Sombras da Noite - Perigosa Diversão

por Gabriel em

Parte 02 - A Perigosa Diversão.


    Dando um trago no cigarro e fitando sua presa, David se aproximou de Victoria, parando à poucos passos dela. Olhando-a de cima a baixo, com seus olhos negros e frios. "Noite ruim não...?" Disse David em tom suspeito. Victoria tentou fugir do olhar, mas acabou por encara-lo, sem dizer nada, sem saber o que dizer.
    "Talvez eu possa lhe ajudar..." disse David levando a mão à maçaneta do carro, encostando na mão dela. Victoria tirou a mão rapidamente, assustada com a aproximação repentina e suspeita dele. Ele se posicionou de tal forma que imprensou ela levemente,com seu corpo, contra o carro, de frente para ele. David forçou a maçaneta enquanto liberava as sombras que prendiam a tranca, abrindo a porta com facilidade. "Prontinho..." disse ele com sua voz estranhamente carismática, com um tom de ameaça e sedução.
    Após abrir a porta, permaneceu alguns segundos ainda prendendo Victoria, com a proximidade das duas faces, ele a analisava, a cheirava como um predador farejando sua presa. E então, ele se afastou. A respiração dela estava forte, o medo era nítido nela. Victoria rapidamente entrou no carro, porém, quando foi fechar a porta, a mão de David a impediu. "Algo mais?" disse David com um ar convidativo, como se a chamasse para a escuridão, para o deleite. "Não, obrigada." disse Victoria tentando manter-se calma enquanto puxada a porta para fechada. Finalmente, David decidiu deixa-la ir, soltando a porta e se afastando do carro.

     Victoria estava dirigindo, nervosa pelo encontro com o estranho. O carro andava à alta velocidade nas ruas de Los Angeles, como se fugisse de um perseguidor, no entanto, não havia carro algum seguindo Victoria. Foi então que de uma rua próxima o Ford Mustang negro como a noite apareceu, dobrando na rua principal e emparelhando com o carro de Victoria, quando o sinal fechou. Victoria rapidamente levantou o vidro do carro, fechando-se para qualquer aproximação do estranho. David a olhou pela janela, com o vidro abaixado, estudando sua presa, seu alvo. O sinal abriu e Victoria arrancou com o carro. David acelerou também, andando lado-a-lado com ela, como em um racha no qual ele permitia-se controlar o carro para não ultrapassar sua presa. O medo dela o estimulava e o fazia desejar ainda mais beber daquele sangue, cravar as presas naquela mulher bela e cheirosa.
    David dobrou em uma rua secundária, deixando-a avançar pela rua principal, dando a ela a impressão que se livrara dele.

    Victoria já tinha chegado em casa fazia meia hora. Ainda muito assustada pelos acontecimentos da noite, ela tinha ido tomar um banho. Lá fora, o Ford Mustang era estacionado na calçada em frente ao apartamento de Victoria. David olhava para as luzes acesas do apartamento dela, pensando em como faria.
    Ao sair do banho e vestir-se já para tentar dormir, o sentimento de insegurança ainda permanecia em Victoria. Ela voltada da cozinha com um copo d'água na mão quando olhou pela janela da sala e viu o carro negro estacionado em frente ao seu apartamento. O copo quase caiu de sua mão quando ela ouviu a campainha tocar. Victoria estava assustada, não sabia o que mais poderia fazer. Olhou para o telefone perto do sofá e quando fez menção de pega-lo, congelou ao ouvir a voz dele, vindo de sua sala de estar. "Eu não faria isso se fosse você." disse David parado, de pé, encostado no vão do corredor que vinha do quarto dela, de braços cruzados.
    Victoria virou-se lentamente para ele e pôs o copo na mesa onde ficava o telefone. "O que você quer? Tenho dinheiro, pode levar..." tentou argumentar com ele, David abriu um sorriso de desdém para a proposta oferecida. Ele era rico, controlava uma empresa imobiliária na cidade, teria quanto quisesse, se precisasse de dinheiro. Ele andou até ela, cruzando a sala de estar. Victoria não entendia o porque ele fazia aquilo, estupro seria a próxima opção a ser deduzida. Ela sentiu medo, muito medo. Medo de ser violentada, medo de não poder se defender, medo de sofrer nas mãos de um pervertido bastardo que só pensava em saciar a própria luxúria.
    David avançava para ela, lentamente, enquanto Victoria recuava. Novamente ela se viu imprensada contra a parece pelo corpo dele, era a segunda vez que ficava nessa posição esta noite. Ela tremia e algumas lágrimas já ensaiavam rolar quando ele acariciou a face dela com uma das mãos. "Calma... não lhe farei mal, não muito." disse ele com um ar sedutor. Nada que ele dissesse poderia acalma-la. Ela pensava estar prestes a ser estuprada e as ações dele não diziam o contrário.
    "Bela..." disse David sussurrando para si mesmo, como uma observação. "Não... por favor... não.." suplicava ela em voz baixa. David aproximou seus lábios dos dela e a beijou. Victoria tentou evitar o ato, mas não foi capaz com a mão dele segurando a face dela. Beijando-a, ele cortou a parte inferior dos lábios dela e deixou o sangue sair, bebendo-o. Uma onda de prazer intenso invadiu o corpo da jovem enquanto a língua quente do estranho percorria sua boca à procura da língua dela. Saboreando cada segundo do beijo e cada gota de sangue obtida, David alimentava-se dela.
    No final, ele fechou a ferida lambendo-a e se afastou. Ela estava confusa, o medo ainda estava com ela, mas também o prazer pelo beijo ainda fazia seu corpo estremecer. Victoria olhou para ele transmitindo sua confusão de sentimentos em seu olhar.
    David deu um leve tapa na face dela e se afastou sorrindo sadicamente. Abriu a porta e parou enquanto acendia um cigarro. "Nos vemos por aí." disse ele, saindo do apartamento e fechando a porta, satisfeito pela alimentação.