que são.

 

Os membros do Círculo poderiam chama-se pagãos. São os vampiros que vem a maldição como algo mais – uma benção dada aos fortes, sobreviventes. São parte da natureza. São monstros, já que as coisas são assim.

 

E os seres naturais evoluem e se desenvolvem. A Ordo Dracul acredita que o vampiro deve se converter em outro tipo de monstro. Os Santificados forçam os Membros para subjugar seus próprios sentimentos e afligi-los a humanidade. Mas os Acólitos acreditam que ambas crenças são restritivas e a única maneira de disfrutar verdadeiramente da monstruosidade é deixar todas as restrições atrás.

 

Não é impostos uma teologia estruturada sobre os membros e aliados. De fato, eles causariam a Morte Final de qualquer um que tentasse. O Círculo é mais conveniente como uma bandeira na qual diversos grupos com práticas e crenças diversas se reúnem em oposição as coalizões mais monolíticas. Em outras circunstancias seriam inimigos, mas estes grupos reconhecem seus pontos em comum em frente a oposição em comum. Isoladamente esses grupos teriam se destruído, mas o Círculo ainda pode acabar destruído, mas levará seus inimigos gritando.

 

As crenças dos membros vão desde antigos aos modernos. Dentro da coalizão os segredos e magia são livremente trocados, mas forasteiros são mantidos no escuro. Nenhum deles é de religião ou misticismo humanos; cada um deles um reflexo escuro das suas superstições. Tem sido criadas uma caótica, síntese livre de crenças contraditórias e um sistema de magia do sangue que se espalhou pelo mundo ocidental.

 

De onde viemos: sempre houve vampiros pagãos, ou que mantem suas crenças autóctones de suas vidas. O Círculo da Anciã, nasceu a duzentos anos atrás. Várias coteries da Escócia e Irlanda foram empurradas para quase extinção, cansados de ver seus amigos e aliados converter-se a Lancea et Sanctum através do controle mental e Vinculum. Eles se organizaram o melhor possível e venceram algumas lutas. Rapidamente espalharam a notícia pela Europa Ocidental e as Américas, onde vampiros das minorias indígenas e escravo se apressaram a levar suas vozes a coalizão. O Primeiro e Segundo Estado não estavam preparados para a violência da coalizão. Vários príncipes foram reduzidos a cinzas em poucas décadas, os Acólitos trouxeram sangue, fogo e a ira dos mortos, mostrando aos monstros a verdadeira monstruosidade. Liderados por uma sucessão de autoproclamadas Deusas-Mães, a coalizão se estendeu pela sociedade dos mortos, não unificando os pagãos, e sim unindo-os baixo um nome e proposito comum.

 

Desde o início o Círculo serviu de local de encontro de hereges. Pouco utilizada, a Cacofonia mas com uma facilidade, compensando a falta de organização e ideologia formal com sua velocidade de comunicação.

 

Foi sem dúvida nosso domínio na Cacofonia que permitiu a formulação da Cruac. Mesmo que o nome que demos a nossa magia de sangue seja em gálico, nós a desenvolvemos como nos comunicávamos, tecendo uma síntese de magia de sangue, alguns antigos e outros novos. De todas as formas de magia praticada pelos Membros, ela é a mais livre e a com maior possibilidade de mudança.

 

Mudança é a chave, as vezes é violenta, as vezes pessoal, mas sempre constante. As coisas devem mudar, para o novo viver aquilo que é velho deve ser derrubado, com sangue e fogo. E isso significa que a coalizão deve mudar e mudança constante. Mas o Círculo da Anciã, apesar com o nome arcaico, aceita só a evolução ou destruição – e se a destruição é o caminho, não vai estar sozinho.

 

Nossas praticas: é difícil definir suas práticas como genéricas. Nossos rituais são únicos de acordo com nossos países de origem, uma mistura do velho e novo; cada cerimonia muda constantemente e podem variar noite após noite. Dançamos nus, corremos na caçada selvagem, nas fogueiras rituais (arriscado para os mortos) e realizam sacrifícios de sangue. As vezes sacrifícios humanos, as vezes estrangulamentos, apunhalados, as vezes sufocados. Não é tão comum como certas coalizões pensam, mas acontecem.

 

A maioria de nós temos algum tipo de relação com cultos humanos. Os membros dos cultos são as vezes tolos, atraídos por promessas e fascínios – do vampiro enganador. As vezes transformados em serventes voluntários pelo Vinculum em falsas cerimonias pagas, eles se tornam eficientes e dispostos servos. Reclutam e trazem dinheiro, normalmente nos relacionamos com os negócios de nossos rebanhos, pois os benefícios que recebemos. Agentes humanos podem ir a lugares e fazer coisas que não podemos, mas sempre são substituíveis.

 

Somos o menos numerosos das coalizões (exceto talvez a Ordo Dracul), nos existimos as vezes em um estado de guerra aberta, as vezes não declarada contra as coalizões mais consolidados e hierárquicos. Precisamos de toda a ajuda que possamos (a ajuda saiba ou não).  O Círculo tem somente seu desejo de mudança, e nossa necessidade de sermos melhores.

 

Entre as mais poderosas ferramenta temos a Cruac, nossa magia de sangue; que é flexível e em constante mudança, mas não para aqueles sem remorsos na consciência. Dividimos a Cruac livremente entre nossos membros, mas os guardamos ciumentamente e ferozmente nossos segredos de estranhos.

 

Alcunha: Os Acólitos (na coalizão, de forma formal); a Armada da Mãe (dentro da coalizão, forma informal); as Bruxas (depreciativo).

 

Conceitos: garota de motim, matriarca da classe trabalhadora, ativista dos direitos indígenas, ocultista rico, swinger libertino, entusiasta da modificação de corpo, sacerdote de vodu, bruxa de biblioteca.

 

Quando estamos no poder: de todas as coalizões nos controlamos menos domínios, só a Ordo Dracul controla menos. Isso se deve que quando temos o poder, a sociedade vampírica se torna livre para todos. Um domínio Acólito não há lugar para os fracos ou apreensivos. “Faças o que queiras” se torna a lei e com ela vem ou a perfeição da sociedade vampírica ou a dissolução completa dela com uma Darwiniana violência: menos anarquia e mais lei do forte ou qualquer pretensa civilização. Enquanto as outras coalizões criam desculpas de sua brutalidade, o Círculo usa sua liberdade para destruir aqueles que ultrapassam a linha. O que é ultrapassar a linha pode variar de noite para noite.

 

Quando estamos em problemas: quando acurralados ou perseguidos e sofremos uma peculiar mudança. Mesmo que não organizados fechamos nossas fileiras, convertendo-nos em mais reservados e de alguma maneira rigidamente organizados. Contra a parede realizamos atos extravagantes e de violência brutal contra aqueles que os oprimem.