Regra 4: Mostre, não conte
Isso é fundamental para qualquer Mestre ou pretenso escritor (como muitos mestres). Quando você imagina os personagens entrando em uma casa grande, não diga "uma casa grande". DESCREVA a maldita casa! Diga se tem quartos, se o teto é alto, se tem muitas janelas, como é a decoração... afinal, quando você diz "uma casa grande", cada um imagina uma coisa. Para um jogador, uma casa grande pode ter três quartos. Para outro, podem ser vinte. Mostre a eles o que está acontecendo - sua história deve se sustentar como se você estivesse constantemente desenhando cenários e pessoas.
Da mesma forma, não force os seus jogadores a conclusões. Se você diz "o guarda parece nervoso", isto é uma coisa vaga e genérica, algo que você lhes informou goela abaixo. Prefira o seguinte: "o guarda não pára de roer as unhas. Ele se levanta para pegar um copo d'água e, ao retornar, vê que ele já havia um em cima da mesa. Ele acende o quinto cigarro seguido, dá duas tragadas e apaga. Bebe um pouco d'água, rói as unhas e acende outro cigarro". Este é um guarda nervoso que os jogadores consegue visualizar bem melhor. Além disso, desta forma você pára de conduzir os jogadores pela mão como crianças de pré-primário (um erro que eu, particularmente, cometo muito, mas estou melhorando com o tempo!) e deixa-os tirar suas próprias conclusões.
Melhor ainda é - se você for um bom ator - encenar o nervosismo do guarda, fingindo roer as unhas levantando para pegar pegar copos d'água e fazendo mímica de acender os cigarros. (Não, não fume de verdade!)