Clã Daeva Traduzido

por Czar_Tebas em

Daeva

Aqueles por quem você morre.

 Algo morto se aproxima. Ele é perigoso. Não porque é forte – e ele tem uma força profana. Não por que é veloz – e, por Cristo, como é rápido. Ele é perigoso porque a presa vê algo belo nele. A presa quer ser devorada. Essas coisas mortas se movimentam tão fascinantes como a bioluminescência na escuridão. Eles são o reflexo distorcido. Eles são o orbe que brilha intensamente no extremo do pedúnculo, com uma boca cheia de presas.

 

Eles são os Daeva.

Os Daeva são puro encanto e objetificação. Encarnam o horror social vampírico, pois exploram as paixões mortais para se alimentarem. Eles não se escondem e sim se vestem nas imagens que construímos de beleza e encanto. Eles são as coisas que queremos ser e foder.

As Serpentes surgiram do musgo pegajoso do mundo antigo. As marés dos rios inundavam os vales abertos com espumas de fertilidade. As noites antigas pulsavam com a música dos templos. Sacerdotes e sacerdotisas praticavam suas artes de amor como tributo - comunhão de bocetas e paus. Não existia diferença entre Deus e demônio ou sexo e adoração. Neste ambiante a maldição dos Daeva foi gerada. Eles se deleitavam com que o tempo e o lugar onde os deuses agiam para infligir tormentos diretamente. Mas o mundo girou.  E o paradigma de divindade também foi alterado. Quando já não podiam ser deuses, os Daeva se tornaram Súcubos e Íncubos. O mundo mudou de novo. Nas noites atuais, quando já não é prático para ser um demônio, os Daeva se tornaram zeitgeists. Eles são a personificação das futuras tendências.

 "Eu vou resistir amanhã”.

Quem somos? (achei que era apropriado acrescentar esse subtítulo)

Veja a rainha do baile. Uma jovem Dama Branca. Ela vaga de festa em festa, um mito urbano na corte adolescente. Ao final da noite, ela escolhe alguém de sorte para ser o seu Rei ou co-rainha. Ela poderia ser uma alegoria dos perigos e da angustia juvenil sobre o desejo sexual... se estivesse preocupada com tais coisas abstratas. Seu vestido está coberto de Scotchgard.(é um produto especifico, não achei nada que pudesse dar o mesmo sentido)

Veja o poeta byroniano. Ele aparece no final das noites de recitais abertos e palestras para escritores. É um turbilhão de cheiros, de cafés queimados, meios sorrisos e perverso encanto. Ele sempre sabe o que dizer. A crítica certa ou aquilo que derrete seu bloqueio criativo. Quando ele diz que você tem potencial, todas as dúvidas somem. Você é um artista! Mas a insegurança retorna sempre que ele está longe. Você teme decepciona-lo.

Veja o espectro das redes sociais. Ele navega nas águas ricas em nutrientes dos anúncios pessoais e sites de encontro. É capaz de encontrar uma gota de desespero há grandes distancias de uma tela a outra. Usa os nomes de usuários como mascaras. Cansado de usar sua influência sobrenatural nas vizinhanças, ele agora obtém essas reações com palavras ao longe. Sempre existe quem precisa ler o que ele escreve. Inevitavelmente encontros ocorrem e, quem percebe outro perfil inativo na internet?

Veja o panteão. Como chegou na sala VIP? Tudo é surrealista. Atordoado. Nostalgia coça como um membro fantasma. Todos os rostos vagamente familiares. Não pessoas. Arquétipos. Rostos em propagandas de revistas, populares e outdoor de mais de um século. Quando parou a música? O Malboro Man, A American Dreamgirl, Rosie a Riveter e o olhar deles está em você, imóvel e eterno.

Deixe os outros clãs se esconderem e correrem. Os Daeva se exibem através da sua condenação. Eles tem dançado através dos séculos, sendo a celestial Madonna e a vadia de Babilônia. A única coisa que mais queremos é a coisa que mais evitamos. Eles são os predadores perfeitos. Eles são os exemplos. Apenas fica cada vez mais difícil se satisfazer. Estímulo enche o vazio temporariamente, mas também o corrói, tornando cada vez mais amplo. No entanto, as Serpentes nunca vão para de se esforçar. They know that if you’re not the one doing, then you’re the one being done. The Daeva are never done. (não encontrei uma tradução adequada para esse trecho)

 Por que ser um de nós?

Você se move assombrosamente rápido. Você pode ir a todas as melhores festas, mesmo que isso signifique ser um carismático líder de uma seita, uma estrela de rock, ou um fudido Bruce Wayne. Você terá poder sobre aqueles que te rejeitaram em vida.  Você não precisa pegar algo que deseja, pois todos estão encantados em ajuda-lhe. Mas ainda pode pega-lo se desejar. E saber que você pode vencer alguém só com as mãos é tudo o que importa.

