DRAGÕES - Capitulo 1 - O entre mundos
LAUREL - VERMELHO
DAVID - VERDE
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Ele impaciente não conseguia parar de pensar no que houve naquela noite ou até mesmo, como e quando tinha ganhado aquela tatuagem. A curiosidade tomava seu corpo mas, não tinha respostas para isso. Sua cabeça estava tão quente e pesada que mal conseguia ficar em pé, passara mais de duas horas deitado, até que ouviu uma voz.
- Você teve um dia mal, num foi?
- Quem é você?
- Meu nome é LAUREL. Você está no plano intermediário e pelo jeito, eu sou sua guia. Até que eles te achem e te matem. Ou até você se transformar e daí, EU é que te mato. Alguma perguna?
Ela era uma bela garota, cabelos escuros como a noite, olhos azuis como o mar e uma pele branca e clara vestida com uma calsa jeans e uma blusa que parecia ter sido criada apenas para ela. Mas, sua aparência era a que menos importava para ele. Ele estava mais curioso em como ela tinha chegado no quarto dele, como ela sabia dele e de tudo mais.
- Como você chegou aqui?
- Isso é irrelevante.
- Irrelevante? Vou chamar a policia!
- Tente!
Ele foi direto para o telefone, mas ele não saia do gancho como se pesasse toneladas.
- O que está acontecendo com esse treco?
- Agente fala mas eles nunca escutam. - Ela falou sozinha consigo mesma.
Então ele saiu zangado do seu quarto para procurar ajuda. Mas não pode acreditar no que seus olhos viam, As pessoas que passavam pela rua eram as mesmas, mas suas peles estavam transparentes, eu podia ver através delas como se fossem feitas de vidro. Todos passavam por ele sem nem notar a minha presença.
- Ah, esqueci de contar! - A mulher tinha me seguido. - Essas pessoas? Nem esquenta. Elas não podem te ver. E logo você também vai deixar de vê-las.
- Mas como?
- Por que faz tantas perguntas? Talvez devesse parar de perguntar e procurar explicações e começar a achar as respostas! Se quiser mais explicação, vai ter que me acompanhar até a presença do encarregado pelas explicações. Aqui tem regras, sabia?
- Ele vai explicar tudo?
- Vai! Quase tudo... Pelo menos, as partes que tem a ver com você. Suponho que seja seu principal interesse, né? Tudo a respeito de si mesmo. É o que todo mundo pensa, não é?
Ele escutava ela e prestava muita atenção no que ela dizia, mas não podia parar de perceber nas pessoas semi-invisíveis que passava ao seu lado. A caminhada durou 2 quarteirões e ela não respondia nada mais o que ele perguntava, as vezes respondia o mesmo que já dito antes!
- Olá Mama! - Disse Laurel para uma velha que estava sentada no chão próximo à um lixo, diferente dos outros ela tinha uma coloração de uma pessoa normal, não era transparente igual as outras.
- Laurel, pensei que você já tinha terminado tudo por aqui.
- Pensei a mesma coisa, mas fazer o que?
- Sinto muito, Laurel. Agora, me diz... quem é o seu amigo? - A mulher olhou fixamente para o homem um pouco impressionada ou talvez assustada.
- Esse? é o David Grey. Ele é um Antropologo! David, esta é a dona Simmons. Ela vê coisas.
- Cruzes. - A velha não piscava o olho quando olhava para ele, ela via uma aura cinza saindo de sua pele, coisa que nem Laurel, nem ele mesmo conseguia ver!
- Algum problema?
- Não filho, nadinha. Mesmo!
- Olha, agora agente precisa ir.
- Claro, eu entendo. Tenha um bom dia querida e tome MUITO cuidado com esse aí, tá?
- Eu sei mama!
Tentava procurar explicações para o que a velha tentou dizer dele, mas Laurel não falava nada. Ficava cada vez mais impaciente e continuava a interroga-la mesmo não recebendo as respostas. Num segundo, Laurel sem explicações o empurra para um becoescuro e tampa sua boca por alguns segundos com tanta força que dava para mata-lo se quisesse. Uns 2 segundos depois, uma van passa pela rua e finalmente ela o solta.
- Escuta aqui! Como estou sendo um "bom menino", achei que ia receber alguma informação! Mas enchi de ser enrolado! Afinal, quem ou o que estava naquele furgão?
- Você sabe quem! Ou não se lembra do que aconteceu?
- Como assim, o que aconteceu? Ah... peraí!
David recorda de tudo, de todos os detalhes, sua cabeça já não estava dolorida como antes.
- Acho melhor continuarmos antes de anoitecer, logo vai escurecer. Até que você entenda não é bom você ficar exposto à noite. Seria mal negócio.
- Quanto falta?
- Pouco! Muito pouco
A caminhada continuava e ele já percebeu que já não via mais os humanos, apenas quando fazia muito esforço para isso. Alguns quarteirões depois, encontram um outro homem que não era invisível, ele tinha cara de 80 anos em média, usava um paletó verde e ficava olhando para o semáforo que não mostrava nenhuma das três luzes acesas.
- Olá Laurel. - Disse o velho sem tirar o olhar do semáforo.
- Algum sinal?
- Não ainda não vejo nada!
- Bem, continue de olho.
- Deixa comigo, te cuida.
Ambos continuavam a caminhada, mas a curiosidade apertou e quando se afastou uns 500 metros ele perguntou o que ele estava procurando.
- Sei lá. Ninguém sabe, mas ele está procurando faz um tempão. Segundo o Arthur, Laz tá procurando sua própria morte.
- Quem é o Arthur?
- Você vai ver!
- Desde quando você está aqui?
- Desde que você chegou!
- Mas, você fala como se estivesse há muito tempo...
- Uma eternidade!
A caminhada continuava e dessa vez, foi mais longe do que ele esperava. Eles entraram num lugar da cidade onde ele nunca tinha ido como "vivo". Era um prédio abandonado, pelo que sabia era uma fabrica metalúrgica antigamente
- É aqui...