 Por que você deve nos temer?

 As Serpentes oferecem tudo o que vc deseja, mas o mal é o que realmente te entregam. Teve uma separação difícil? Precisa de um ombro para chorar? Os Daeva lhe oferecem um. Desesperada para pegar aquele cara com o cabelo comprido? Ele vai dormir com você, não se preocupe. Tudo que eles querem em troca é colocar os dentes em seu pescoço. Os Daeva controlam uma das pedras fundamentais da miséria humana: o desejo e a maldição do vazio de conseguir aquilo que uma vez desejamos.

 Por que devemos temer a nós mesmos?

Como as pessoas que caçam sexo, deliberadamente excluindo o amor, os Daeva são intensamente guiados por sua obstinação. Eles perseguem coisas que fazem com que se sintam vivos (sangue, sexo, comida que eles têm de vomitar mais tarde) à custa das coisas que dão ás pessoas vida, significado e felicidade estável. Deuses não deveriam invejar seus adoradores.

 Origens do Clã

 ·         Inanna, deusa da guerra, assassinou sua serva Lilith – chamada de Estranha, de Desprezada e de Serpente do Éden. Então Inanna conheceu o pesar. Ela resgatou Lilith de volta do submundo das corujas. Porem há quem diga que esse ato teve um preço. E em seu plutoniano sono, a progênie de Lilith pode ouvir o guinchar das corujas: “Estamos em débito. Estamos chegando”.  “We are owed. We are coming.” (sugestão de uma tradução melhor?)

·         A Praga da Dança se espalhou pela Europa durante séculos. Há documentação mais que comprovada: relatórios oficiais e depoimentos de cirurgiões, sacerdotes e magistrados. O contágio se espalhava por vetores desconhecidos. Um dançarino em breve tornava-se dezenas e depois centenas. Eles dançaram por dias, até que atingiram o colapso em êxtase. Alguns dançaram até que suas costelas se quebrarem. Outros dançavam morrerem de exaustão ou parada cardíaca. Durante todo o processo , gritavam, riam ou choravam. Alguns cantavam. Testemunhas falavam de um estranho usando um traje colorido e carregando bastões de madeira. Alguns desfilaram nus, fazendo gestos obscenos e até mesmo tendo relações sexuais no meio das ruas. Alguns reagiam violentamente á cor vermelha e a sapatos pontudos. Alguns falavam que tinham sido mordidos e que a doença se espalhava pelo sangue. O clero realizou exorcismos. Médicos fizeram sangrias em pacientes. Histeria em massa? Envenenamento por ferro? Uma aldeia clamou ter sofrido cerca de 50 fatalidades, mas eles não contaram os corpos que continuaram a dançar após a morte. Eles não ouviram a batida febril vinda das covas rasas. Há uma mulher em um monastério nos arredores de Estramburgo. A cor vermelha a deixa excitada. Ela tem dançado desde 1518.

·         Era uma vez em uma meia-noite sombria uma princesa- de pele alva como a neve, a mais justa sobre a terra, que acordou com um grito úmido. Sua madrasta, arrancou seu coração e o devorou. Mas, a princesa se ergueu na noite seguinte, assim como todos os seus descendentes se erguem a cada noite. Eles são sempre consumidos pela necessidade de preencher o vazio no seu peito – famintos para sempre.

 O que nos torna um Monstro?

Seja o que for que o Daeva perseguir, ele irá busca-lo com um desejo intenso. Essa busca é muitas vezes social, mas pode ser igualmente física ou intelectual. Independente disso, ela vai exigir uma audiência. A Serpente não precisa ser abertamente social, mas ele vai precisar de olhos para admira-lo. Mesmo enquanto resolve o quebra-cabeça, o gênio indiferente com fome de enigmas, ainda precisará ser reconhecido. Os Daeva prosperam na aglomeração humana. Eles não são tão elegantes no vácuo. Sua maldição requer um grande círculo de alimentação superando o dos outros clãs.

Tal como escolhem seus Atributos, assim também fazem com as Habilidades. Tome cuidado quando for selecionar as Especializações das Habilidades, esse toque especial é o que provavelmente atraiu o Sire do seu personagem. O prelúdio dessa relação pode facilmente surgir a partir dessas características. Porém, raramente um Daeva terá as Habilidades Sociais como terciarias já que mantém a prática de lidar com o rebanho.

Eles raramente perdem o Homem para a Fera através do isolamento. São os vampiros mais prováveis ​​de cultivarem Empatia. No entanto, eles têm uma tendência a pegar os piores hábitos da humanidade. Mais do que outros Membros, eles entendem as nuances sutis da dor que sua predação social causa. Essa é apenas mais uma estrada para a Fera.

Pergunte o quanto seu personagem vai contar com Majestade. Se ele vai usa-la muito, então você vai querer Presença e Manipulação, bem como a Empatia. Celeridade não requer a escolha de nenhum Atributo ou Habilidade específicas, mas efeitos como a capacidade de saltar do Ímpeto são beneficiados pelo nível de Força.

Muitos Daeva se vestem para impressionar, fazendo o melhor para atrair os olhares de todos. Estas aves de Hermes buscam a glória em seu esplendor de pavão. Diferentemente da maioria dos outros predadores mortos, eles funcionam melhor quando vistos.

Porem devido ao seu domínio em Majestade, um Daeva pode usar qualquer visual – desde o ocasional e glamoroso até o mais sujo e batido. Alguns param de se preocupar com sua aparência, e não se importam em torna-la mais atraente. Outros vão mais longe, propositadamente desafiando as convenções com pedaços de roupas pegas ás pressas em um brechó, e ampliando suas auras sobrenaturais, para se tornarem faróis de pura elegância.

Independente da roupa que estiver usando um Daeva pode ser identificado por um olhar experiente pela forma como ela se move. Eles estão sempre em movimento. Mesmo o mais desajeitado pode demonstrar a graça sinuosa que encanta como uma serpente.

Alcunha: Serpentes.

 Estereótipos

Gangrel: É tão belo como ele persegue implacavelmente sua presa. Deve ser cansativo.

Mekhet: Eles nos chamam de superficiais. Nós os chamamos de presunçosos.

Nosferatu: Levando em conta tudo, devo considerar o amor manipulado mais cruel que o medo.

Ventrue: Dê-lhes uma serie de objetivos simplórios para alcançar e acharão que estão vencendo.

 Fraqueza do Clã (a Maldição Libertina): você saboreia o romance em todas as coisas, mas em nenhum caso é comparável ao sangue. Os mortais não são miseras comida e sim sua obsessão e sua fixação só aumenta a cada gole. Beba da mesma fonte mortal e arrisque-se a ficar emocionalmente dependente da sua presa.

 Atributos Preferenciais: Destreza o Manipulação.

Disciplinas do Clã: Celeridade, Ímpeto e Majestade.

Coalizões

O Movimento Cartiano: os Daeva são a voz da revolução. Suas línguas podem transformar ethos em contágio, e atiçar as faíscas em um incêndio. Os incendiários dos outros clãs sabem que precisam de pelo menos um deles por perto. São recrutadores e estimuladores do movimento. A alimentação das Serpentes é boa entre os Cartianos, pois se nutri de sangue e fervor. E alimentação dos outros melhoram com os Daeva por perto. E quando a violência é necessária para a mudança, quem é terrivelmente rápido e forte?

O Círculo da Anciã: Algumas das vozes mais importantes do Circulo pertence às Serpentes. E é sábio o Hierofante que os mantém por perto. A presença do Daeva tornam os rituais maiores, a espiritualidade mais real, o ar de uma caçada selvagem mais tangível. É mais fácil acreditar. Eles são as mênades que inspiram a revelação orgástica. Eles trazem o romance de volta. Quem melhor para dar o exemplo que o vampiro perfeito para a estimulação extática?

O Invictus: A função dos Daeva é ser o buraco no meio da teia. Eles sabem exatamente como arrancar os fios. Eles sabem todas as vibrações corretas. Sua grandeza adiciona um ar de legitimidade aos rituais polidos e ao comportamento cortês do Primeiro Estado, tornando tudo uma melhor distração para a chantagem e traições atrás das cortinas de veludo. Quem são os mestres das emoções tiranas que controlam a todos? Quem aparenta querer mais uma coroa?

A Lancea et Sanctum: As paixões imortais dos Daeva podem se tornarem êxtases religiosos facilmente. Seus sermões podem atingir os leigos como uma onda. Eles têm estado por muito tempo assentados nos ombros esquerdo e direito da humanidade. Quem mais se parece com os anjos ou súcubos? Quem conhece o ponto exato da divindade e perversão? Quem conhece os pecados intimamente? Quem melhor para tentar os mortais que as Serpentes?

 A Ordo Dracul: A Ordem não é o local ideal para os Daeva. Mas aqueles que provam um pouco do que é oferecido podem ficar dependente, como os mortais viciados em cirurgia plástica. A dor e o perigo e a transcendência. Mais! Sempre mais. Estas Serpentes querem trocar suas peles e ver quais blasfêmias sagradas estão chegando. Eles são os gurus carismáticos que materializam ringues de combate subterrâneos ao seu redor. Eles são os líderes de culto que convencem seus seguidores a atos indizíveis por conhecimento. Quem inveja os mortais, porém, se prende a própria imoralidade? Quem faria qualquer coisa para ter ambas?

 Tradução Drakon, Revisão Lord_Anderson.